Na era da informação, um dos temas que assume
enorme importância é o que diz respeito à aprendizagem. Em decorrência disto,
quem pretende manter a empregabilidade deve, necessariamente, aprender a
aprender. Mas o que ainda é pouco cobrado é que também precisamos aprender a
ensinar. E todos nós, de alguma forma, ensinamos.
Diversas teorias e métodos foram e estão
sendo desenvolvidos por estudiosos, cientistas e profissionais da área e,
certamente, grandes progressos estão sendo verificados.
Não obstante, apesar de não ser nenhuma
autoridade no assunto, vejo uma prática rotineira da vida social como uma
inesgotável fonte de aprendizagem: a criação dos filhos.
Se colocarmos em prática no nosso dia a dia
os métodos utilizados numa boa educação dos filhos, certamente obteremos
sucesso.
Quem tem filhos sabe que, apesar de
conviverem num mesmo ambiente, terem o mesmo tratamento e as mesmas condições,
agem de formas bem diferentes. Cada um tem sua personalidade, suas preferências, seus “tempos”
e suas prioridades. Desta forma, até para não cometermos injustiças, precisamos
conhecer a fundo cada um deles, para entendê-los e estabelecermos ações
educativas específicas e mais eficazes. E neste processo também aprendemos continuamente.
Fazendo um paralelo com o ambiente
corporativo, e resguardando as devidas diferenças, deparamos com estas mesmas necessidades.
Quem exerce alguma atividade de liderança necessita igual, conhecer seus
liderados, de modo a estabelecer as ações mais eficazes visando o
desenvolvimento de cada um.
Continuando
com o meu arriscado paralelismo, assim como as crianças respondem mais
rapidamente aos ensinamentos quando recebem recompensas ou “castigos”, também o
liderado necessita de reconhecimento e recompensas pelo bom resultado, bem como
das “penas” pela desídia.
Importante frisar que, em ambas as situações,
a recompensa é sempre mais eficaz que o castigo. Em linguagem de psicólogo, o
reforço positivo estimula mais que o reforço negativo. Por quê? Vou responder
com outra pergunta: se alguém estivesse sozinho, sem ninguém vendo, o que
motivaria mais a ação na forma desejada?
Outro aspecto semelhante: a falta de um apoio maior no início da caminhada é inescusável e pode ser fatal.
É evidente que inúmeros outros aspectos estão
presentes nos contextos sintetizados acima. Seria até leviano ser tão simplista.
Porém, não tenho dúvidas que, se levarmos os melhores procedimentos da prática educacional
dos filhos para o ambiente corporativo, com as devidas adequações, facilitaremos
muito o processo de desenvolvimento de pessoal, com a consequente melhoria dos
resultados.
Filhos? Melhor tê-los, mesmo sem sabê-lo!