sábado, 26 de fevereiro de 2011

FUTEBOL, ENERGIA ELÉTRICA E AS CATEGORIAS DE BASE

Se eu perguntasse qual a diferença entre o futebol e a energia elétrica, é bem provável que alguém respondesse: “coloque o dedo na tomada que você saberá...”.
 Assim, para não correr este risco, vou fazer outra pergunta: qual a semelhança entre o futebol e a energia elétrica?
Quem se habilita a dar palpite? Não estão vendo semelhanças? Será que não tem?
Meu desafio de hoje é mostrar que tem.
Mas, que tarefinha complicada, hein? Por onde começar?
Quando me deparo com situações em que há dificuldades de argumentação, sempre me lembro de uma conhecida anedota sobre advogados. Conta a referida anedota que, provocado a escrever um texto sobre Jesus Cristo, o Advogado perguntou: contra ou a favor?
Então, inspirado nesta capacidade argumentativa dos doutos colegas jurisconsultos, vou mostrar que existem semelhanças entre futebol e energia elétrica.
A CBF, entidade nacional de administração do futebol profissional no Brasil, tem como principal função zelar pelo efetivo cumprimento das normas e regras que regem este esporte, com o objetivo de manter a ordem das competições futebolísticas no território brasileiro, seguindo as diretrizes da FIFA. Fazem parte das atribuições da CBF, coordenar e supervisionar a atuação das Federações estaduais e a dos clubes de futebol.
Seguindo uma estrutura similar, o setor elétrico tem uma entidade nacional cuja principal função é zelar pelo efetivo cumprimento das normas e regras que regem o setor, seguindo as diretrizes do Conselho Nacional de Política Energética – CNPE. Trata-se da Aneel, que também descentraliza suas atividades através de convênios supervisionados com as agências estaduais, e acompanha a atuação das concessionárias de energia.
Resguardando as devidas proporções relativas à importância destas atividades para a sociedade, ambas as entidades seguem políticas e diretrizes definidas por entidades superiores, têm caráter regulatório e de supervisão, e objetivam garantir a qualidade da execução e prestação de seus serviços.
Ufa...!!! Consegui fazer alguma comparação! Mas a que conclusão isto leva? Sei lá...! Neste momento só me ocorre a constatação de como as estruturas organizacionais tendem a ser parecidas, independente da área de atuação.
Seguindo esta linha estrutural, poderia continuar fazendo mais tergiversações temerárias e duvidosas acerca de outras semelhanças. Mas vou me ater a uma questão operacional comum: a necessidade de formação e manutenção de talentos.
Assim como acontece nos clubes de futebol, também as concessionárias precisam cada vez mais de profissionais talentosos, criativos e que acompanham a evolução das estratégias. E não está fácil encontrá-los. A carência é muito grande por profissionais qualificados e capacitados nesta área. E quando algum deles está disponível, o preço é muito alto.
Por isto, da mesma forma que os grandes clubes estão investindo pesado na formação de jogadores em suas categorias de base e no desenvolvimento físico, técnico e tático de seus atletas, também as empresas de energia precisam reforçar as ações visando a formação de mão de obra capacitada, bem como uma constante atualização de seus empregados.
A prestação adequada deste serviço passa pela garantia da qualidade e por uma produtividade que garanta uma remuneração justa. E tanto uma quanto a outra, dependem primordialmente da atuação dos colaboradores.
Os avanços tecnológicos e o crescente grau de exigências por parte da sociedade, exigem atualização constante por parte dos profissionais, em relação às suas competências. Daí a enorme importância da Gestão de Pessoas nas empresas, no sentido de propiciar um ambiente adequado de aprendizagem constante.
Decorre daí, também, uma grande oportunidade e uma grande responsabilidade para as empresas especializadas em treinamentos e cursos corporativos. E o mercado, como sempre, será conquistado por quem demonstrar mais competência, seriedade e responsabilidade.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

MAIS UM APAGÃO. MAIS UMA OPORTUNIDADE.

Há bem pouco tempo se digitássemos a palavra apagão, o corretor do editor de texto iria grifá-la com a cor vermelha, indicando erro ortográfico. Hoje, depois de tantos apagões, o termo já aparece em dicionários e infelizmente passou a ser um termo coloquial para os brasileiros.
Apagão de energia, apagão aéreo, apagão na saúde, no transporte, na segurança, enfim, vários são os exemplos que acabaram por transformar o termo em uma palavra comum e entendida por todos.
E, de novo, estamos vivendo mais um apagão: o do Conhecimento.
Quantos de nós já não ouvimos ou lemos este tipo de comentário:
 “Há emprego, falta mão de obra capacitada”
 “A falta de mão de obra qualificada ainda é um problema que afeta todo o país.”
 “Se o Brasil quer crescer, precisa se preocupar com a mão de obra. Qualifique-se, não falta emprego".
Estas frases são reais e retratam o momento que estamos passando em relação à necessidade das empresas por pessoas capacitadas.
O Brasil está vivendo um salutar período de crescimento econômico, que tem gerado oportunidades para os empresários investidores e para os trabalhadores. Todavia, cada vez mais se exige que o empregado tenha um mínimo de conhecimento acerca do processo e dos equipamentos que serão utilizados.
Como tudo tem mudado muito rapidamente, existe uma necessidade imperiosa de aprendizagem em caráter constante, para suprir as necessidades cada vez mais dinâmicas do mercado.
E se a situação já está complicada hoje, pode piorar ainda mais. O crescimento projetado para a economia brasileira mostra um índice maior do que a previsão de aumento da capacidade do nosso sistema de ensino, fato que ameaça se tornar um obstáculo intransponível para a continuidade deste crescimento.
Medidas para resolver este tema e evitar o caos que o Apagão do Conhecimento poderá gerar, são inadiáveis, e devem ser tomadas por todos os interessados. O governo precisa mais do que nunca ser ágil, estabelecendo e implementando ações de incentivo à aprendizagem. As empresas também podem e devem desenvolver ações visando a qualificação de pessoal. E o trabalhador precisa aprimorar seus conhecimentos, continuamente.
Todavia, e como é comum em toda crise, grandes oportunidades surgem. A oferta de cursos de formação profissional e de educação continuada, treinamentos e palestras, se apresentam não só como um bom negócio, mas também como a única alternativa de curto e médio prazo, para a solução deste enorme problema.
Neste sentido, as empresas que oferecerem um trabalho sério e eficaz, seguindo métodos adequados de ensino/aprendizagem, com foco no desenvolvimento de pessoas, estarão fazendo um excelente investimento e prestando uma contribuição enorme para toda sociedade.
De outro lado, o profissional que conseguir se manter atualizado será bastante valorizado e, consequentemente, terá inúmeras oportunidades de crescimento.
Como sempre, crises e oportunidades andando juntas.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A EVOLUÇÃO DO SETOR ELÉTRICO NO BRASIL

A Lei das Concessões, de 1995, estabeleceu as primeiras regras para a prestação do serviço de distribuição de energia elétrica, sob o regime de concessão. Todavia, coube à Lei 9.427/96 a criação do marco regulatório do setor, inclusive com a instituição da ANEEL, órgão regulador e fiscalizador da área de energia elétrica.
O modelo estabelecido introduziu a geração competitiva, a transmissão independente e de livre acesso e a comercialização livre. Porém, foi no âmbito do transporte de energia, ou seja, na transmissão e na distribuição, que o Poder Concedente concentrou sua atividade regulatória.
Trocando em miúdos, a nova regulamentação acabou com o monopólio que caracterizava a geração e a comercialização de energia, surgindo então a competição nestes segmentos, que passaram a praticar preços livremente negociados, seguindo as regras de mercado.
Por outro lado, as empresas dos segmentos transmissão e distribuição, por serem monopólios naturais, permaneceram no ambiente regulado, onde a tarifa inicial é definida em leilão ou licitação, passando em seguida a ter atualizações anuais e revisões periódicas.
O fato é que, nestes últimos anos, a setor elétrico passou por profundas transformações, até chegar ao modelo vigente. Saímos de um desenho em que as empresas eram totalmente verticalizadas (englobando todos os segmentos), para outro em que foram divididas nos segmentos de geração, transmissão, distribuição, comercialização, importação e exportação. Surgiu também a figura do consumidor livre, dividindo a distribuição de energia em dois mercados: o de tarifas reguladas, onde estão os consumidores cativos, e o mercado livre, onde se enquadram os grandes clientes, que podem negociar diretamente com as geradoras ou comercializadoras.
Especificamente em relação ao mercado cativo, a Aneel estabelece as condições gerais de fornecimento de energia, através de resoluções normativas, cujas determinações devem ser cumpridas pelas distribuidoras, bem como pelos consumidores.
Atualmente está em vigência a resolução 456/2000 que consolida tais condições. Mas, já foi aprovada e está em vias de entrar em vigência, a Resolução Normativa 414/2010, que altera importantes procedimentos.
Nos próximos dias abordarei estas mudanças.


sábado, 12 de fevereiro de 2011

VALE A PENA ARRISCAR PARA SER FELIZ?



Quais são os maiores valores da vida? O amor, a paz, a amizade, a família, a lealdade, a religião? Os materialistas poderiam complementar com sucesso, o progresso material e outras conquistas mais.
Se eu fosse listar todos, ficaria rouco de tanto escrever. Evidentemente, esta é uma questão profundamente subjetiva, pois cada um tem suas opiniões, seus gostos e seus valores.
E como isto às vezes é previsivelmente surpreendente...! Ops! Nem eu entendi!
Mas, deixando de lado o linguajar paradoxal, o fato é que cada um tem seu rol de valores e, por mais estranho que ele seja, é nele que o indivíduo pauta a sua vida.
Porém, por mais variados que sejam estes valores, uma coisa eles tem em comum: a necessidade de arriscarmos para poder alcançá-los
Só vive um grande amor, quem se arrisca a sofrer uma grande dor. Só alcança uma grande amizade quem arrisca a se decepcionar com as pessoas. Só alcança o sucesso quem se expõe ao fracasso. A vida é assim! Tudo tem seu preço.
E a tal felicidade? Vocês concordam comigo que ela até existe? Claro que existe! Ou será que não? Nestas horas eu sou obrigado a lembrar de uma frase bastante filosófica: “tem hora que eu acho que eu penso que..., não sei não...”.
Nesta sequência filosófica e paradoxal, aproveito para deixar aflorar minha índole cartesiana de engenheiro. Acompanhem comigo: se os valores são as coisas mais importantes da vida, então a soma do alcance pleno de todos eles é igual à felicidade plena. Acompanharam?
Bingo! Descobri a fórmula da felicidade! Onde eu posso patentear?
O caminho está dado. Então o que falta para se alcançar “essazinha” aí?
Para esta resposta, vou lançar mão de um conceito matemático elementar: a propriedade distributiva da multiplicação. É claro que vocês se lembram!!!
Quem poderia esquecer que “Multiplicando um número natural pela soma de dois números naturais, é o mesmo que multiplicar o fator, por cada uma das parcelas e a seguir adicionar os resultados obtidos”?
Seguindo este raciocínio elementar, e levando em consideração que a felicidade é a soma dos produtos dos valores, podemos concluir que:
Falta arriscarmos!
Arriscarmos a fracassar, a perder, a desiludir e até a desistir, mas sempre acreditando que vamos conseguir.
O comodismo limita a vida, que por sua vez limita nossos sonhos, gerando monotonia e angústia.
Prefiro a incerteza e a ansiedade da tentativa do que a opressão dolorosa do comodismo paralisante.
Portanto, vale a pena arriscar e ser feliz!

PS.: Esta solução matemática depende ainda dos resultados finais dos estudos relativos à influência dos anéis de Saturno na tromba do elefante.



quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

BREVE INTRODUÇÃO ÀS BASES LEGAIS DO SETOR DE ENERGIA NO BRASIL

Um pressuposto essencial para o bom funcionamento de qualquer setor da economia é, sem dúvida nenhuma, um adequado arcabouço regulamentar que dê segurança jurídica aos investidores e a todos agentes envolvidos.
Há algumas décadas o Brasil vem tentando ajustar tal arcabouço, buscando alcançar patamares modernos no que se refere aos aspectos regulatórios, pré-requisito indispensável para atrair os investimentos necessários.
 A base legal do setor tem origem no artigo 175 da Constituição Federal, que dá as principais diretrizes para a prestação de serviços públicos no Brasil, sob o regime de concessão. Este artigo foi regulamentado pela Lei 8.987/95, que ficou conhecida como “Lei das Concessões”.
Isto quer dizer que a União é que tem a competência para cuidar dos serviços de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, porém, por meio de uma concessão, delega a sua prestação através de licitação.
Portanto a União é o Poder Concedente e a empresa vencedora da licitação é a Concessionária.
Esta concessão é formalizada mediante contrato (conhecido como “contrato de concessão”) que deve observar as determinações da referida lei e das normas previstas no edital de licitação.
É de se ressaltar que toda concessão de serviço público está sujeita à fiscalização pelo poder concedente. No caso do setor elétrico, isto é feito pela Aneel ou pelas Agências estaduais autorizadas.
Uma das determinações legais determina que toda concessão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários.
E a própria lei define o que seria um serviço adequado: é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.
Posteriormente, a Lei. 9.427/96 detalhou os fundamentos do modelo regulatório para o chamado “mercado cativo” de energia elétrica.
A legislação definiu também os princípios para a fixação e a atualização das tarifas de fornecimento de energia elétrica, por meio de processos de reajustes anuais e revisões tarifarias periódicas.
Mas isto já é assunto para outro post.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

CENSURA, FALTA DE LIMITES E EDUCAÇÃO MIDIATIZADA

As mídias, enquanto meios de informação e comunicação, influenciam significativamente na formação e na modelagem dos grupos sociais. E, justamente por ter este papel tão relevante, devem se constituir em instrumentos para a formação de pessoas conscientes e comprometidas com o bem comum.
No entanto, é preciso que a própria sociedade, através de uma constante análise crítica, exija sempre o cumprimento desta obrigação.
A história relata verdadeiros absurdos, que mostram como a mídia pode ser utilizada indevidamente, em prol de interesses de grupos.
 Vocês sabiam que o primeiro jornal brasileiro, criado em 1808, era publicado em Londres para fugir da censura imposta pelas autoridades daquela época colonial? O gaúcho Hipólito José da Costa era um liberal que defendia os direitos individuais, e foi o fundador do Correio Braziliense. Ironicamente, o mesmo Hipólito acabou inaugurando a prática de conchavos, aceitando subsídios do Rei D. João (Gomes, Laurentino – 1808, Editora Planeta, 2008).
Atualmente temos exemplos do outro extremo. A falta de limites no uso da Internet tem gerado situações constrangedoras, expondo a intimidade e gerando diversos prejuízos. Apesar do caráter revolucionário e predominantemente positivo, a Internet chegou sem as devidas leis e normas necessárias à utilização sadia.
Neste contexto, se insere a educação que, na sua atividade principal de produzir conhecimento, sempre teve como base a comunicação.
Inicialmente esta comunicação teve um caráter unidirecional, quase que autoritário, onde o professor enviava uma mensagem e o aluno se colocava de uma maneira passiva diante dela. Quando muito, o diálogo se concretizava no esclarecimento de alguma dúvida.
Todavia, a crescente conscientização acerca da necessidade de tornar a relação educacional mais interativa, concretizando o verdadeiro diálogo entre professor e aluno, gerou o desenvolvimento de práticas pedagógicas modernas e emancipadoras.
Estas novas práticas contam com um forte apoio da tecnologia, que vem disponibilizando ferramentas de informação e comunicação cada vez mais práticas e atraentes.
Não restam dúvidas sobre as vantagens potenciais desta nova educação midiatizada. O ganho obtido pelas inúmeras oportunidades de se implementar a interatividade e o diálogo efetivo, é imenso.
Porém, este novo contexto gera grandes desafios para os educadores, principalmente pela necessidade de se ampliarem as reflexões sobre estas possibilidades, de forma a garantir que contribuam para a finalidade principal que é a de transmitir conteúdos pedagógicos e propiciar um ambiente de diálogo e interação.
Não menos importante é a necessidade de constante atualização do professor, fato que gera outra necessidade: a de mudanças na estratégia de sua formação.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

ACORDAR-SE PARA DENTRO E A SAGA CORINTIANA


O poeta Mário Quintana já dizia: “sonhar é acordar-se para dentro”.
E como é importante acordarmos para dentro!
Nossos sonhos representam a principal fonte motivadora a nos impulsionar em busca de nossos objetivos.
Quem não sonha em encontrar um grande amor, um excelente emprego ou ter sucesso na vida? Esta é a energia que move a humanidade.
Mas por que alguns sonhos teimam em se transformar em pesadelo?
Ontem o dia foi pródigo em piadas por mais um retumbante fracasso do Corinthians em sua tentativa de concretizar o sonho de ganhar a Copa Libertadores.
Este é um exemplo reincidente de reversão da expectativa, onde o sonho de uma coletividade se transforma num enorme pesadelo, para a alegria dos rivais.
Alguns falam em sorte, outros em destino. Mas na realidade, os principais fatores que determinam a concretização de um sonho, estão relacionados a questões bem mais objetivas: estratégias, ações eficazes e muita persistência.
Não adianta sair correndo em busca de um sonho, se ele estiver em lugar inacessível.
Pior ainda é vincular grandes sonhos a pessoas que acabam por se revelarem pequenas. Grandes decepções estão relacionadas a traições, mentiras e outros comportamentos que transformam sonhos em pesadelo.
E muitas vezes, o que parece um sonho, na realidade já nasce como um pesadelo. A ilusão é que não deixa ver.
Porém, quando o sonho é legítimo, possível e aderente aos nossos valores e princípios, acaba por se transformar em um verdadeiro bálsamo para os inevitáveis momentos de desânimo que a vida às vezes nos provoca.
Lutar e acreditar em sonhos legítimos são fundamentais para alcançarmos o nosso objetivo principal: a felicidade!
Mas que é divertido acompanhar as piadas sobre a desilusão do bando de loucos em relação ao fracasso corintiano, ah isto é...!


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

CARIBE! POR QUE NÃO?

O conhecido processo de globalização praticamente tornou imprescindíveis as relações internacionais entre os países.
Uma das principais conseqüências desta nova conjuntura foi o surgimento dos Blocos Econômicos.
Se somarmos a isto o acelerado desenvolvimento tecnológico e das comunicações, podemos confirmar uma percepção cada vez mais forte: o mundo ficou pequeno!
Como era de se esperar, num primeiro momento todos se interessaram em compor com os países desenvolvidos, visando principalmente auferir benefícios comerciais.
Porém, como em todo processo bilateral, o jogo para vingar deve ser de ganha-ganha, sob pena de acabar precocemente.
Assim, também como era de se esperar, surgiram divergências enormes, algumas até insanáveis.
Então, qual é o melhor caminho? Não restam dúvidas que o primeiro requisito deste processo é levar em consideração os aspectos sociais, políticos e culturais de cada país. Mas, além disto, é fundamental ter como objetivo propiciar a inclusão e reduzir a desigualdade social.
É inadmissível, por exemplo, aceitarmos a existência da fome em país exportador de alimentos.
Os interesses econômico-financeiros devem vir suportados por políticas de manejo sustentável dos recursos naturais e produtivos. A liberalização comercial deve ter em contrapartida a cooperação para o desenvolvimento, incluindo a formação de recursos humanos. Assim, todos ganham.
E como uma espécie de bônus, existe ainda a gratificante possibilidade de se conhecer e vivenciar uma rica diversidade cultural.
Dentro deste enfoque, o Caribe se apresenta como uma das melhores opções de integração comercial para os países da América Latina, em especial para o Brasil, pois se trata de um mercado carente de infra-estrutura, porém em desenvolvimento.
A maior aproximação a estas regiões, que historicamente não tiveram a atenção devida, pode ser uma grande oportunidade para entrarmos no jogo do ganha-ganha.
Sim! Existem oportunidades em outros países que não aqueles que, além da tendência em querer ganhar sempre mais, têm a tendência de controlar também a cultura e os valores alheios.