domingo, 10 de maio de 2020

MÃE! FELICIDADE SEMPRE.

A tendência era de me sentir triste neste primeiro dia das mães, sem a minha mãe.
Mas não vai ser assim!
Triste, acho eu, estaria entristecendo quem dedicou a vida a me ver feliz.
Saudades? Muitas. Mas, tristeza, não! 
Afinal, por que ficar triste, se ela continua cada vez mais presente?
Presente nos ensinamentos e legados que deixou, e, presente também, na força decorrente do inesgotável amor oferecido em vida.
Através de exemplos, nos deu inúmeras lições valiosas para que pudéssemos viver com dignidade, pautados em valores e princípios bem definidos.
Foi prova inequívoca de que é possível se dedicar aos filhos sem precisar desistir das aspirações profissionais, conciliando todas as funções, sem prejudicar o desenvolvimento dos filhos, e alcançando sucesso nas demais atividades.
Não se deixou cair nas armadilhas que levam parte das mães a deixar de impor limites, e a delegar a educação das crianças para terceiros, numa tentativa de compensar eventual sentimento de culpa pelo maior tempo de ausência, decorrentes de obrigações profissionais.
Se tornou mãe exemplar e profissional de sucesso!
Portanto, mesmo sem estar fisicamente entre nós, sinto sua presença e até escuto ela bradando, daquela forma firme e ao mesmo tempo gentil: “ih, não! Deixa de ser bobo. Que tristeza é essa? Vocês são protegidos pelo Divino”.
Então, vamos nos alegrar! Motivos não faltam. Até porque, por uma providência divina, o primeiro  dia das mães, sem minha mãe, é também o primeiro de minha filha Anne, como mãe. E, em dois meses, ela já demonstrou de forma inequívoca, a mesma fibra, tenacidade e o mesmo amor incondicional da avó.


FELIZ DIA DAS MÃES!

Gratidão à minha mãe, Raulice, e à mãe de meus filhos, Mônica. Orgulho de vocês!

segunda-feira, 23 de março de 2020

E OS GRANDES SE CURVARAM

O homem quer tudo para si, mas necessita do outro para viver”. 
Este paradoxo ficou martelando minha cabeça, ansioso por encontrar a melhor forma de ajudar a  convencer o mundo acerca da necessidade de mudanças de atitudes que pudessem incentivar e dar mais valor ao convívio sadio entre as pessoas, contrapondo à desenfreada busca por sucesso e riqueza, a qualquer custo.
De repente a resposta aparece de forma retumbante, na esteira de uma tragédia chamada COVID-19.
A pandemia decorrente da disseminação do coronavirus, escancarou a fragilidade daqueles que se achavam fortes e que, pelo poderio econômico, se achavam protegidos das mazelas do mundo.
De repente, não mais que de repente, grandes e pequenos se curvaram a um inimigo prosaico, invisível, e sem riqueza nenhuma: o Virus!
Além de igualar os desiguais, as ações de isolamento social nos dão uma lição insofismável da necessidade de se conviver bem com as pessoas.
Falo por mim: poucos dias de isolamento voluntário, muitas constatações acerca da importância de coisas que já haviam ‘virado paisagem’. 
Já não fazia idéia de como é bom atravessar a rua e encontrar com meu pai. Conversar fiado, como ele mesmo diz, ou conversar sobre as últimas notícias, com as costumeiras discordâncias.
Que saudade de ti, Mônica, minha esposa amada! Como é bom, juntos, nos preocuparmos e nos orgulharmos de nossos filhos. Como nosso apartamento perde a energia que irradia quando estás aqui. 
Que sensação horrível  de não poder ir visitar os filhos. De não poder abraçar os irmãos, nem poder ver os sobrinhos e nem poder ir à casa dos meus sogros. Sem falar no Vicente, meu netinho recém-nascido.
Poderiam ter cancelado quase todos os eventos sociais, mas nunca o Chá-das-cinco, com os amigos do Aplicação. Nem a cervejinha da sexta feira, com os amigos de sempre.
O que dizer do cancelamento dos jogos do Atlético-GO? Onde vou encontrar com o Luquinha, o caçula dos meus sobrinhos? Como ficar sem passar na casa de meu irmão Paulo, para irmos juntos aos jogos? Como ficar sem ver a galera da campininha?
Quando estamos juntos, até o silêncio fala mais do que zap.
As tragédias sempre deixam lições. Neste triste momento que vive todo o planeta, uma das lições que certamente ficará é a certeza que precisamos um dos outros.

Não concorda? Então continue isolado. Mas combata outro virus: o mental.

sábado, 25 de janeiro de 2020

HISTÓRIA (IN)COMPLETA

 mais ou menos 200 mil anos (nunca vamos saber ao certo, porque todo mundo mexia  naquela folhinha) surgiram algumas figuras bizarras na face da terra.  Inicialmente encontradas no leste do que hoje chamamos África, espalharam-se pela Europa, Ásia e, posteriormente, chegando às Américas.
Logo se viu que esta raça seria diferenciada já que, mesmo não sendo os mais fortes, nem os mais velozes e nem os que mais resistiam às intempéries, conseguiam sobreviver, suplantando enormes dificuldades.
Com o passar do tempo,  desenvolveram o que seria chamado de arte, bem como os chamados artefatos. Assim, enquanto contavam suas agruras e proezas através de estátuas e pinturas, desenvolviam objetos que facilitavam o dia a dia, tornando o seu local de habitação mais confortável.
Muitos não vão acreditar, mas dizem que esse povinho inventou a roda. E as más línguas ainda dizem que não foi para o transporte, mas sim para ajudar na fabricação de objetos de cerâmica.
Desenvolveram a capacidade de aprender, criaram civilizações, e, através de reflexões, estabeleceram as primeiras normas de conduta, as chamadas regras morais. Passaram por momentos de escuridão onde, em nome de Deus, praticaram imensas barbaridades.
Por outro lado, também passaram por momentos de Renascimento e Iluminismo.
No curso dessa história, intermináveis discussões foram travadas em decorrência das disputas ideológicas e políticas.
Capital, trabalho, tecnologia, individualismo, desemprego, crimes, loucuras, desgraças, agressões ao meio ambiente... Pronto! Chegamos nos dias de hoje.
Na verdade, somos o resultado dessa história. Parafraseando Martin Luther King Júnior, "não fazemos a história; somos feitos pela história".
Mas, por que não subverter esta ordem? Afinal,  por que nos posicionarmos como vítimas passivas, se podemos fazer a história?
Uma história mais justa e mais feliz. A nossa história!
De forma simples, sem ser simplista, entendo que, para tanto, basta o homem...
Quem se habilita a completar?