Uma grande contradição teima em persistir no
meio corporativo: por que em plena era dos relacionamentos, um dos maiores
problemas que continua afetando as empresas é exatamente o relacionamento
interpessoal?
Não
canso de repetir que, ao contrário do desenvolvimento tecnológico e do crescente
volume de conhecimento disponibilizado, as atitudes e os comportamentos
continuam quase que idênticos aos constatados na idade média.
Ah, o ser humano! Sempre querendo mudar o
mundo, mas incapaz de mudar a si mesmo.
Egoísmo, individualismo, oportunismo e muitos
outros ismos. O que mudou neste último milênio?
O que fazer para mudar esta situação?
Immanuel Kant já dizia: “O autoconhecimento é
o início de toda a sabedoria”.
Talvez este possa ser o ponto de partida. Estamos
necessitando nos redescobrir. Precisamos rever nossos potenciais e nossas
limitações, ou seja, nos autoconhecer, para que possamos redirecionar nossos
esforços na busca do sucesso.
Mas não basta somente o autoconhecimento. É
fundamental sabermos lidar com o que decorre dele, ou seja, sabermos lidar com
os nossos próprios sentimentos.
E, tão importante quanto lidar com nossos
sentimentos, é desenvolvermos a habilidade de entender as outras pessoas.
Todavia, quanto mais entendo a importância
disto, mais me convenço do quão é difícil isto acontecer.
As pessoas parecem viver num mundo paralelo,
onde tudo parece acontecer de forma contraditória. Se é fácil entender que do milho
só nasce milho, qual a dificuldade que temos em entender que bons pensamentos e
boas ações só podem gerar bons resultados?
É assustador a enorme quantidade de energia
que é gasta pelas pessoas para se defenderem de relacionamentos conflituosos.
Se usada de forma positiva, esta energia sem dúvida nenhuma facilitaria em
muito o encontro das soluções para os principais problemas que nos afetam.
Hoje não é segredo para ninguém que o sucesso
está diretamente relacionado às competências comportamentais, mais até do que
às habilidades técnicas. É preciso aceitar esta realidade, revendo conceitos,
percepção e forma de agir, sem contudo perder o senso crítico.
Portanto, é fundamental que saiamos do papel
de vítimas das circunstâncias e passemos a ser os artífices de uma revolução
que conduza o desenvolvimento mental para um patamar próximo do desenvolvimento
tecnológico.
Mudando-se os sentimentos, certamente
mudaremos a vida!
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