Como explicar o surgimento,
muitas vezes em corpos aparentemente frágeis, de uma força que suplanta
dificuldades imensas e que gera uma valentia inigualável? Força esta que
transforma o ser, fazendo-o sorrir do próprio sacrifício, priorizando um
terceiro a si próprio, corporificando a generosidade, a abnegação e a entrega.
Esta força que vem do coração e
da alma, não obedece à lei ou a lógica, mas certamente tem um toque divino.
MÃE! Palavra mágica!
Contém em si toda a força de um
amor distinto de qualquer outra coisa existente na face da terra. Meigo e ao
mesmo tempo ousado. Carinhoso e ao mesmo tempo firme. Inexplicável e ao mesmo
tempo fácil de sentir.
Se tiver um caminho que nos
aproxime de Deus, não tenho dúvidas que passa pelo amor. Talvez aí resida o
segredo desta doação incondicional, pois, ao gerar um filho, uma mãe
exercita um dos principais dons divinos que é o dom da criação. Portanto ser mãe
é se aproximar de Deus, de certa forma corporificando a divindade na Terra.
E, investidas desta força divina, nos dão a
vida, nos ensinam a vivê-la e se disponibilizam incondicionalmente, em qualquer
situação e em qualquer momento que sua cria necessitar.
Se pararmos para refletir, por mais que sejamos
gratos e façamos o possível em retribuição, ainda seremos devedores, posto que
o infinito ainda se nos mostra inatingível. Ainda mais nesta vida moderna em
que a luta pela sobrevivência e uma indesejável inversão de valores, teima em
nos colocar obstáculos que dificultam uma maior presença.
Talvez pelas minhas próprias faltas, sempre
acho que mais do que agradecer, devemos pedir desculpas por não conseguirmos
retribuir à altura todo este amor que nos é oferecido.
Raulice! Mais do que o nome, me deste a vida.
Mais do que a vida, me deste os valores. Mais do que os valores, me ensinou a
viver com integridade. Mais do que ensinamentos, me deste amor. Obrigado é
muito pouco! Te amo!
Nenhum comentário:
Postar um comentário