Apesar de não ser um tema inédito no cinema,
traz à tona, com outra roupagem, os velhos problemas decorrentes de um
orçamento limitado e da consequente necessidade da criatividade. Sem muitas
alternativas, o protagonista tenta implementar uma nova estratégia, carregada
de incertezas, porém com a esperança de que a quebra de paradigmas ajude a suplantar
as forças tradicionais. Evidentemente isto gera tensões nas pessoas envolvidas,
que desaprovam a proposta, apesar de pouco fazerem para a solução do problema.
Resultado: tensões, brigas de egos, intrigas e tudo aquilo que já conhecemos e
que é da natureza do ser humano.
Este filme me remeteu a um tema que impacta
em nossa vida pessoal e também na vida profissional: fazer diferente ou fazer
mais do mesmo?
Dizem os psicólogos que inconscientemente
costumamos usar uma máscara que nos ajuda a parecermos com o modelo que as
outras pessoas esperam. É claro que isto facilita a adaptação ao relacionamento
social, mas também prejudica nossa individualidade, acabando por incentivar a
execução de “mais do mesmo”.
Da mesma forma, este cuidado em estar sempre conforme,
faz com que a competição entre as empresas provoque, ao invés de uma
diferenciação, uma verdadeira padronização de produtos e serviços. E mais do
que esta padronização, gera também um indesejável conformismo.
É preciso praticar o desapego para podermos
alcançar o inédito, pressuposto básico da diferenciação, esta sim, propulsora e
mantenedora das pessoas e das empresas de sucesso.
Ou então, ser mais um na multidão...
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