Uma
das certezas que temos na vida é que mudanças ocorrerão. Mas é
preciso entender que tais mudanças sempre propiciarão oportunidades
para nossa evolução, permitindo o nosso crescimento pessoal e
profissional, bem como melhorando os nossos relacionamentos.
A
abertura para o novo, com o aperfeiçoamento de nossos conceitos,
crenças e comportamentos, deveria ser algo natural para todos. Só
que não.
Ainda
é forte e marcante a constatação da Síndrome de Gabriela: “Eu
nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre
assim...”. Boa parte das pessoas continua com dificuldades para
enxergar que, aquilo que lhe parece autoestima e personalidade, pode
significar a falta de autocrítica e autoconhecimento, fatores estes
que prejudicam os relacionamentos e traz uma sobrecarga enorme e
desnecessária para os ombros daqueles que assim comportam.
Não
que a autoestima e a personalidade não sejam importantes, mas sim
que a vida em sociedade exige o difícil conhecimento sobre a hora de
ceder e a hora de se impor, garantindo assim o equilíbrio e a
harmonia no relacionamento com as pessoas, sem perder a
individualidade característica de nossa essência.
E
todos podem mudar! Isto pode ser claramente comprovado, após
situações traumáticas, como quando alguém tem a consciência de
que sua vida será abreviada devido alguma doença grave e incurável.
Este tipo de trauma normalmente gera reflexões induzindo as pessoas
a reavaliar e mudar comportamentos, adotando outro estilo de vida, na
maioria das vezes tendendo ao chamado “Carpe Diem”, ou seja,
“Viva o Momento”.
Para
as pessoas nesta situação, o que parecia ser fundamental para se
viver feliz, tais como, dinheiro, mansões, joias, viagens, etc,
passam a não significar nada para o futuro, motivo pelo qual, via de
regra, mudam sua forma de viver e passam a defender que o melhor é
aproveitar o agora.
Todavia,
mesmo parecendo ser o ideal, para quem tem recursos para “viver o
hoje”, entendo que tal estilo de vida não pode ser panaceia para o
bem viver. A grande maioria de nós precisa sim de se preocupar com o
futuro, para ter recursos que garantam um final de vida digno. Mesmo
quem está desenganado, pode ter algum incapaz ou dependente sob sua
responsabilidade, não devendo portanto gastar tempo e dinheiro
aleatoriamente, sob o pretexto de viver o agora, pois deixará
desassistido alguém que lhe é caro.
Como
na maioria das situações em nossa vida, precisamos achar o ponto
ótimo para as necessárias mudanças de atitude, balanceando bem o
aprendizado do passado, a sabedoria para viver bem o presente, sem
esquecer as necessidades futuras.
Ao
atingirmos este nível, teremos encontrado a nossa melhor versão, e
um caminho menos tortuoso para alcançar a felicidade. Pelo menos
naquele
momento.
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