domingo, 18 de dezembro de 2011

A FORÇA PARALISANTE DO MEDO

Várias vezes nos deparamos com desafios em momentos que não temos as melhores ferramentas ou as melhores condições para vencê-los. E Isto não quer dizer que estamos diante de um jogo jogado.
São nestas horas que podemos exercitar uma das nossas mais nobres capacidades: a de superação.
A capacidade de superar dificuldades é a principal qualidade dos vencedores, que sempre vão além do que os outros acham que poderiam conseguir.
É claro que nem sempre conseguimos sucesso em tudo que tentamos, mas o pressuposto básico para tal é buscar alcançá-lo com as forças que temos, da melhor forma possível, com coragem, inteligência e determinação, buscando alternativas e fazendo o que precisa ser feito.
Mas existe uma força que pode anular completamente a nossa capacidade de superação. Trata-se do medo.
O curioso é que o medo tem seu lado positivo, na medida em que gera precauções que ajudam a evitar perigos reais, contribuindo assim para a nossa própria sobrevivência. Mas, mal gerenciado internamente, pode se transformar numa força negativa e paralisante.
É comum constatarmos isto nos esportes competitivos. A atitude receosa e submissa frente a um adversário mais qualificado, sempre facilita as coisas para este. É o velho exemplo em que nosso adversário, já mais forte, aumenta seu poder pela nossa própria submissão.
Ao contrário, não são raros os exemplos de ousadias planejadas, sem medos exagerados, que propiciam vitórias inesperadas e consagradoras.
Portanto, não podemos nos tornar reféns de nossa própria ilusão, como se nossos receios fossem a mais pura tradução da realidade. Isto só nos impede de lutar e nos torna mais vulneráveis, minando a nossa capacidade de superação.
Hoje, assistindo a final do Mundial de Clubes de Futebol, fiquei com a nítida impressão que o medo paralisou o Santos. Não se discute a imensa superioridade técnica do Barcelona, mas a atitude santista facilitou em muito o trabalho dos espanhóis.
Parabéns ao Barça, pelo brilhante exemplo de futebol.
Ao Santos, que fique a lição: só a coragem vence o medo e é o pressuposto básico da superação.

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