domingo, 22 de abril de 2012

GARANTIA DE EMPREGO E EMPREGABILIDADE


Passam-se os anos e um fato nas organizações se repete sistematicamente: a permanente busca pela eficiência que garanta a sobrevivência das empresas no mercado.
E a produtividade continua sendo o principal fator desta eficiência.

Como o trabalhador se adéqua neste contexto?

No início do século passado, Frederic Taylor, um dos principais precursores em eficiência e produtividade na história da Administração, abordou este tema evidenciando a padronização dos tempos e movimentos, a divisão de tarefas, os incentivos salariais e prêmio de produção.

Desta forma, comissões foram instaladas para acompanhar a produtividade da empresa, acompanhando os tempos elementares e previamente definidos de cada produto a ser fabricado.

Em seguida, na Europa, se disseminou várias teorias enfatizando a necessidade da capacitação dos trabalhadores com a instrução específica para cada função, aliada à simplificação das tarefas.

Nesta busca incessante pela produtividade ideal, alguns americanos introduziram uma nova cultura de Gestão, baseada no controle gerencial. Essa nova forma de Gestão Empresarial se mantém até hoje nas escolas de Administração Americana.

A partir de então, as empresas passaram a definir objetivos específicos para as pessoas, que deveriam prestar contas do seu desempenho no fim de um período.

Porém tais teorias acabaram gerando um mecanicismo exagerado, cuja contestação acabou por elevar as pessoas a um patamar de importância fundamental, surgindo assim o movimento pelas relações humanas no trabalho e inúmeras teorias motivacionais.

Importante ressaltar que por muito tempo o capital foi o recurso escasso, fato que gerou a necessidade da empresa se organizar em tomo da alta administração.

Cabia à alta administração construir uma estrutura que lhe permitisse implementar sua estratégia, criando sistemas destinados a garantir que o trabalho fosse controlado.

Diferentemente, hoje em dia o recurso verdadeiramente escasso é o conhecimento, fator de sucesso que só pode ser aproveitado pelas pessoas que o desenvolvem.

Desta forma podemos concluir que o modelo anterior de gestão ruiu, significando que a alta administração não pode continuar a ser a única estrategista da empresa. É fundamental estabelecer objetivos que possam ser compartilhados por todos, Assim o principal papel a ser desempenhado pela alta administração nesse novo modelo é transmitir aos funcionários a visão, os valores, e a filosofia, dando um sentido de identidade e auto-realização.

Se antes a estratégia era definida pela diretoria e os funcionários limitavam-se a implementá-la, agora cada funcionário é responsável pela excelência da companhia em sua área, devendo contribuir não somente para a competitividade, mas também para a definição da estratégia.

Isto nos remete a uma conclusão importantíssima: o modelo de gestão antigo que garantia segurança no emprego foi substituído por outro modelo que possibilita assegurar a empregabilidade, ou seja, a capacidade de conseguir emprego.

E só reforça as palavras de Jack Welch: 'Não são os objetivos que levam a empresa até onde ela vai; são as pessoas'.

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