domingo, 11 de março de 2012

ROMANTISMO, RESPONSABILIDADE E COMPROMISSO

- Bom dia, meu amor!
- Bom dia!
- Só “bom dia”?
- Como assim?
- Não está se lembrando de nada? Sabe que dia é hoje?
- Sei. Domingo.
- Não perguntei o dia da semana, mas sim o do mês. Não significa nada para você?
- Claro que significa! 11/03. A soma destes números é 14.
- E daí?
- É o dia de seu aniversário!
- Não era isto que eu estava pensando.
- Então dobra.
- Dobrar o quê?
- Multiplique o 14 por 2.
- Esta mania de traduzir tudo em números ainda vai te deixar maluco. Ou eu.
- O resultado é 28.
- Estou cansada de saber. O que não sei é que importância isto tem.
- Por falar em coisas importantes, quantos filhos nós temos?
- Jesus amado dê-me paciência. São dois, por quê?
- Dois somados com vinte e oito, dá quanto?
- Não acredito que você fez isto tudo para dizer que se lembrou...!
- A resposta está no cartão em cima de seu criado-mudo.
- Este?
- Pode ler.

“Meu amor,
Há exatos trinta anos fiz uma escolha definitiva: Através do simbolismo do noivado, tornei público minha intenção de casar com você.
Apesar da imaturidade própria da juventude, eu tinha plena consciência da responsabilidade que estava assumindo: compartilhar afinidades, atitudes, valores e preferências de tal forma que isto não implicasse descaracterização de nossas personalidades, mas sim em um enriquecimento mútuo.
Apesar da imagem romântica do casamento (e que se faz necessária), não se pode ignorar que precisamos estar preparados para as suas implicações e responsabilidades, bem como para as expectativas frustradas que a realidade teima em nos brindar.
E para suplantar isto, propiciando inclusive a perpetuação do romantismo, só existindo amor, lealdade e devoção.
Pode parecer difícil. E é! Mas como toda coisa grandiosa, a felicidade para quem consegue é indescritível.
Há trinta anos nos demos as mãos e juramos unir nossas almas. E desde então isto tem sido a principal fonte de energia que me dá a força necessária para enfrentar os obstáculos e, principalmente, para ser feliz.
Obrigado por você existir!
Te amo!”

- Estou emocionada... Você sobra... Também te amo!

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