quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

SÍNDROME DE GABRIELA, CARPE DIEM E FELICIDADE



Uma das certezas que temos na vida é que mudanças ocorrerão. Mas é preciso entender que tais mudanças sempre propiciarão oportunidades para nossa evolução, permitindo o nosso crescimento pessoal e profissional, bem como melhorando os nossos relacionamentos.
A abertura para o novo, com o aperfeiçoamento de nossos conceitos, crenças e comportamentos, deveria ser algo natural para todos. Só que não.
Ainda é forte e marcante a constatação da Síndrome de Gabriela: “Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim...”. Boa parte das pessoas continua com dificuldades para enxergar que, aquilo que lhe parece autoestima e personalidade, pode significar a falta de autocrítica e autoconhecimento, fatores estes que prejudicam os relacionamentos e traz uma sobrecarga enorme e desnecessária para os ombros daqueles que assim comportam.
Não que a autoestima e a personalidade não sejam importantes, mas sim que a vida em sociedade exige o difícil conhecimento sobre a hora de ceder e a hora de se impor, garantindo assim o equilíbrio e a harmonia no relacionamento com as pessoas, sem perder a individualidade característica de nossa essência.
E todos podem mudar! Isto pode ser claramente comprovado, após situações traumáticas, como quando alguém tem a consciência de que sua vida será abreviada devido alguma doença grave e incurável. Este tipo de trauma normalmente gera reflexões induzindo as pessoas a reavaliar e mudar comportamentos, adotando outro estilo de vida, na maioria das vezes tendendo ao chamado “Carpe Diem”, ou seja, “Viva o Momento”.
Para as pessoas nesta situação, o que parecia ser fundamental para se viver feliz, tais como, dinheiro, mansões, joias, viagens, etc, passam a não significar nada para o futuro, motivo pelo qual, via de regra, mudam sua forma de viver e passam a defender que o melhor é aproveitar o agora.
Todavia, mesmo parecendo ser o ideal, para quem tem recursos para “viver o hoje”, entendo que tal estilo de vida não pode ser panaceia para o bem viver. A grande maioria de nós precisa sim de se preocupar com o futuro, para ter recursos que garantam um final de vida digno. Mesmo quem está desenganado, pode ter algum incapaz ou dependente sob sua responsabilidade, não devendo portanto gastar tempo e dinheiro aleatoriamente, sob o pretexto de viver o agora, pois deixará desassistido alguém que lhe é caro.
Como na maioria das situações em nossa vida, precisamos achar o ponto ótimo para as necessárias mudanças de atitude, balanceando bem o aprendizado do passado, a sabedoria para viver bem o presente, sem esquecer as necessidades futuras.
Ao atingirmos este nível, teremos encontrado a nossa melhor versão, e um caminho menos tortuoso para alcançar a felicidade. Pelo menos
 naquele momento.





Nenhum comentário:

Postar um comentário