sábado, 26 de julho de 2014

A POLÍCIA DA PAZ

Qual o modelo ideal de sociedade?
Cada um tem o seu conceito. Eu, particularmente, entendo que, se temos que viver juntos em coletividade, é imprescindível que as diferenças sejam respeitadas de modo a garantir a convivência pacífica.
Todavia sabemos que uma sociedade perfeita é utopia. Sempre vamos nos deparar com problemas e, dentre eles, um que está se tornando comum: a lesão aos direitos do cidadão.
Ficamos sempre revoltados quando algum de nossos bens é subtraído de forma ilegítima e agressiva. O que dizer, então, quando uma vida é ceifada?
Portanto cabe ao Estado implementar um processo civilizador e que garanta a pacificação social.
E, neste aspecto, um importantíssimo agente se destaca com a nobre missão de preservar a ordem pública: a Polícia.
Todavia, mesmo sendo uma das principais instituições voltadas à proteção física e, por que não dizer, moral das pessoas, as organizações policias estão convivendo há tempos com um paradoxo: apesar da razão de existir da Polícia ser a de proteger a sociedade, não consegue a devida valorização e reconhecimento desta mesma sociedade.
É notório que uma minoria dos policiais, com suas ações nefastas, contribuem significativamente para a degeneração da imagem da instituição. Todavia é inadmissível a generalização.
Afinal, a maioria de seus integrantes é composta por homens e mulheres honrados, que trabalham com dignidade e que têm em comum o sonho de contribuir para que tenhamos uma sociedade mais justa e menos imperfeita. E mantêm este propósito mesmo a despeito dos salários não condizentes com a importância desta atividade e do risco de não voltar para o lar devido ao constante enfrentamento com marginais.
Existem os desonestos? Alguns agem com violência desmedida? Outros são corruptos?
Claro que infelizmente existe tudo isto. Mas qual organização não tem diferentes padrões de comportamento? Qual a organização que não tem os seus párias?
O que não podemos admitir é a impunidade e a manutenção dos que mancham o nome da corporação, e muito menos a generalização que ofende os policiais corretos.
Ademais, a segurança e a proteção do cidadão não são de atribuição exclusiva das policias. Fazem parte de um processo integrado pelas autoridades políticas e, em especial, pelos processos legislativo e judiciário, que necessitam de reformas. As mazelas sociais só serão eliminadas com uma ação em sinergia destes entes.
Evidentemente não podemos compactuar com as ações violentas que infelizmente tem se tornado corriqueiras. Não obstante, é preciso também reconhecermos que o uso de práticas agressivas no exercício do policiamento é, às vezes, inevitável e inerente à atividade que, em várias situações, exige decisões tomadas de imediato. É preciso apenas que o uso da força física seja legítimo.
Para os excessos cometidos, devemos exigir que os órgãos competentes, tais como as corregedorias de polícia, ajam rapidamente. Além disto, a própria sociedade e a mídia, podem oferecer denúncias, para que a ações saneadoras sejam executadas.
Mas o que se torna urgente e imperativo é a valorização, principalmente por parte da comunidade, dos profissionais dignos e dedicados a uma causa tão nobre. E eles formam a maioria e contribuem para que tenhamos um bem precioso: a paz!

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