sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

DIÁLOGO PAPAL

- Não aguento mais esta tua soberba! Aliás, soberba  não. Na realidade é puro narcisismo. Por acaso você se acha imortal?
- Imortal não. Apenas indispensável.
- Acho que você deveria exercitar mais sua autocrítica.
- Eu não tenho tempo para estas frescuras. O trabalho me toma todo o tempo.
- E quando é que você vai usufruir dos seus ganhos? Porque o que se vê é apenas um enorme estresse.
- Não é bem assim. Eu apenas tenho a responsabilidade de fazer as coisas progredirem.
- Uma coisa é certa: o corpo reage e se manifesta através das doenças.
- Que exagero!
- Não é exagero. Você está vivendo numa total dependência de seus pontos de vista, esquecendo até das questões espírituais.
- Neste  ponto eu concordo parcialmente. Realmente estou meio afastado da igreja. Mas em compensação, desenvolvi mais meu lado místico.
- Isto vai te levar a um vazio espiritual. Dai para a perda da noção da realidade é um pulo.
- Por que isto aconteceria?
- Porque este caminho valoriza mais a fofoca do que os fatos concretos, propiciando o oportunismo de falsos amigos.
- Não estou nem aí. O que importa é que todos fazem o que mando.
- Esta indiferença causa outro problema: a perda da sinceridade e do calor das relações humanas.
- Que relações humanas, que nada! Um homem de sucesso precisa ser severo.
- Eu já acho que isto é medo ou insegurança.
- É você que não entende que para ficar rico é preciso agir assim.
- Pois eu digo que a busca desenfreada da riqueza é apenas uma tentativa de preencher o vazio existencial em seu coração.
- Pode ser. Mas depois que alcançamos o poder e o convívio com os grupos dominantes, fica difícil fazer diferente.
- Mais difícil é constatar, tardiamente, que não conseguiu alcançar o maior bem que a vida pode propiciar: a felicidade.

sábado, 22 de novembro de 2014

AFRONTANDO A SOBERANIA

"Existem pessoas que acham que o futebol é tudo na vida. Estão erradas. É muito mais que isto!"
Deixando a ironia de lado, quero iniciar uma abordagem mais séria sobre o esporte bretão em nosso país.
O esporte é componente essencial da sociedade, se transformando na maioria das vezes em paixão, mobilizando um grande número de pessoas no mundo inteiro.
É notório que o futebol é o esporte mais popular do mundo e, no Brasil, é um dos mais importantes elementos de formação da identidade nacional, integrando a formação cultural de nosso povo, influenciando inclusive a economia, a sociedade e a política do país.
Desta forma, e em virtude desta importância, é inexplicável o completo afastamento, por parte dos poderes constituídos, em relação a este tema, assumindo na prática uma vergonhosa submissão às principais associações internacionais e até mesmo nacionais, numa clara afronta à nossa soberania.  
Os princípios básicos reguladores do esporte no Brasil são estabelecidos pela Constituição Federal, que consagra o princípio da autonomia desportiva, segundo o qual as pessoas físicas e jurídicas têm a faculdade e liberdade de se organizarem para a prática desportiva sem a interferência estatal no seu funcionamento, desde que respeitado o princípio da soberania.
Claro fica, então, que tal autonomia refere-se à organização e funcionamento, voltados para a prática desportiva. Em relação a outras questões, tais como, relações societárias, empresariais, trabalhistas, obrigações fiscais, previdenciárias e outras delas decorrentes, devem obedecer a legislação brasileira, aplicável a cada caso.

Na prática, porém,  as entidades que administram o desporto no Brasil e representam o país junto aos entes internacionais, parecem possuir uma autonomia maior do que deveriam ter. No caso do futebol, a CBF, membro integrante da FIFA e que se submete às suas normas, em diversas ocasiões toma decisões e se manifesta com flagrante afronta aos direitos fundamentais previstos em nossa constituição. Quem já não ouviu a ameaça de impedir que clubes que utilizem a justiça comum participem dos campeonatos organizados por eles? O Poder destas instituições, alimentado pelo receio de exclusão dos clubes, é tão grande que transforma-se num poder paralelo ao da soberania.
É evidente que não estou sugerindo a ingerência política no esporte. Todos sabemos de quão perniciosa se torna esta interferência. Não obstante, é inadiável e imprescindível estabelecermos limites à atuação deste "poder paralelo", começando por fazer valer os princípios constitucionais, que protegem e asseguram a nossa dignidade e nossa cidadania.
Como? Abordarei isto em outra postagem.

sábado, 27 de setembro de 2014

NAVEGAR É PRECISO. VIVER, TAMBÉM!

Eu já deveria ter me acostumado com as tormentas do Rio Grande, mas a fúria desta chuva parece ser maior que  a das outras. A noite me parece tensa e a belíssima vista da cidade se transformou num espoucar de relâmpagos intermitentes que teimam em querer mostrar os encantos dela,sem muito sucesso pois, qual uma donzela recatada que se cobre rapidamente quando percebe estar sendo observada, a cidade insiste em se manter oculta.
Nesta tumultuada penumbra, meu pensamento dirige-se em alta velocidade pelo túnel do tempo, com destino à Campininha.
Não dá para entender o tempo. Em determinados momentos, parece que sua velocidade tende a zero e esperar se transforma numa eternidade. Porém, em outras situações, parece que voa.
Ainda me lembro, como se ontem fosse, das alegres brincadeiras de um menino tímido, pelas ruas do bairro berço de Goiânia.
Ah, Campinas! Podias não ter quase nada, mas tinha tudo para mim. O Grupo Escolar Henrique Silva, a Praça Joaquim Lucio, o Cine Eldorado, o Estádio Antônio Aciolly, a Av. São Paulo, dentre outros locais, são recordações gostosas de uma infância feliz.
E mais do que lugares, a presença constante de meu pai me dava a segurança e a proteção que toda criança necessita.
O sonho de ir ao estádio de futebol pela primeira vez, se concretizou com ele. As madeiras e os rolamentos para o primeiro carrinho, foram conseguidas através dele. A primeira pessoa que vi, quando havia acabado de fraturar a clavícula, brincando no colégio, foi ele.
Quase todas as vezes que tinha um tempo livre, me chamava para ir junto, onde quer que fosse. E o principal local para as intermináveis discussões sobre política e futebol era o mercado de campinas, com suas variadas bancas e algazarras rotineiras. Também ficou na memória,os bate-papos na oficina dos primos Marinari. Era conversa de adulto? Mas ele sempre me levava.
Se fosse continuar pensando nesta convivência, ficaria dias só recordando. Mas tais recordações, principalmente num dia como hoje, aumenta a sensação de que, ao sair de minha cidade natal, deixando meus pais, iniciei uma navegação sem volta.
Não! Isto não...!!! Só pode ser pesadelo!

Acordei assustado com o toque do WhatsApp. Era meu irmão, Paulo, avisando que a cirurgia do Santinho foi um sucesso.
Graças a Deus!
Cê é bua não...

sábado, 6 de setembro de 2014

DEDICAÇÃO E COMPETÊNCIA ADMIRÁVEIS

Estudar no exterior!
Este é um dos principais sonhos de estudantes e de profissionais brasileiros em início de carreira. E hoje, a atração pelas melhores universidades do mundo, tem mais fatores motivadores: as exigências de um mercado globalizado e o elevado grau de competitividade no mercado interno.
Mas não é fácil. Todo ano milhares de brasileiros se candidatam a receber bolsas de estudo, de forma a viabilizar o pagamento do curso, da moradia, alimentação e transporte, cujos preços são proibitivos para a grande maioria dos interessados.
Um dos programas mais conhecidos, o Chevening oferece bolsas para estrangeiros que desejam estudar no Reino Unido.
Local onde se concentra boa parte das melhores universidades do mundo, a Inglaterra é um dos países que mais atrai interessados.
Não é difícil concluir, então, que a alegria e a satisfação de ser selecionado são enormes.
E não é para menos. A passagem pelo funil seletivo por si só já é motivo para comemorar. Mas o principal é a oportunidade de obter uma formação especializada, através de instituições consagradas mundialmente pela qualidade do ensino que, se bem aproveitada, transforma-se num insuperável diferencial na carreira, e que certamente propiciará destaque e vantagens ao profissional, pois estará apto a trabalhar inclusive em contextos internacionais.
E dentre as tradicionais universidades britânicas, uma se destaca, se não como a melhor do mundo, certamente como uma das melhores. Trata-se do King's College London, famoso pelos excelentes níveis educacionais  e pelo desenvolvimento de pesquisas de alta qualidade em todas as áreas do conhecimento. Fundada pelo rei George IV e pelo duque de Wellington, então primeiro-ministro, em 1829, o King's College London é a quarta mais antiga universidade na Inglaterra, contando atualmente com mais de 20 mil alunos, de mais de 100 países.
E dentre os melhores cursos de  pós-graduação lá ministrados, destaque para o curso International Tax, que terá como aluno na turma que se inicia neste mês, o querido e admirável Diogo Bahia. 
Parabéns, Diogo! Tua conquista e a certeza do sucesso nos enchem de orgulho.
Estamos contigo!

domingo, 31 de agosto de 2014

A SOLIDÃO COMO DESTINO


Ela é muito minha amiga! Faz parte de minha rede de relacionamentos.
Em tempos de "Network", esta frase se tornou corriqueira.
Mas eu pergunto: é realmente amizade?
Pode até ser, mas na maioria das vezes não constatamos um vínculo genuíno de amizade, e sim um vínculo de relacionamento útil.
E com o exacerbado individualismo que caracteriza os tempos modernos, boa parte das pessoas está se esquecendo da importância dos afetos e da verdadeira amizade.
É claro que, profissionalmente falando, ninguém é obrigado a ser amigo do colega de trabalho. Porém é imprescindível que tenha um bom relacionamento, de modo a possibilitar o alcance dos objetivos da instituição e, por que não dizer, dos seus próprios objetivos.
Não obstante, e por ser onde passamos a maior parte de nosso tempo, é em nosso local de trabalho que temos as maiores probabilidades de fazermos amigos. Por isto é extremamente necessário um claro entendimento acerca dos limites entre a amizade e a atuação profissional.
Neste sentido, não raro acontecem conflitos e contradições.
Uma coisa é ser profissional, agindo em prol dos objetivos da instituição, mesmo que contrarie de alguma forma a um amigo. Se for realmente um amigo e um bom profissional ele não só entenderá, como certamente ajudará.
Outra coisa, porém, é passar por cima de todos os princípios éticos e dos laços de amizade, para alcançar posições mais elevadas e mais bem remuneradas.
Mesmo com o crescente nível de competitividade que caracteriza o meio corporativo atual, não podemos esquecer que somos seres humanos e que a manutenção dos vínculos de amizade é complemento imprescindível ao sucesso profissional, e fundamental para a nossa incessante busca do bem maior, que é a felicidade.
Não podemos descartar amizades sinceras por novos amigos "instrumentais", focando em  interesses individuais e mesquinhos. Isto, além de gerar uma frustração dolorida aos verdadeiros amigos, certamente nos impedirá de viver bem e intensamente, pois o "prêmio" desta atitude se chama SOLIDÃO.

"Ainda que possuísse todos os bens materiais, um homem sem amigos não pode se feliz”
Aristóteles 
    

sábado, 9 de agosto de 2014

EXEMPLO COMPLETO


Não tenho dúvidas que o sentimento mais profundo que o ser humano pode experimentar é o amor incondicional. Também não tenho nenhuma dúvida que esta experiência se materializa, com toda sua força, quando temos nossos filhos. A partir daí, é como se nossos valores se transformassem e até nossas ilusões são trocadas pela indescritível satisfação de conviver e garantir a sobrevivência do pequeno ser. E, mesmo após crescerem, mudam-se as preocupações e as responsabilidades, mas fica o amor infinito. Quem é pai ou mãe, e só quem é pai ou mãe, sabe e sente o que estou falando.
Isto faz com que nos entreguemos e nos comprometemos na missão da criação e da educação de nossos filhos.
Mas, para ser um pai completo, não basta cuidar, ensinar e se dedicar no seu dever. É preciso se re-descobrir diariamente para que, praticando seus próprios ensinamentos, se transforme no melhor exemplo a ser seguido pelos filhos.
Obrigado, Santinho! Pai exemplar, que cumpriu e continua cumprindo integralmente com a missão de nos dar, não só as condições materiais, mas principalmente os princípios e os valores necessários para uma vida digna.
Feliz dia dos pais!

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O FIM DA MATEMÁTICA


- Amor, o quê tu tá fazendo?
- Estou vendo algumas curiosidades matemáticas.
- Curioso é alguém gostar de matemática.
- O fato de tu não entender, não tira a beleza e a atração da mais bonita e útil das ciências.
- Sei... A culpa é minha...
- Não. Os culpados são os "algebristas" que não conseguem demonstrar esta beleza.
- Mas o que tem de tão curioso, então?
- O número 142857, por exemplo.
- Cruzes! Qual é a curiosidade disto?
- Se multiplica-lo por dois terá como resultado 285714.
- E daí?
- Se tu fosses mais atenta perceberia que são os mesmos algarismos, dispostos em ordem diferente.
- Estou em êxtase...!
- Vou fingir que não percebi a ironia. Da mesma forma, multiplicando-o por três, por quatro, por cinco ou por seis, teremos sempre os resultados compostos pelos mesmos algarismos, só que em ordens diferentes.
- Realmente é curioso, mas continuo sem ver importância nisto.
- Tendo em vista que vários outros números também apresentam outras "curiosidades" e tirando os matemáticos que consideravam tais números como cabalísticos, com propriedades misteriosas, inúmeros outros desenvolveram estudos mais aprofundados destas propriedades, e que contribuíram para o enorme desenvolvimento da matemática.
- E...?
- Deram assim as condições para o alcance do fim da matemática.
- Esplendido! A matemática está chegando ao fim!
- Engraçadinha! O fim a que me refiro é o de finalidade, propósito, qual seja, explicar os fenômenos da natureza, dando suporte ao desenvolvimento científico e viabilizando a perenização da humanidade.
- Nossa! Agora falou bonito! Eu só queria que você gostasse de mim, tanto quanto gosta da matemática.
- Pois saiba que o tamanho de meu amor por ti é algo como o Fatorial do infinito.
- Dá pra deixar o "matematiquês" de lado e explicar em português?
- Tá bom. Amo muito, muito, muito...sem parar...!



sábado, 26 de julho de 2014

A POLÍCIA DA PAZ

Qual o modelo ideal de sociedade?
Cada um tem o seu conceito. Eu, particularmente, entendo que, se temos que viver juntos em coletividade, é imprescindível que as diferenças sejam respeitadas de modo a garantir a convivência pacífica.
Todavia sabemos que uma sociedade perfeita é utopia. Sempre vamos nos deparar com problemas e, dentre eles, um que está se tornando comum: a lesão aos direitos do cidadão.
Ficamos sempre revoltados quando algum de nossos bens é subtraído de forma ilegítima e agressiva. O que dizer, então, quando uma vida é ceifada?
Portanto cabe ao Estado implementar um processo civilizador e que garanta a pacificação social.
E, neste aspecto, um importantíssimo agente se destaca com a nobre missão de preservar a ordem pública: a Polícia.
Todavia, mesmo sendo uma das principais instituições voltadas à proteção física e, por que não dizer, moral das pessoas, as organizações policias estão convivendo há tempos com um paradoxo: apesar da razão de existir da Polícia ser a de proteger a sociedade, não consegue a devida valorização e reconhecimento desta mesma sociedade.
É notório que uma minoria dos policiais, com suas ações nefastas, contribuem significativamente para a degeneração da imagem da instituição. Todavia é inadmissível a generalização.
Afinal, a maioria de seus integrantes é composta por homens e mulheres honrados, que trabalham com dignidade e que têm em comum o sonho de contribuir para que tenhamos uma sociedade mais justa e menos imperfeita. E mantêm este propósito mesmo a despeito dos salários não condizentes com a importância desta atividade e do risco de não voltar para o lar devido ao constante enfrentamento com marginais.
Existem os desonestos? Alguns agem com violência desmedida? Outros são corruptos?
Claro que infelizmente existe tudo isto. Mas qual organização não tem diferentes padrões de comportamento? Qual a organização que não tem os seus párias?
O que não podemos admitir é a impunidade e a manutenção dos que mancham o nome da corporação, e muito menos a generalização que ofende os policiais corretos.
Ademais, a segurança e a proteção do cidadão não são de atribuição exclusiva das policias. Fazem parte de um processo integrado pelas autoridades políticas e, em especial, pelos processos legislativo e judiciário, que necessitam de reformas. As mazelas sociais só serão eliminadas com uma ação em sinergia destes entes.
Evidentemente não podemos compactuar com as ações violentas que infelizmente tem se tornado corriqueiras. Não obstante, é preciso também reconhecermos que o uso de práticas agressivas no exercício do policiamento é, às vezes, inevitável e inerente à atividade que, em várias situações, exige decisões tomadas de imediato. É preciso apenas que o uso da força física seja legítimo.
Para os excessos cometidos, devemos exigir que os órgãos competentes, tais como as corregedorias de polícia, ajam rapidamente. Além disto, a própria sociedade e a mídia, podem oferecer denúncias, para que a ações saneadoras sejam executadas.
Mas o que se torna urgente e imperativo é a valorização, principalmente por parte da comunidade, dos profissionais dignos e dedicados a uma causa tão nobre. E eles formam a maioria e contribuem para que tenhamos um bem precioso: a paz!

segunda-feira, 14 de julho de 2014

BRASIL CAMPEÃO


Quanta baboseira foi falada! Quantas insanidades foram praticadas por "manifestantes"!
Quantos "intelectuais" criticaram uma alegada alienação do brasileiro,causada pelo futebol! 
E, vendo as imagens diárias que chegavam de outros países, parece que o mundo inteiro se alienou!
Pelo que entendo, um intelectual deve ter conhecimento profundo, não somente científico, mas também cultural, em relação ao ambiente que vive. Entendo também que uma das manifestações culturais mais sublimes que uma nação pode ter é o desenvolvimento da prática e da paixão desportiva.
De repente, alguns que se entendem como superiores em relação a grande maioria, passaram a criticar uma cultura brasileira,se posicionando "contra" a Copa, acusando  o governo de corrupção e alienação do povo.
Espere aí, cara pálida! Quer dizer então que entre 1950 e 2014, período em que não sediamos Copas do Mundo, não tivemos corrupção e nem alienação?
Resguardando as devidas proporções, querer impedir a realização da copa devido à corrupção e alienação do povo é o mesmo que querer impedir um casal de ter filhos em virtude dos riscos de virarem marginais. O problema não está no desejo e na paixão, mas sim na falha das ações que devem ser tomadas para que as coisas indesejadas não aconteçam.
Não deveriam ser contra a copa, mas sim contra a corrupção  na preparação da copa. Teve estádio superfaturado? Teve dinheiro desviado da saúde ou da educação para a construção das obras? Então cadê as ações judiciais cabíveis? Cadê o ministério público? Cadê o tribunal de contas? Cadê as cobranças a estes órgãos de fiscalização?
Além de manifestarem contra, estes mesmos profetas do inevitável faziam coro com os estrangeiros, anunciando o caos total na realização desta copa no Brasil. E o que se viu, foi a realização da "copa das copas", em quase todos os sentidos.
Aí o Brasil foi campeão!
Parabéns a todos que atuaram na execução deste grandioso evento, inclusive aos voluntários. Vocês deram show de competência e calaram o mundo (inclusive nosso mundinho de profetas do inevitável).
Quanto ao futebol jogado pela seleção, este sim, foi ridículo, dando a sensação que chegamos ao fundo do poço.
Mas a vida nos ensina que não é raro o poço possuir porão. Momentos como este exigem mudanças radicais para não continuarmos caindo.
Nosso melhor jogador não pôde jogar as partidas finais. Mas dependíamos só dele? Acho que sim.
Aí está o grande problema do futebol brasileiro: além de empresários e dirigentes  incompetentes e desonestos, não temos mais craques. Nos últimos anos só foi revelado o Neymar e mais ninguém. Por quê? 
Porque não temos mais atividades constantes para os milhares de clubes brasileiros que formavam jogadores em todo território nacional. A maioria dos clubes disputa um campeonato estadual desvalorizado e paralisa suas atividades no resto do ano, para verem os poucos "privilegiados" disputarem o brasileirão.
Fim do brasileirão (pelo menos nos moldes atuais)!
Força aos campeonatos estaduais, para que voltemos a ser o antigo celeiro de craques que o Brasil já foi!

sábado, 5 de julho de 2014

A (IR)RESPONSABILIDADE PENAL DO JOGADOR


Desde os primórdios da vida o homem pratica atividades recreativas como meio de compensar ou contrabalançar a luta pela sobrevivência. Resultado da evolução desta prática recreativa, surgiu o esporte como atividade organizada, com normas e regras específicas.
Fonte geradora de enormes benefícios para a sociedade, o esporte passou a ser tutelado e incentivado pelo Estado. Porém, é do conhecimento de todos que tais atividades, pela própria natureza, geram riscos à saúde de quem as pratica, motivo pelo qual toma maior importância a coibição da violência que ultrapasse os limites das regras estabelecidas.
Podemos dizer então que o esporte é um risco permitido e assumido pelos praticantes, que não pode, porém, ser aumentado por uma violência fora das regras.
A grande questão é: qual o limite entre a prática desportiva e a violência criminosa?
Até onde alguém pode usar as prerrogativas de um esporte para lesionar outro praticante?
Na teoria é simples: ultrapassados os limites das regras e da lei, o agressor deverá ser responsabilizado criminalmente, ou seja, ultrapassados os limites das regras da modalidade específica, deve o agressor sofrer a sanção penal devida.
Porém, na prática, o que se vê nos esportes onde o contato físico é inevitável, é uma aceitação passiva de uma crescente violência desmedida, inaceitável e acobertada, gerando um resultado contrário aos objetivos maiores do esporte, na medida em que prejudica até a fraternidade entre os povos.
Medidas inadiáveis devem ser tomadas visando responsabilizar penalmente o desportista que, excedendo os limites das regras de sua modalidade, cause ofensa à integridade física do adversário.
Se a violência for um mero incidente da prática desportiva, deve ser tratada e penalizada no âmbito dos órgãos desportivos. Todavia, se decorrente de uma prática dolosa e que extrapole os limites legais, deve ser objeto de ação penal no âmbito do poder judiciário.
Só assim para resgatarmos o caráter educativo e de inclusão social do esporte.


quinta-feira, 19 de junho de 2014

EXORTAÇÃO NÃO É AÇÃO

Parece que se passou mais tempo, mas hoje completa apenas uma semana após a abertura da Copa do Mundo de futebol (me recuso a utilizar o nome do organizador, apesar de ser a nova prática da mídia, sabe-se lá por quê...). Isto quer dizer que também faz uma semana que a Presidenta do Brasil foi hostilizada, diante de milhões de espectadores, por grande parte da multidão que lá estava presente. Recebi vários pedidos para me manifestar quanto ao fato mas, de propósito, esperei alguns dias para ver se ainda aconteceriam desdobramentos significativos, fato que não ocorreu, assim como aconteceu após as grandes manifestações do ano passado, que não geraram grandes mudanças.
Evidentemente as manifestações populares, ordeiras, são de enorme importância, porém devem ser seguidas de atitudes individuais aderentes aos protestos. Não adianta sair às ruas gritando palavras de ordem e depois se omitir em relação às ações que precisam ser executadas. O exemplo mais grotesco desta contradição se traduz no resultado das eleições, onde a maioria dos eleitos é que dá mais motivos para as reclamações populares. Por que as manifestações não voltam o foco também para o eleitor? Por quê o eleitor ainda vota em pessoas que não deveriam nos representar? E mesmo em relação aos eleitores que não votaram nestes verdadeiros usurpadores da coisa pública, o que fizeram para mudar esta situação?
É muito fácil, protegidos pela impunidade que uma multidão oferece, agredir, mesmo que verbalmente, alguém que naquele momento não tem nenhuma forma de defesa.
Quero frisar de forma contundente que não compactuo com o que se instalou na prática  política brasileira, após a subida ao poder do partido que se intitula dos trabalhadores. Não que os anteriores fossem melhores, mas pelo discurso e pelas perseguições que sofreram, é inadmissível a ocorrência de determinados absurdos.
Todavia, como em tudo na vida, é preciso respeito e eficácia. Respeito a uma autoridade que, mesmo que não atenda aos nossos anseios, foi colocada lá democraticamente, pelo próprio povo. Roupa suja se lava em casa, e não perante milhōes de estrangeiros. E falar que em estádio de futebol, as ofensas chulas são comuns, é mais uma falácia. O comportamento das pessoas pode e deve ser adequado a cada situação. Todos nós temos uma forma de agir em nosso lar, com total liberdade quando estamos sozinhos. Todavia mudamos, quando recebemos visita, até por uma questão de respeito.
Além disto, o público presente naquela ocasião era totalmente diferente daquele que costuma freqüentar os estádios. Aliás, a grande maioria que estava presente, pelos altos valores dos ingressos, deve ser de elevado poder aquisitivo, fato que por si só denota uma minoria.
E esta minoria deveria, pelo elevado nível educacional, ser a base para dar eficácia aos clamores populares, agindo no sentido de se buscar uma sociedade mais justa, com a disseminação da cultura e do conhecimento para que a própria sociedade, como um todo, selecione melhor seus governantes.
Mais ação e menos exortação!

sábado, 7 de junho de 2014

改 善 PARA APRIMORAR SENTIMENTOS


Não tenho dúvidas que a frenética evolução tecnológica e a gigantesca geração e disponibilização de novos conhecimentos, exigem uma maior rapidez na evolução do ser humano.

Mas evoluir em que sentido? Para responder esta pergunta, seria necessário uma resposta prévia a um questionamento que remonta desde os primórdios: qual o sentido da vida? Qual o objetivo de nossa existência?

Tema recorrente em quase todas as religiões, alguns entendem esta breve passagem como uma missão a ser cumprida, outros como uma expiação imposta pelo criador. Mas para mim, "teólogo de fim de semana", tanto uma coisa quanto a outra fazem parte de um propósito maior: buscar a ascensão à Deus, através do aperfeiçoamento individual e social.

Qualquer que seja o conceito que cada um tenha de Deus (e não tenho dúvida nenhuma de sua existência), ele sempre se apresenta com suprema sabedoria e supremo amor. Se queremos chegar próximo deste nível, precisamos então desenvolver nossa inteligência, buscando a perfeição moral.

Porém, estamos bem longe deste objetivo, sendo que características mesquinhas do ser humano ainda são mais comuns que as almejadas pelo divino. Ódio, inveja, ciúme, orgulho, individualismo, dentre outros, dirigem nosso caminho para uma rota bem distante daquele traçado ideal.

E como é difícil eliminar estas "paixões"!

Quanto tempo necessitaríamos para mudar estes comportamentos? Não faço a mínima idéia. Mas de uma coisa tenho absoluta clareza: mais do que conhecer e alcançar o entendimento das coisas, é fundamental enxerga-las através do sentimento. E isto não se dá do dia para a noite, só podendo se desenvolver através de um aperfeiçoamento contínuo e gradativo.

Os japoneses, dentro do habitual pragmatismo, desenvolveram o conceito chamado Kaizen ( ), que preconiza a melhoria contínua e gradual dos processos. Portanto, Kaizen no ser humano, para trocar seus mesquinhos interesses pela perfeição moral, balizada em sentimentos mais nobres.

Só cuidem para que este processo tenha um pouco mais de velocidade, pois o nosso deadline está bem próximo.




domingo, 25 de maio de 2014

A SABEDORIA COMO NORMA DE CONDUTA


O principal fator que impulsiona o desenvolvimento da humanidade é a busca pela verdade. Neste sentido, crenças supersticiosas não devem prosperar e muito menos alcançar uma importância indevida. Quando não sabemos o porque das coisas, o mais importante é reconhecermos nossa ignorância, procurando trilhar um caminho que descortine a verdade.

Mas, será que todos têm a vontade de procurar tal caminho? Me parece que não. Isto exige não somente reconhecer que ignoramos muitas coisas, como também exige maleabilidade, investigação dos fatos e sinceridade, inclusive consigo mesmo. E, francamente, não vejo estas virtudes tão presentes nos dias de hoje.

Talvez seja mais fácil descobrir o caminho da verdade do que convencer os homens a procurarem-no. E nesta toada, continuamos a nos enganarmos a nós mesmos.

Precisamos urgentemente aperfeiçoarmos a arte de viver, podendo começar por ações no sentido de assegurar que o homem aja moralmente bem.

Confúcio, sábio mestre chinês, nascido a mais de quinhentos anos antes de Cristo, desenvolveu sua doutrina, em cima desta filosofia. Ainda hoje suas normas de conduta propostas são bastante atuais. "Não faças aos outros o que não queres que te façam a ti", "devemos responder ao mal com a justiça e ao bem com a bondade" e "para julgarmos os outros, devemos servir-nos de nosso foro íntimo como termo de comparação", são alguns preceitos de sua doutrina que podem ser utilizados atualmente, como se modernos fossem.

É preciso resgatar a simplicidade da arte de viver! Para tanto, e como o mestre ensinou, "não te suponhas tão grande que os outros te pareçam pequenos", reconhecendo sempre que "o maior dos defeitos é ter defeitos e não procurar corrigi-los".

domingo, 11 de maio de 2014

MÃE É MÃE, E VICE-VERSA

Tudo começa numa piscininha chamada útero. A partir de então, forma-se a mais bela das relações entre seres humanos: o amor maternal!
E desde a fertilização nos tornamos dependentes deste ser único, que jamais se cansará de nos mostrar, de forma cristalina, o significado do verdadeiro amor incondicional.
Mesmo ainda dentro da barriga da mãe, já sentimos o conforto e a proteção na intensidade que só ela nos dará pelo resto da vida. Responsável desde o início por nossa oxigenação e alimentação, a mamãe também tem o dom de nos acalmar e confortar, apenas pelo som de sua voz e pelas batidas de seu coração.
Mas precisamos seguir os desígnios da natureza. Precisamos nascer! E o nascimento significa a primeira separação desta adorável protetora. Não é à toa que choramos ao nascer.
Todavia, começa então uma segunda fase, tão ou mais confortante quanto a fase uterina. Quanto desprendimento, quanta dedicação, quanto sacrifício, quantos ensinamentos, enfim, quanto amor, para nos dar condições de sobrevivência e de crescimento!
Quem mais em nossas vidas vai nos oferecer tanto e pedir tão pouco? Quem mais será capaz de dar a própria vida para salvar a de um filho?
Mãe! Uma palavra tão pequena, mas de um significado incomensurável!
Mãe deveria ser eterna. Aliás, mãe é eterna! E tem que ser! Afinal, quem, em qualquer idade, nunca se sentiu desamparado, carente do carinho, do conforto e da segurança da mãe? E certamente todas, inclusive as que já subiram ao céu, estarão atentas e disponíveis para fazer pelos filhos o que mais ninguém é capaz.
Minha mãe! É tanta gratidão, que só me resta dizer uma palavra: Obrigado!
Na citação dos nomes de minha mãe, Raulice, da mãe de meus filhos, Mônica, da mãe de minha esposa, Marlene, das mães de meus sobrinhos, Mara, Nara, Cláudia, Hosana e Camila, estendo os meus efusivos cumprimentos a todas as mães pelo seu dia.

Feliz dia das mães!

sábado, 12 de abril de 2014

PEIXE É PESCADO E JOGO É JOGADO

Terminam neste final de semana os principais campeonatos estaduais de futebol pelo Brasil. E, como tem acontecido nos últimos anos, o fracasso técnico e de público dá munição aos críticos de plantão que querem acabar com estas competições.
Isto me lembra a estória do marido que, ao chegar em casa, e encontrando a mulher no sofá com outro, manda retirar o sofá da casa.
Não é acabando com os estaduais que resolveremos os problemas do futebol brasileiro. Pelo contrário, entendo que medidas urgentes precisam ser tomadas no sentido de revitalização destas competições. Nosso mais popular esporte reduziu drasticamente a "produção" de craques porque os milhares de clubes que os formavam, não têm mais atividades o ano todo, sendo obrigados a montarem "times de verão". E eram justamente os campeonatos estaduais que garantiam tais atividades.
Como exigir qualidade técnica e atratividade, se fazem campeonatos com pouco mais de três meses de duração, em meio a Taça Libertadores e Copa do Brasil, onde uma minoria garante o lucro da mídia que detém os direitos de transmissão?
Da mesma forma, o elitizado campeonato brasileiro, estrangula a grande maioria dos antigos formadores de jogadores, em benefício da televisão e de empresários.
De qualquer forma, e como demonstração inequívoca que as grandes rivalidades ainda estão no âmbito estadual, amanhã teremos estádios lotados por todo o Brasil, nas decisões dos campeonatos estaduais.
Na maioria dos estados, os jogos finais foram os esperados. Grenal no Sul, Bavi na Bahia, Cruzeiro e Atlético-MG em Minas, Flamengo e Vasco no Rio, Atlético e Goiás em terras goianas, foram o que na linguagem do turfe se chama "pule de dez", ou seja, mais do que previsto. Em outros, como os improváveis Santos e Ituano em São Paulo e Londrina e Maringá no Paraná, foram surpresas.
E, por falar em surpresas, tem muita gente se achando campeão por antecipação.
Muito cuidado nesta hora, porque peixe é pescado e jogo é jogado!
Quem viver, verá!

domingo, 6 de abril de 2014

MOTIVAÇÃO E DESEMPENHO

O que é fundamental e importante para um bom desempenho no trabalho e, consequentemente, para o sucesso profissional? Boas notas na escola? Vasto conhecimento? Atualização e aprendizagem constantes? Dedicação e esforço? Habilidade e gostar do que faz?
Tudo isto e mais algumas coisas são importantes e contribuem para um bom desempenho. Porém, de que adianta ter todas estas características e faltar o essencial: a vontade de fazer.
Motivação! Elemento essencial ao bom desempenho profissional, é um tema recorrente em todos os modelos de gestão empresarial, bem como nos estudos de filósofos e psicólogos.
Sempre tive uma certa resistência em relação a palestras e programas motivacionais. Em minha opinião têm um efeito muito limitado, se mantendo até o retorno do empregado à sua rotina diária, normalmente massacrante.
Então, qual seria a solução?
Seria muita ousadia minha, sem a devida habilitação, abordar um tema que vem sendo objeto de pesquisas e estudos há anos, por nomes consagrados como Henry Murray, Frederick Herzberg, Abraham Maslow, Martin Seligman, Daniel Goleman, David McClelland, dentre outros. Mas ousadia também pode ser um fator positivo. Assim sendo,  vou arriscar minha opinião.
No meu entender, o que nos motiva é tudo que contribuí para que alcancemos a satisfação de nossos principais anseios de vida. Para tanto, precisamos ter a oportunidade de crescimento enquanto pessoas, desempenhar tarefas importantes, seja em que nível for, e poder compartilhar tudo isto através de relações sociais sadias.
Se levarmos este direcionamento aos limites da vida profissional, poderemos analisar um pouco melhor a questão motivacional no trabalho.
As pessoas que trabalham para uma empresa ou instituição querem crescer profissionalmente e, para tanto, estabelecem objetivos pessoais tais como, alcançar cargos de gerência, realizar atividades significativas que lhes deem visibilidade e reconhecimento, além de ansiar por um bom relacionamento com os colegas de trabalho, pois é onde passam a maior parte do tempo.
Assim, é imprescindível que os administradores propiciem as condições necessárias para que elas possam concretizar seus sonhos. De forma concreta, é fundamental treinar e capacitar as pessoas de forma assertiva, possibilitar o desenvolvimento de habilidades e resgatar o prazer de fazer bem feito, no trabalho. Para tanto, é fundamental que todos saibam o que se espera de cada um, e que tenham retorno sobre os resultados apresentados. Além disto, o desafio a ser proposto para as respectivas atividades deve obrigatoriamente ser compatível com as suas aptidões. Se a habilidade não estiver à altura da tarefa, certamente estaremos gerando angústia. Se, ao contrário, a tarefa se mostrar muito fácil, a tendência de gerarmos tédio e apatia é grande. Há que se buscar o equilíbrio.
Mas todos nós também somos responsáveis por nossa própria motivação. Dentro da filosofia simples do ditado "o local mais limpo não é o que se limpa mais, mas sim o que se suja menos", entendo que as pessoas devem se preocupar menos em reclamar do que lhes trazem infelicidade, procurando estimular o que traz a felicidade e, por consequência, a motivação. Porém, aqui existe um pré-requisito básico: precisamos saber o que queremos. As pessoas são diferentes e, portanto, têm diferentes necessidades e anseios.
Isto quer dizer que o que motiva uma pessoa pode não ter o mesmo efeito em outra. Mais do que as empresas, nós precisamos nos conhecer também.

domingo, 23 de março de 2014

SONHOS NÃO SUSTENTAM A VIDA

Sustentam sim, gritou minha querida esposa ao me ouvir dizer a frase que intitula este artigo.
Com mais esta pequena divergência doutrinária, instalada no âmbito doméstico, comecei a divagar e logo a escrever.
Que bom que podemos sonhar! Bom, porque os nossos sonhos podem gerar a força propulsora necessária para alcançarmos os nossos principais objetivos.
Eu disse: podem...!
Isto significa que somente sonhar não é suficiente. É preciso mais que sonhar. É preciso planejar e executar para que tal sonho se materialize e possamos alcançar o sucesso.
E o sucesso tem como pressuposto básico a ação. Alguém conhece alguma história de sucesso por omissão?  Ação pode não ser a garantia do sucesso, mas com certeza é imprescindível para que ele ocorra.
E não podemos ficar vivendo de ações passadas, nem de intenções para o futuro. É preciso agir hoje! Ações passadas nos dão o conhecimento e a experiência necessários para nos tornarmos cada vez melhores. Mas deixarmos nos limitar às lembranças de tempos outrora só nos trará saudosismo e melancolia.
Por outro lado, postergar sistematicamente as nossas intenções para o futuro, gera preocupações, insegurança e ansiedade.
O que passou não pode ser mudado e o que ainda não foi feito, simplesmente não existe. É preciso agir no presente, até porque o futuro pode não se concretizar.
Há décadas ouço uma história contada por minha mãe. Trata-se de um diálogo de um certo menino com sua mãe:
- Mãe! Você sabia que “amanhã” não existe?
- Como assim, meu filho? Claro que existe!
- Não existe não, mamãe! Quando vai chegar o amanhã, ele vira hoje.
Pois é! Raciocínio interessante deste menino. Acho até que, quando crescer, vai virar blogueiro e defenderá a tese de que o lugar é este e o momento é agora. E certamente repetirá a frase de um antigo filósofo: “O começo é mais da metade do todo”.

sábado, 8 de março de 2014

CELEBRAR A MULHER



Mais um "Dia Internacional das Mulheres"! Cumprimentos, flores, mimos e... E daí?

Será que este é o objetivo principal que motivou a criação desta data alusiva?

"Bom também", diria um amigo goiano em relação aos mimos, mas entendo que o que se busca é algo bem mais importante: estimular o debate e as ações que garantam a igualdade de tratamento e de oportunidades para homens e mulheres.

Apesar de uma significativa melhora nos últimos anos, ainda persistem situações inadmissíveis e discriminatórias em relação às mulheres. A violência covarde ainda persegue um número significativo de mulheres dentro de seus próprios lares, o assédio, tanto sexual quanto moral, que permanece firme em alguns locais de trabalho e níveis salariais menores em relação aos homens, mesmo executando atividades similares, são alguns exemplos que legitimam e justificam a existência de um dia das mulheres.

Se considerarmos o problema em nível mundial, nos deparamos até com legislações estapafúrdias que estabelecem penas grotescas por condutas que em países modernos são consideradas exercício de direito. O tráfico de mulheres visando escravização e prostituição acontece em países ditos de primeiro mundo. Enfim, ainda existe um longo caminho a ser trilhado para que se alcance um estado de igualdade de fato, lembrando sempre que não podemos esquecer das diferenças naturais entre os sexos, fato que em diversas situações, exige um tratamento desigual para os desiguais.

Desta forma, e reconhecendo o enorme esforço das mulheres para se inserirem e contribuírem para o desenvolvimento social, econômico e cultural do país, sem descuidar de seus afazeres domésticos, incluindo a dádiva extremamente trabalhosa de ser mãe, quero deixar meus cumprimentos a todas.

Cumprimentos especiais àquelas que suplantaram as enormes dificuldades e conseguiram sucesso nessa empreitada, sendo hoje, cada uma a seu modo, exemplos a serem seguidos. E neste grupo constato, com grande satisfação, que estão incluídas minha mãe Raulice, minhas irmãs Mara e Nara, minha esposa Mônica e minha filha Anne. Parabéns e obrigado por vocês existirem!

Ah, ia me esquecendo: vocês são lindas!