sábado, 19 de novembro de 2011

APRENDENDO A APRENDER

Aprenda a aprender! Este é o lema dos pedagogos defensores do construtivismo, para quem a finalidade da prática pedagógica é auxiliar o aluno a realizar aprendizagens por si mesmo. Nesta ótica, o aluno se torna responsável pela construção de seu conhecimento.
Vantagens alardeadas pelos seguidores desta corrente: maior autonomia intelectual, liberdade de pensamento e de expressão e, profissionalmente, maior empregabilidade.
Sou um dos defensores desta filosofia, principalmente por entender ser esta a melhor forma para tentarmos acompanhar a velocidade do desenvolvimento tecnológico, que traz consigo a demanda absurdamente crescente por mão de obra qualificada. Pero, como todo en la vida, hay que tener cuidado con las exageraciones.
Não podemos ser radicais a ponto de desprezarmos a aprendizagem decorrente da transmissão de conhecimentos, principalmente se feita por quem detenha conhecimentos desenvolvidos e que agregam valor social. Não seria muito inteligente prescindirmos do conhecimento social e científico existentes.
 Não resta a menor dúvida que a educação deve capacitar as pessoas para atender a um mundo empresarial e uma sociedade em permanente transformação, que tornam os conhecimentos cada vez mais provisórios. Como se fosse alimento perecível, o conhecimento está com prazo de validade cada vez menor.
Isto significa que o profissional que não se atualizar estará condenado ao desemprego.
Aí, algo me chama a atenção: será que este tipo de educação não seria mais uma forma de atender à insaciável “fome” da sociedade capitalista?
Assim, mesmo reconhecendo o “aprender a aprender” como um diferencial na selvagem competição por emprego, não posso deixar de alertar para a importância de uma educação voltada também para as transformações sociais.
E, se no primeiro caso a construção do próprio conhecimento é imprescindível, no segundo caso não podemos abrir mão da transmissão dos ensinamentos daqueles conhecedores da realidade social.
Educação, sempre!

Um comentário:

  1. Concordo em gênero, número e grau...rs Sou usuária e defensora incondicional das trilhas de aprendizagem, desde que nessas trilhas tenha a educação formal dentre as opções a serem trilhadas, até para servir de norte. Ah!E que exista foco, senão daqui a pouco seremos pessoas que sabem de tudo mais ou menos... Não defendo a educação dita formal, de cima pra baixo, mas aquela que se constrói coletivamente, em instituição de ensino, através de pesquisas científicas,leituras, troca de dados, informações e conhecimentos. Abraços,

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