quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

INTERNACIONALIZAÇÃO DAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS

Estamos verificando, nos últimos anos, um crescente aumento da internacionalização de empresas brasileiras.
 Motivadas por diversos aspectos e oportunidades de negócios, um número cada vez maior de empresas tupiniquins está assumindo o chamado perfil transnacional, incluindo aí várias prestadoras de serviços.
Quais as vantagens? Depende.
Podem ser exploradas vantagens específicas de cada empresa, tais como, especialidades, conhecimentos ou recursos, que possibilitem tirar proveito do novo mercado.
Também podem ser exploradas as vantagens de localização, institucionais, políticas de incentivo, estratégia de estrutura organizacional  e diversos outros aspectos.
O fato é que cada caso deve ser analisado especificamente. E mais do que isto, na prática se constata que a maioria das publicações teóricas sobre o assunto  referem-se a ambientes e estruturas diferentes da nossa realidade.
Tive uma experiência bastante gratificante na implantação de uma Prestadora de Serviços na República Dominicana, onde juntamente com nosso Diretor de Operações Gustavo Bazzano, tivemos a oportunidade de criar e colocar em operação uma nova empresa naquele País Caribenho. Neste enorme desafio pudemos constatar os diversos aspectos que são indispensáveis para o sucesso da internacionalização.
Um dos aspectos mais importantes diz respeito ao conhecimento da legislação local, em especial as relações trabalhistas e a regulamentação ambiental. Também é fundamental conhecer o nível de capacitação da mão de obra a ser selecionada e as exigências e disponibilidades relativas à qualificação de pessoas. Não menos importante é inteirar-se do sistema financeiro e da sistemática bancária do País, bem como conhecer um pouco mais da cultura local.
Conhecendo as especificidades do lugar, a chance de implantação de uma gestão eficaz cresce significativamente, garantindo o sucesso nos três pilares básicos: econômico, organizacional e comportamental.
Além disto, é preciso ressaltar que uma internacionalização vai mais além do que ganhar em escala, reduzir custos ou redefinir arquitetura organizacional. Tão importante quanto estes objetivos estão o valor adicional agregado, novas habilidades gerenciais aprendidas e os novos conhecimentos adquiridos.

Um comentário:

  1. Raul, mais um post de extrema relevância.

    Com a globalização e os avanços tecnológicos podemos afirmar que o mundo não tem mais fronteiras.

    Mas nem tudo são flores em uma internacionalização de empresa. A preparação prévia talvez seja o fator de mais relevância para o sucesso neste tipo de operação.

    Uma empresa que queira se internacionalizar deve preocupar-se em enviar alguém antes para conhecer o país, talvez até investir para que uma pessoa possa morar por lá durante 06 meses, trabalhando como um "correspondente".

    Deve também trazer parceiros de lá para conhecer a realidade de nosso país e da própria empresa, para que o mesmo possa "sentir o espírito" do negócio.

    Mas o mais importante é ter paciência. Este sim é fundamental para o êxito completo. Não podemos esquecer que a empresa que entra em outro país é um "estranho" na casa, e assim sendo, deve aos poucos conquistar a confiança de seus potenciais clientes.

    Gustavo Bazzano

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