Normalmente, toda ação que
praticamos e toda escolha que fazemos, visam algum fim que desejamos. E nesta
caminhada, buscamos alcançar as nossas maiores aspirações.
Mas qual seria o bem maior que
poderíamos alcançar? O prazer? A riqueza? A Saúde?
Quais destes exemplos citados seriam
por si mesmos bastantes para atender nossos objetivos de vida? Apesar de
importantes para a maioria das pessoas, nenhum deles basta por si só. São, no
máximo, facilitadores do verdadeiro bem supremo, que é a felicidade!
Mas o que é felicidade?
Para boa parte das pessoas, trata-se
de alguma coisa simples e óbvia, como o prazer ou as honras. Dependendo das circunstâncias,
pode ser a saúde quando está doente ou a riqueza quando é pobre.
Apesar de quase todos estarem de
acordo que o bem supremo é a felicidade e considerarem que o bem viver e o bem
agir equivalem a ser feliz, há muita divergência a respeito do que seja a
felicidade.
A julgar pela vida que os homens levam, a felicidade está
identificada com o prazer, e por isso amam a vida agradável.
Outras pessoas identificam a
felicidade com a honra. Todavia, isso parece ser demasiadamente superficial,
visto que a honra depende mais de quem a concede que de quem a recebe.
Há quem a veja numa vida dedicada
a ganhar dinheiro, mas a riqueza não é, obviamente, o bem maior que estamos
procurando: trata-se de uma coisa útil, nada mais, e desejada no interesse de
outra coisa. O dinheiro, por si só, não basta.
A felicidade, acima de qualquer
outra coisa, é o bem maior. Ela é buscada sempre por si mesma e nunca no
interesse de outra coisa, enquanto a honra, o prazer, a razão, e todas as
demais virtudes, são instrumentos de busca de outras coisas.
A principal característica do
chamado bem supremo é a auto-suficiência como aquilo que, em si mesmo, torna a
vida desejável por não ser carente de nada.
O bem supremo é "aquilo que
todos desejam", e o que os seres humanos mais desejam é a felicidade.
E para alcança-la, o ser humano
tem que realizar-se virtuosamente naquilo que lhe é natural, a sua razão.
P.S.: Apesar da aparente atualidade deste
tema, estes conceitos foram desenvolvidos há mais de dois mil e trezentos anos,
pelo grande filósofo Aristóteles, em seu trabalho “Ética
a Nicômaco”. Falecido no ano 322 a.C. seus escritos ainda hoje servem de
base para a sistematização da Filosofia e da Psicologia.
“O começo é mais que metade do
todo”
Aristóteles
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