sábado, 28 de abril de 2012

DISCUTINDO A RELAÇÃO


- Benhêêê!  Cheguei! Cê bota uma cerveja no congelador e prepara um sanduba para mim, enquanto eu tomo banho?
- Preparo sim, mas depois de conversarmos. Estive pensando e...
- Não! Pelo amor de Deus! Hoje não! Daqui a pouco começa o jogo do Atlético Goianiense. Parece que você faz de propósito. É só ter um jogo na televisão e você vem com esta história de “discutir a relação”.
- Como “de propósito”? Tem jogo todos os dias! E o pior é que você assiste a todos. E tem mais: depois que acaba, assiste os gols, as mesas redondas, e qualquer outro programa que repita exaustivamente as mesmas coisas. Acho até que se transmitirem a poda da grama do estádio, é capaz de você querer assistir.
- Não começa com os exageros.
- E eu que sou a exagerada?
- Tá bom. Então fale logo o que você quer, e a gente acaba logo com isto.
- Você não tem um pingo de sensibilidade, né? Não é capaz de entender uma mulher.
- Bem que eu já pedi o “manual de instrução”, mas nunca me deram.
- Não vejo graça nenhuma. Sabe que os meus amigos me ouvem mais que você?
- É claro. Todos torcendo para que você se dê mal comigo, para te pegarem.
- Que absurdo! Que machismo exacerbado! Parece que estou querendo algo absurdo. Só quero conversar.
- Tem certeza que o assunto é importante? Acabei de chegar do trabalho e estou exausto.
- Não tem um assunto específico. Não sei bem o que é, mas não estou legal.
- Como assim? Você quer discutir alguma coisa que ainda não sabe o que é?
- Não é isto. É que não estou satisfeita com a vida que estamos levando.
- O que tem te deixado insatisfeita?
- Não sei definir. Por isto quero conversar.
- Jesus amado! Você quer conversar sobre algo que não sabe bem o que é, justamente na hora do jogo. Mãe, me leva de volta!
- Sua família é um dos problemas.
- Ai, meu Deus! Não começa.
- Vamos pro quarto. É melhor para conversarmos.
- Opa! Depois rola um rala-e-rola?
- Incrível como você só pensa em sexo! É a única coisa que compete com o futebol.
- Até hoje você não entendeu que eu não gosto de conversar, mas sim de fazer sexo? Mas, pensando bem, hoje o Atlético joga...
- Mas será que você não tem nem um tempinho para discutirmos nossa relação?
- Tenho, mas o problema é que estamos discutindo mais do que tendo atividades sexuais.
- Parece até que os problemas são só meus. Eu é que sempre começo a discussão.
- E que termina também.
- Chega de conversa fiada. Você vem ou não vem pro quarto?
- Vou, mas com algumas condições.
- Quais?
- Vou levar a cerveja, ligar a TV no futebol e ficar nu com você na cama.
- Mais alguma exigência, meu aprendiz de popstar?
- Bem, por via das dúvidas, não quero nenhum objeto cortante por lá.

domingo, 22 de abril de 2012

GARANTIA DE EMPREGO E EMPREGABILIDADE


Passam-se os anos e um fato nas organizações se repete sistematicamente: a permanente busca pela eficiência que garanta a sobrevivência das empresas no mercado.
E a produtividade continua sendo o principal fator desta eficiência.

Como o trabalhador se adéqua neste contexto?

No início do século passado, Frederic Taylor, um dos principais precursores em eficiência e produtividade na história da Administração, abordou este tema evidenciando a padronização dos tempos e movimentos, a divisão de tarefas, os incentivos salariais e prêmio de produção.

Desta forma, comissões foram instaladas para acompanhar a produtividade da empresa, acompanhando os tempos elementares e previamente definidos de cada produto a ser fabricado.

Em seguida, na Europa, se disseminou várias teorias enfatizando a necessidade da capacitação dos trabalhadores com a instrução específica para cada função, aliada à simplificação das tarefas.

Nesta busca incessante pela produtividade ideal, alguns americanos introduziram uma nova cultura de Gestão, baseada no controle gerencial. Essa nova forma de Gestão Empresarial se mantém até hoje nas escolas de Administração Americana.

A partir de então, as empresas passaram a definir objetivos específicos para as pessoas, que deveriam prestar contas do seu desempenho no fim de um período.

Porém tais teorias acabaram gerando um mecanicismo exagerado, cuja contestação acabou por elevar as pessoas a um patamar de importância fundamental, surgindo assim o movimento pelas relações humanas no trabalho e inúmeras teorias motivacionais.

Importante ressaltar que por muito tempo o capital foi o recurso escasso, fato que gerou a necessidade da empresa se organizar em tomo da alta administração.

Cabia à alta administração construir uma estrutura que lhe permitisse implementar sua estratégia, criando sistemas destinados a garantir que o trabalho fosse controlado.

Diferentemente, hoje em dia o recurso verdadeiramente escasso é o conhecimento, fator de sucesso que só pode ser aproveitado pelas pessoas que o desenvolvem.

Desta forma podemos concluir que o modelo anterior de gestão ruiu, significando que a alta administração não pode continuar a ser a única estrategista da empresa. É fundamental estabelecer objetivos que possam ser compartilhados por todos, Assim o principal papel a ser desempenhado pela alta administração nesse novo modelo é transmitir aos funcionários a visão, os valores, e a filosofia, dando um sentido de identidade e auto-realização.

Se antes a estratégia era definida pela diretoria e os funcionários limitavam-se a implementá-la, agora cada funcionário é responsável pela excelência da companhia em sua área, devendo contribuir não somente para a competitividade, mas também para a definição da estratégia.

Isto nos remete a uma conclusão importantíssima: o modelo de gestão antigo que garantia segurança no emprego foi substituído por outro modelo que possibilita assegurar a empregabilidade, ou seja, a capacidade de conseguir emprego.

E só reforça as palavras de Jack Welch: 'Não são os objetivos que levam a empresa até onde ela vai; são as pessoas'.

sábado, 7 de abril de 2012

CURIOSIDADES DA SEMANA SANTA

 “A curiosidade é mais importante do que o conhecimento”.

                                                 Albert Einstein



Vários costumes ligados à Páscoa tiveram como origem os festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, a Páscoa judaica, que comemora o êxodo dos israelitas do Egito, saindo da escravidão para a liberdade.
Como são costumes de origem bem antiga, geram algumas dúvidas e curiosidades, como nos exemplos a seguir:

- Se Jesus ressuscitou no terceiro dia, como pode ter morrido na sexta feira e ressuscitado no domingo?

Esta aparente contradição se dá porque os judeus computavam o tempo incluindo o dia do acontecimento, que era considerado o primeiro dia. O dia seguinte era o segundo e as primeiras horas do outro dia já eram consideradas como terceiro dia.

- Se coelho não bota ovo, por que são eles que trazem os ovos de páscoa?

Antes de adquirir o significado da ressurreição de Jesus Cristo, a Páscoa já existia e tinha como propósito anunciar o fim do inverno e a chegada da primavera no hemisfério norte.
Desde a idade média os povos pagãos costumavam homenagear Ostera ou Esther (Easter, em inglês ou Páscoa, em português), a Deusa da Primavera.
Ostera era mostrada segurando um ovo e observando um coelho, símbolo da fertilidade, representando a chegada de uma nova vida.
Originalmente, Ostera representava o renascimento da terra e, por isto, seus símbolos estão relacionados à fertilidade, motivo da tradição do Ovo e do Coelho.

- Por que a data da morte de Jesus Cristo não é fixa como a do seu nascimento?

Originalmente a festa comemorava a passagem do inverno para a primavera. Por isto, o Domingo de Páscoa foi estabelecido como sendo o primeiro Domingo após a primeira lua cheia, depois do equinócio, fato que ocorre entre 22 de março e 24 de abril.
Depois que a Páscoa passou a ser uma festa cristã celebrando a ressurreição de Cristo, estabeleceu-se o que chamamos de Semana Santa, que sempre termina no Domingo de Páscoa. Por isto a Sexta Feira da Paixão é uma data variável.


Mas, independentemente das eventuais dúvidas e curiosidades geradas pelos costumes antigos, o importante é fixarmos em nossas mentes a mensagem e o significado que esta celebração traz: Cristo viveu, morreu e ressuscitou para nos mostrar que os teus ensinamentos se traduzem no caminho para o alcance da paz e da solidariedade entre as pessoas e os povos.

FELIZ PÁSCOA!

terça-feira, 3 de abril de 2012

REALIDADE, SONHO E INSANIDADE


É praticamente uma unanimidade o entendimento acerca da importância das relações interpessoais no trabalho, não só para a melhoria dos resultados financeiros, como também para a melhoria da qualidade de vida dos empregados.
Em consequência disto, é imprescindível o desenvolvimento de ações no sentido de eliminar comportamentos indesejados, tais como a intolerância, o desrespeito, o preconceito, dentre outros.
Podemos resumir estes comportamentos numa pequena frase: falta de ética.
Nesta incessante busca pela melhoria das relações interpessoais é fundamental a compreensão da diversidade de personalidades, própria do ser humano e que leva a diferentes necessidades e diferentes comportamentos.
Cabe aos líderes identificar as características e necessidades individuais, aproveitando ao máximo a potencialidade de cada um e contribuindo para mudar comportamentos inadequados.
Todavia, esta tarefa não é tão simples. Não raro, nos deparamos com relacionamentos artificiais que mascaram as características reais das pessoas. Na realidade, são relacionamentos descartáveis, pois se mantêm somente enquanto atendem a interesses pessoais.
O pior é que estes relacionamentos, falsos na essência, podem chegar a ter aparência de real, trazendo enormes prejuízos para todos, inclusive para o indivíduo que age com falsidade, pois ele próprio acaba por manter a sensação de não se sentir real.
Isto gera um nível de tensão enorme, pois a energia que deveria ser empregada na execução das tarefas, acaba sendo dissipada no processo de avaliação do quanto as atitudes são verdadeiras, ou apenas ilusão.
Poucas empresas agem efetivamente no combate à falsidade. Porém, a melhoria das relações interpessoais passa necessariamente pela garantia que o indivíduo faça parte de um mundo real, no qual é possível se relacionar, sem ressalvas.
Respeitando as pessoas, independente de seu estilo, e observando mais as virtudes do que os defeitos, poderemos contribuir fortemente para a criação de relacionamentos reais, melhorando a qualidade de vida para todos.
Mudança de atitude! Este é o segredo para conseguirmos formar uma sociedade melhor.
Mas, para que isto aconteça, as pessoas precisam mudar, fortalecendo o hábito de servir aos outros.
Todavia, existem aquelas que não gostam nem de si mesmos e, portanto, têm mais dificuldades em gostar dos outros.
Para estas pessoas resta o tratamento com psicólogos, psiquiatras e analistas, apesar de algumas preferirem tratamentos mais heterodoxos, como videntes, duendes, benzedeiras, pais de santo ou os infalíveis conselhos da sogra.

domingo, 1 de abril de 2012

DRAGÃO IMORTAL

Estamos acostumados a acompanhar o aparecimento e o ocaso de diversas agremiações esportivas. Porém, algumas parecem se eternizar.
Qual a força que pereniza tais agremiações?
Conquistas e títulos? Isto certamente é um dos aspectos mais importantes, mas não é suficiente.
Como em toda manifestação social, também no esporte não devemos recordar apenas dos momentos vitoriosos. É preciso lembrar-se dos reveses e, principalmente, do esforço despendido para suplantá-los.
É com a humildade mantida quando das grandes conquistas e com a altivez própria dos que acreditam na superação em momentos difíceis, que se forma a tradição.
E, em Goiás, a tradição tem nome: Atlético Clube Goianiense!
- Primeiro Clube de Futebol fundado em Goiânia - 1937
- Primeiro Campeão Goiano – 1944
- Primeiro clube goiano a vencer uma disputa nacional – Campeão do Torneio da Integração Nacional - 1971
- Primeiro clube goiano a vencer um campeonato brasileiro – Campeão Brasileiro da Série C – 1990
- Doze vezes campeão estadual
- Único representante da Região Centro Oeste no atual Campeonato Brasileiro da Série A.
Esta legenda do futebol goiano completa, neste 02 de abril, 75 anos de glórias e sentimentos vividos.
Nas tradições da história deste clube, extraímos algumas das mais nobres lições de vida: o valor da garra, da persistência e do trabalho com amor. As glórias alcançadas e o empenho em reconquistar espaços perdidos, enobrecem e dignificam suas cores, fazendo por merecer nossa gratidão e respeito.
O testemunho de quatro gerações de goianos certifica as impressões gravadas no coração de cada atleticano: respeito, amor e orgulho!
Parabéns, Atlético! Parabéns a todas as pessoas que construíram e mantêm viva esta chama de paixão!

Estufa o peito, ó Dragão da Campininha!
Que teu exemplo de empenho sirva de modelo
Enchendo-nos de orgulho por no coração tê-lo,
Imortal rubronegro da chacrinha!

Raul Bahia