sábado, 22 de junho de 2013

FAZENDO HISTÓRIA



Não raro, nos últimos dias, tenho recebido questionamentos de alguns seguidores deste blog acerca de minha opinião sobre o movimento popular que tomou conta do Brasil. Douglas, Jéssica e outros leitores, manifestaram o desejo de saber o que eu estava achando de tudo isto. Pois bem! Se a missão foi dada, será cumprida!

Inicialmente quero dizer que acho ser este o maior e mais extraordinário movimento popular de reivindicação social já ocorrido neste país, superando movimentos anteriores com o “Diretas Já” e o “Fora Collor”. Portanto, como diria o amigo de Goiânia, Prof. Rubens Alves Costa Júnior: “além de estudarmos história, estamos agora fazendo história”. E isto é magnífico!

Porém, dois aspectos precisam ser cuidados para não corrermos o risco de perder a essência do objetivo perseguido. O primeiro diz respeito ao oportunismo dos vândalos e marginais, sobre o qual falarei ao final. O segundo refere-se ao próximo passo, que abordarei primeiro.

O movimento é bonito, grandioso e legítimo, mas e daí? O que vem em seguida? Tudo precisa ter princípio, meio e fim. E estamos apenas no começo de uma necessária mudança política/social. De nada servirá se não forem implementadas ações que garantam as melhorias exigidas.

E quais são estas melhorias? Precisamos sair do genérico e começar a tratar o específico. Para tanto necessitamos agora de lideranças setoriais legítimas que consigam aproveitar o momento sublime que o país atravessa, de forma a concretizar ações práticas visando a melhoria da qualidade de vida da população.

Nada melhor, então, do que começar pelo básico, garantindo as condições mínimas previstas na Constituição brasileira, quais sejam, acesso à moradia, educação, saúde e emprego.

É inadiável a execução de ações objetivas e práticas contra o déficit habitacional, pois os programas em andamento não estão impedindo o crescimento de favelas e do número de moradores de rua.

O problema em relação à Educação é cada vez mais gritante. As escolas públicas convivem há tempos com prédios caindo aos pedaços, falta de professores, poucos e inadequados recursos didáticos, sem falar nos baixos salários dos educadores. Tudo isto em decorrência dos baixos e mal utilizados investimentos públicos, que geram um desempenho bem aquém do esperado para a maioria dos alunos.

Quanto à saúde, ai de quem não tem plano privado! A crise parece ser eterna, com hospitais sempre superlotados, falta de medicamentos, equipamentos ultrapassados, filas para atendimento, ambientes que facilitam a infecção hospitalar, enfim, o caos.

Apesar do crescimento da economia ter gerado um pouco mais de empregos nos últimos anos, ainda não está sendo o suficiente para atender à demanda existente no Brasil. Além do mais, os baixos níveis da educação formal e da formação profissional segregam boa parte dos profissionais, empurrando-os para atividades informais e até para a marginalidade.

Onde arranjar dinheiro para tudo isto? Que tal começar reduzindo o custo com a corrupção? Este é um dos custos mais caros para a população e um dos principais fatores que contribuem para o atraso econômico e para a pobreza.

Assim, urge que tenhamos lideranças que possam dar sequência ao extraordinário movimento social que a população brasileira conseguiu materializar.

É só o começo. Mas Aristóteles já dizia: “o começo é mais da metade do todo”.

Quanto ao oportunismo deplorável de vândalos e marginais, considero inadmissível e inaceitável. Medidas enérgicas precisam ser tomadas e a polícia deve atuar firmemente, e com o apoio dos manifestantes.

Como? Poderia fazer algumas sugestões, mas a juventude é criativa e não vai se omitir. Creio que rapidamente teremos uma solução para isto.


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