sábado, 28 de dezembro de 2019

GRATIDÃO, GRATIDÃO, GRATIDÃO...

Como retribuir um amor incondicional?
Como tornar o agradecimento tão significativo quanto o que estamos a agradecer?
Afinal, ela me deu a vida e iluminou o caminho que eu deveria seguir. Me deu amor, carinho, atenção, me ensinou a diferença entre a essência e o supérfluo, 
Me ensinou também que a busca da felicidade tem como pressuposto elementar a valorização do exemplo. 
Me deu aconchego, cuidado, educação, ensinamentos, irmãos e até dinheiro.
Me deu, enfim, tudo para que eu pudesse viver com dignidade, equilíbrio emocional e sabedoria.
Se cometi erros (e foram muitos), a culpa foi exclusivamente minha, por não seguir seus conselhos.
Professora Raulice Gomes Bahia Silva, minha mãe! Teus exemplos na vida profissional e no âmbito familiar, aliados ao amor que nos brindou, formaram a base sólida que sustenta minha vida e, mais que isto, sempre me encheram de orgulho. Orgulho sentido durante toda a minha vida quando, lá pelas bandas de Anicuns e Goiás Velho, alguém afirmava: "ele é filho de Raulice".
E hoje acordei com uma vontade imensa de gritar para o mundo: EU SOU FILHO DE RAULICE!
Vai com Deus, mãe! E até breve.
Gratidão infinita!

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

O NATAL E O LADO SOMBRIO DA HUMANIDADE

Solidariedade ou brutalidade?
O que predomina no ser humano?
Apesar de todo o desenvolvimento tecnológico verificado no curso da história humana, ainda nos assombramos com a sanha destrutiva que caracteriza o lado sombrio do ser racional.
A realidade teima em querer nos fazer acostumar com a brutalidade. Violência, exploração, guerras, destruição da natureza, discriminações, dentre outras bestialidades, continuam acontecendo, em alguns casos, com estranha naturalidade.
Em nome de Deus, guerras são travadas. Em nome da crença e da cultura, violências e discriminações são perpetradas. Em nome do desenvolvimento cresce assustadoramente a destruição do meio ambiente. Em nome do interesse de uma minoria, explora-se o trabalho da grande maioria.
É evidente que existem inúmeros exemplos de solidariedade, mas que, a meu ver, praticada sem a mesma intensidade, em comparação à brutalidade. A título de exemplo, cito o caso dos avisos de que a porta do carro não está totalmente fechada. Vários motoristas seguem este carro, até conseguir passar ao motorista  tal informação. Louvável! Mas quantos acidentes graves aconteceram devido à isto? Eu não conheço nenhum caso. 
Por outro lado, quantos motoristas param para socorrer vítimas de acidente de trânsito em estado grave? Me parece ser em menor número. A impressão que se tem é que a intensidade da solidariedade é inversamente proporcional às dificuldades e gravidade encontradas.
Minha filha vê este meu pensamento como uma visão pessimista acerca do ser humano. Talvez sim, mas , na minha ótica, é uma visão mais realista.
Não obstante, acredito piamente que a prática do bem está diretamente relacionada ao amor. Este sentimento sublime tem a capacidade de eliminar outros sentimentos ou práticas negativas, propiciando o alcance de uma das nossas mais importantes aspirações: a boa convivência.
Então, um natal de muito amor para todos!
Saúde e sorte!

quinta-feira, 7 de novembro de 2019

RADICALISMO POLÍTICO: UM DESSERVIÇO À NAÇÃO

  
O que explica a predominância humana na Terra, em relação aos outros animais? Não somos os mais resistentes, nem os mais fortes e muito menos os mais velozes. Com outras inúmeras fraquezas, ainda assim, dominamos o planeta. Por quê?
Simplesmente porque somos os únicos a conseguir modificar o estado da natureza. Isto significa dizer que, além de seres biológicos produzidos pela natureza, somos seres culturais, no sentido em que podemos aprender, produzir e transmitir novos conhecimentos. Tal fato torna nosso comportamento completamente distinto dos outros animais, permitindo ajustar a natureza às nossas necessidades.
Claro que tal comportamento, não raro, traz prejuízos, que podem ser mitigados pela discussão, pelo diálogo e pelo bom senso.
Todavia, o que estamos vendo nos dias de hoje é que, a despeito do velocíssimo desenvolvimento tecnológico, as atitudes do ser humano dão a impressão de estarem involuindo. O egoismo, o individualismo, os conflitos interpessoais, dentre outros, não apresentaram uma evolução compatível com o desenvolvimento técnico.
Agora mesmo, estamos vivenciando no Brasil uma situação preocupante de radicalismo político que, de forma contrária aos princípios democráticos, provoca cada vez mais o afastamento entre pessoas que têm visões políticas diferentes. E, pior, dificultando e até mesmo impedindo discussões e diálogos que poderiam aperfeiçoar e direcionar nosso desenvolvimento e crescimento socio/econômico.
Alcançamos uma situação em que quase ninguém tem predisposição para aceitar as diferentes visões políticas. Virou uma espécie de guerra ideológica onde os níveis de intolerância estão impactando até nas relações familiares e de amizades.
E cada lado, com suas verdades absolutas, inundando as redes sociais de baboseiras, contribuem de forma similar para um verdadeiro desserviço à nação, na medida em que impedem uma valoração isenta dos atos políticos, levando-a para um caminho de retrocesso e contrário aos princípios racionais, que contribuíram sobremaneira para desenvolvimento social desde a nossa origem.
A história nos mostra que as grandes realizações da humanidade, em seu proveito, se deram nos períodos de liberdade, onde, ao invés do radicalismo, predominam o diálogo e o bom senso.

sábado, 21 de setembro de 2019

LIVRANDO-SE DE SI MESMO

O caráter cíclico da vida, tem se apresentado com muita força, ultimamente. Com todo o conhecimento disponibilizado e o enorme desenvolvimento tecnológico, continuamos encalacrados na resposta de uma de nossas questões fundamentais: quem sou eu?
E assim, num mundo em que as pessoas deveriam ser felizes, o que se vê é um aumento inadmissível do número de pessoas acometidas de depressão e ansiedade.
As exigências do mundo moderno, aliadas às atitudes nem sempre adequadas, têm levado, cada vez mais, as pessoas ao desespero, não raro gerando aversão ao seu cotidiano.
A ambição desmedida, a meu ver, tem provocado uma enorme ansiedade, tomando o precioso e imprescindível tempo para conviver, diminuindo as chances de alcançarmos a paz e a harmonia de vida.
A impressão que se tem é que as coisas boas ficaram no passado. Mas esta sensação ocorre porque o passado é o único período de nossas vidas que não traz ansiedade.
Se torna imperioso resgatarmos o nosso verdadeiro eu, de modo a possibilitar a nossa busca de crescimento, porém conscientes de nossas limitações. Não podemos permitir que a não consecução de alguns de nossos objetivos, seja motivo para desespero, pois nem sempre o "fracasso" é negativo, a não ser que assim o determinemos.
Às vezes, por outro lado, o "sucesso" pode até ser o estopim de uma situação que está se tornando cada vez mais comum, nos dias de hoje: a tentativa de livrar-se de si mesmo.
Hay que tener equilíbrio!

domingo, 30 de junho de 2019

ENTENDENDO A ENTENDER


Desde o início da vida humana, os homens buscam uma maior compreensão de si e do mundo. Para tanto utilizam aquilo que tem de diferencial em relação aos outros seres: a capacidade de entender as coisas, exercitando a sua habilidade para ampliar conhecimentos.

A grande questão, por demais discutida, é: Será que somos capazes de conhecer a verdade absoluta?
Não sei se um dia chegaremos lá, mas a resposta certamente passa pela nossa capacidade de ampliar as possibilidades do conhecimento humano, buscando  fontes adequadas, transformando os dados obtidos em informações, de modo a fundamentar o conhecimento obtido segundo regras da verdade.
Neste sentido, é imprescindível estabelecermos uma postura mais crítica.
Todavia,  o que vemos hoje é uma enorme e preocupante involução no que diz respeito ao processo de conhecimento.  Apesar de vivermos uma verdadeira revolução tecnológica, que amplia quase que infinitamente o acesso à informação, a impressão que se tem é a de que voltamos no tempo, redescobrindo e aplicando a doutrina dogmática que defendia nossa capacidade de atingir a verdade, sem levar em consideração as diferentes percepções  que cada um de nós desenvolvemos através de nossos sentidos e de nossa inteligência.
É impressionante como os
integrantes de grupos de redes sociais replicam, sem nenhum constrangimento,  inverdades, fake news e outras bobagens, sem nenhuma avaliação crítica, motivados apenas pela aderência às opiniões de cada um. E, opinião, não é argumento. 
O poder da mídia populesca na formação destas opiniões, tambem se torna uma enorme preocupação, pois deixa transparecer que a maioria dos indivíduos está suscetível a uma massificação perniciosa.
A solução, sem dúvida nenhuma,  passa pela educação. Mas poderia muito bem ter início com a conscientização de quem já tem o nível educacional aceitável. É preciso deixar de tratar os problemas sócio/político/econômicos como se trata um fla-flu, com defesas intransigentes de fatos, muitas vezes injustificáveis, mas que reforçam os argumentos de nossos embates acríticos.
Que tal darmos uma moralzinha ao filósofo francês René Descartes, que, já no século 17, nos ensinava: "o que sou eu? uma substância que pensa? O que é uma substância que pensa? é uma coisa que duvida, que concebe, que afirma, que nega, que quer, que não quer, que imagina e que sente."
Mais responsabilidade na transmissão de informações!

sábado, 11 de maio de 2019

A DOR QUE FORTALECE


O que significa existir? Apesar de ainda convivermos com inúmeras dúvidas de caráter existencial, uma coisa considero inquestionável e inevitável: as dores! E elas fazem parte de nossa existência, inclusive aquelas chamadas dores da alma. E dá-lhe sofrência!
Por isto, temos uma tendência de buscar apenas experiências que nos façam ficar confortáveis e seguros.
Todavia, as dores e o sofrimento são inerentes aos seres humanos, e são fatores importantes para o nosso crescimento e desenvolvimento.
O antigo dramaturgo grego Ésquilo, há mais de 2.500 anos, já dizia: “a sabedoria amadurece por meio do sofrimento”.
Não obstante, isto não significa que tenhamos que viver tristes e sofrendo. Para minorar tais sentimentos e aliviar as nossas dores, é fundamental ampliarmos nossa maneira de pensar, pois, o que normalmente nos leva ao caminho da sofrência, não são os fatos em si, mas a nossa percepção sobre eles. Estamos sempre julgando experiências, avaliando-as como boas e ruins, com base em nosso nível de conforto.
Sei muito bem de quão inglória é a luta contra nossa própria mente. Mas é preciso lutar.
Não tenho a mínima qualificação para dar sugestões sobre como agir, nesta situação, até porque existe uma enorme quantidade de médicos e de medicamentos, próprios e muito mais preparados para esta finalidade. Porém, numa mistura de palpite com observação empírica, me atrevo a dizer que gosto dos ensinamentos de Sartre, mormente quanto ao posicionamento que diz não ter a vida uma finalidade única para todos, cabendo a cada um encontrar a sua.
Dentro deste contexto, entendo como um excelente costume para ajudar a evitar ou sair de uma depressão, a prática de se buscar um sentido para os nossos sofrimentos. Nas palavras de Viktor Frankl, “o sofrimento deixa de ser sofrimento quando ganha sentido”.
Mas tal sentido precisa ser identificado, de preferência na vida e no amor. Um exemplo claro: Quando concluímos que nosso sofrimento não é em vão, e que ajuda a diminuir o sofrimento de uma pessoa amada, certamente o nosso se apresentará mais suportável.
E a busca deste sentido que nos alivia, tem como fonte inesgotável, nossa própria vida.
Ah, ia me esquecendo: Gratidão, sempre!


domingo, 7 de abril de 2019

SINCERIDADE E VERDADE


Não sei a autoria mas, há algum tempo li uma pequena estória, que reproduzo:
“Pediram para três cegos descreverem um elefante, até então desconhecido por eles. Após tocarem no animal, o primeiro deles disse ser parecido com uma mangueira, O segundo afirmou ser como um cabo de vassoura e o último o descreveu como similar a um grande tronco.”
O início deste texto, com esta metáfora, é só para reforçar que, apesar de todo o conhecimento que possamos adquirir, nunca conseguiremos expressar totalmente a realidade, na medida em que nossa compreensão está limitada por uma perspectiva pessoal.
É aquele velho ditado: “A verdade sempre tem três faces. A minha, a sua, e a verdade mesmo.”
Mas por quê, então, existem tantos donos da verdade? Simplesmente porque a insegurança de alguns quanto às suas verdades, acaba por gerar arrogância, prepotência e, o pior, a intolerância.
Estamos vivendo num mundo em que o “estar certo” tem mais importância que o “sentir bem”. Isto acaba por nos distanciar da essência das questões mais importantes da vida.
Descobrir as nossas verdades mais importantes passa por uma maior valorização do que sentimos, e menos preocupação em relação ao que pensamos sobre as coisas.
De que adianta uma enorme quantidade de informações, se não conseguirmos relacionamentos a contento? Não tenho dúvidas que a convivência sadia com “outras verdades” é a base para o nosso crescimento, e, consequentemente, para a prática das virtudes.
Menos que agir com conhecimento, precisamos agir com sabedoria. Podemos estar convictos de nossas verdades, mas é a sabedoria que nos fará considerar os resultados de nossos atos, que muitas vezes são devastadores.
Nossos julgamentos são filtrados por nossas perspectivas individuais, e podem não corresponder à realidade. Portanto, precisamos ser convictos de nossas verdades, porém, flexíveis o bastante para mudarmos quando necessário.
Sinceridade nem sempre é a verdade.

sábado, 16 de março de 2019

A INADIÁVEL RETOMADA DA BUSCA PELA ARETÉR

Que início de ano trágico para o Brasil!
Quando se esperava que a “tragédia” decorrente da corrupção cedesse espaço para uma nova era de crescimento econômico e desenvolvimento social, somos assolados por enchentes, deslizamentos, rompimento de barragem, incêndios, assassinatos em escola, sem falar em outras tragédias menos divulgadas, que causaram a morte de centenas de pessoas e o desespero de amigos e familiares das vítimas.
O que está acontecendo? É um castigo divino? É consequência da irresponsabilidade de políticos, governantes e empresários? Ou será mera coincidência?
Ora, direis, não existem coincidências!
Mas existem utopias a serem perseguidas!
Eu poderia, neste momento, buscar o caminho mais fácil para trilhar, qual seja, criticar as pessoas que deveriam ter tomado as providências necessárias para evitar tais tragédias.
É claro que os responsáveis diretos pelas ações ou omissões que provocaram as tragédias, têm suas culpas específicas.
Mas, será que são os únicos culpados?
Não acho!
Enxergo, com uma sensação cada vez maior de impotência, que a vida em sociedade tem se degradado sobremaneira, fato que pode nos transformar, de certa forma, em cúmplices das mazelas.
Nas conversas rotineiras, percebe-se claramente que as pessoas se posicionam como exemplos pessoais de virtudes, colocando na conta dos outros os erros.
Como dizia Nietzsche: “o homem é antes de tudo um animal que julga”. E o faz com uma convicção que elimina qualquer margem de erro. Mas, assombrai! Ele erra.
Será que o excesso de competitividade, o excesso de individualismo e a constante redução da importância da ética, praticadas rotineiramente, não têm contribuído para a criação de “monstros”?
O que dizer da enorme desigualdade social, onde cinco por cento da população é detentora de noventa e cinco por cento da riqueza do país?
É difícil admitir, mas nós também podemos ter culpa em tudo que está acontecendo, na medida em que convivemos pacificamente com todas as mazelas que sabemos prejudiciais, até incentivando-as em alguns casos.
Se tivéssemos a humildade de praticar só as virtudes, certamente as tragédias seriam reduzidas ou até mesmo eliminadas.
Na lição do Filósofo Aristóteles, a virtude, derivada da palavra grega Aretér, designa toda a excelência própria de uma coisa e nos direciona a agir em prol do mais alto bem, distinguindo as ações virtuosas dos vícios. Aristóteles afirmava ainda que a virtude está na média das extremidades perniciosas, uma por excesso e a outra por falta.
Para facilitar tal entendimento, nada melhor que um exemplo: a falta de coragem, conhecida como covardia, não é uma virtude. Da mesma forma o excesso de coragem, que se transforma em temeridade, também não o é.
Segundo o Filósofo, o fundamental é direcionar a virtude para uma média que alcance a prática do bem. E isto sempre pode melhorar, principalmente se priorizarmos menos a defesa das ideias e mais a sua prática.
Enquanto não deixarmos de julgar apenas os outros, e, de outro lado, continuarmos a reverenciar pessoas de sucesso alcançado por práticas perniciosas e egoístas, fechando nossos olhos para as injustiças que ocorrem à nossa volta, continuaremos a viver assombrados com as tragédias, com a violência, com a ansiedade e com a depressão, esperando que algum super-herói salve a nossa paz.
Por onde começar a nossa mudança? Cada pessoa sabe o que melhor funciona para ela. Todavia, existe um passo a passo bastante interessante no Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, contido na questão 919. Vale a pena conhecer.
Êta! Eu e minha propensão a acreditar em utopias! Sorry!







domingo, 27 de janeiro de 2019

UM INFINITO MAIOR QUE OUTRO


Desde que me enfronhei nas ciências exatas, não raro me deparava com uma brincadeira que dizia: se entre zero e um existe uma quantidade infinita de números, então entre zero e dois existe um infinito maior. Apesar da falácia incutida em tal afirmação, sempre soava engraçada, em especial para os novos matemáticos ou engenheiros.
Acho que foi por isto que Chuck Norris já contou de um ao infinito, por diversas vezes.
Mas não é privilégio dos números propiciar a chance de podermos alcançar o infinito. O sentimento também pode ter este poder.
E há 33 anos, uma benção divina me brindou com um acontecimento que transformou minha vida para sempre, tornando-a plena e possibilitando que eu tivesse a grandiosa dádiva de experimentar o infinito.
No dia 27 de janeiro de 1986, nasceu Diogo, meu primeiro filho. Desde o anúncio da gestação, já havia brotado em mim um amor diferente e sublime, que enchia todo o meu coração. Com o nascimento, este amor transbordou para todo o corpo, alcançando quase que de imediato minha alma. Amor infinito!
O que isto significa? Difícil explicar. Mas sentimento não se explica, simplesmente se sente.
Então veio a minha filha Anne! Na expectativa de dividir o amor com os dois filhos, me surpreendi com a constatação que o amor infinito não se divide. Ele se soma ao outro.
Um infinito maior que o outro!
Envolvido na teia dos sentimentos que conduziu minha vida, continuo singrando em águas revoltas pelas emoções, nunca esquecendo que a gratidão é a mãe de todas as virtudes.
E, passadas mais de três décadas do meu renascimento pleno, juntou-se ao amor infinito, o imensurável orgulho daquele garotinho que, ouvindo o barulho de chaves, deixava tudo que estivesse fazendo e vinha gritando: “Ogo vai…!! Orgulho daquele garotinho que, sem que ninguém determinasse, assumia a responsabilidade pela irmã mais nova. Orgulho daquele garotinho disciplinado, que sempre afirmava que um dia iria conquistar o seu lugar nas maiores cidades do Brasil e posteriormente, do mundo. Orgulho daquele garotinho que cresceu e, com muita garra, persistência, determinação e competência, conquistou tudo o que sonhara, e hoje é um executivo de uma das empresas de maior sucesso no mundo, morando atualmente em Londres.
Parabéns, Diogo!
Saúde e sorte!
Felicidade sempre!
Amor infinito!

domingo, 13 de janeiro de 2019

LIBERDADE SEM MUROS

Diariamente somos bombardeados com informações que, pelo absurdo que representam, mais parecem mentiras. Mas não são! Ou são? Sei lá...Tem hora que eu acho que eu penso que, não sei não!
Como acreditar que um dos países mais desenvolvidos do mundo, que exorta como lema a liberdade e se coloca na defesa intransigente da democracia, está, neste momento, discutindo a construção de um muro na fronteira com um país mais pobre, na intenção de garantir a continuidade da desigualdade exploradora?
Ah! Isto só pode ser mais uma atração de hollywood: "Muro de Berlim II - O Retorno". Afinal, a América sempre respeitou os princípios básicos dos Direitos Humanos. Ou será que não?
Então volto a olhar para o meu mundinho tupiniquim. E, o que vejo?
Muros!
De todos os tipos: muros separando os condomínios de luxo daqueles que não tiveram a "competência" de conseguir morar ali, muros representados por brutamontes na qualidade de seguranças, muros representados por veículos blindados, dentre outros.
É! não somos tão diferentes assim.
Aí começo a tergiversar. Existe uma contradição entre duas das principais aspirações do ser humano: liberdade e segurança. Desejo de 11 entre 10 pessoas, a liberdade é uma das mais importantes aspirações de nosotros. Qualquer outro valor perde esta natureza, se não formos livres para usufruí-lo. Porém, o exercício da liberdade pressupõe segurança. Só que, paradoxalmente, quanto maior o nosso grau de segurança, menor parece ser o nosso grau de liberdade. O que se vê na vida moderna é uma desigualdade social tão grande que, gerando níveis elevados de criminalidade, acaba por exigir inúmeras ações visando "nossa segurança", dentre elas, a construção dos muros.
Daí para a intolerância, é só mais um passo. Tá ligado?
E, como consequência, olha a fraternidade escoando pelo ralo...!
Terreno fertilizado para o plantio e a colheita de preconceitos e discriminações,  dificultada fica a convivência pacífica com a diversidade e açoda-se o sofrimento de minorias.
Mas, como diz minha "filósofa contemporânea" preferida, Anne Bahia, "estamos vivendo em bolhas". Seria como se cada qual ocupasse a sua bolhinha e vivesse o seu mundinho? Me  parece até, que a maioria entende  ser mais seguro permanecermos dentro de nossas bolhas, para não nos expormos a riscos.
Mas, para compensar, temos o "bolhão" das redes sociais, aproximando-nos, sem exigir mudanças pessoais reais, já que nos relacionamentos virtuais você pode ser qualquer coisa, sem ser realmente.
Em síntese: sozinhos, porém em segurança.
Todavia, a vida pode e deve ser muito mais que isto, e grita por atitudes positivas e sadias de convivência e, por que não, por crescimento das pessoas, sem nos deixar levar pela tentação de nos escondermos de nossas próprias limitações.
Continuemos gritando pela derrubada dos muros alheios. Mas a nossa liberdade somente poderá ser plena se derrubarmos também nossos murinhos.


quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

SÍNDROME DE GABRIELA, CARPE DIEM E FELICIDADE



Uma das certezas que temos na vida é que mudanças ocorrerão. Mas é preciso entender que tais mudanças sempre propiciarão oportunidades para nossa evolução, permitindo o nosso crescimento pessoal e profissional, bem como melhorando os nossos relacionamentos.
A abertura para o novo, com o aperfeiçoamento de nossos conceitos, crenças e comportamentos, deveria ser algo natural para todos. Só que não.
Ainda é forte e marcante a constatação da Síndrome de Gabriela: “Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim...”. Boa parte das pessoas continua com dificuldades para enxergar que, aquilo que lhe parece autoestima e personalidade, pode significar a falta de autocrítica e autoconhecimento, fatores estes que prejudicam os relacionamentos e traz uma sobrecarga enorme e desnecessária para os ombros daqueles que assim comportam.
Não que a autoestima e a personalidade não sejam importantes, mas sim que a vida em sociedade exige o difícil conhecimento sobre a hora de ceder e a hora de se impor, garantindo assim o equilíbrio e a harmonia no relacionamento com as pessoas, sem perder a individualidade característica de nossa essência.
E todos podem mudar! Isto pode ser claramente comprovado, após situações traumáticas, como quando alguém tem a consciência de que sua vida será abreviada devido alguma doença grave e incurável. Este tipo de trauma normalmente gera reflexões induzindo as pessoas a reavaliar e mudar comportamentos, adotando outro estilo de vida, na maioria das vezes tendendo ao chamado “Carpe Diem”, ou seja, “Viva o Momento”.
Para as pessoas nesta situação, o que parecia ser fundamental para se viver feliz, tais como, dinheiro, mansões, joias, viagens, etc, passam a não significar nada para o futuro, motivo pelo qual, via de regra, mudam sua forma de viver e passam a defender que o melhor é aproveitar o agora.
Todavia, mesmo parecendo ser o ideal, para quem tem recursos para “viver o hoje”, entendo que tal estilo de vida não pode ser panaceia para o bem viver. A grande maioria de nós precisa sim de se preocupar com o futuro, para ter recursos que garantam um final de vida digno. Mesmo quem está desenganado, pode ter algum incapaz ou dependente sob sua responsabilidade, não devendo portanto gastar tempo e dinheiro aleatoriamente, sob o pretexto de viver o agora, pois deixará desassistido alguém que lhe é caro.
Como na maioria das situações em nossa vida, precisamos achar o ponto ótimo para as necessárias mudanças de atitude, balanceando bem o aprendizado do passado, a sabedoria para viver bem o presente, sem esquecer as necessidades futuras.
Ao atingirmos este nível, teremos encontrado a nossa melhor versão, e um caminho menos tortuoso para alcançar a felicidade. Pelo menos
 naquele momento.