segunda-feira, 31 de outubro de 2011

IGUALANDO OS DESIGUAIS - A RACIONALIDADE FEMININA

Atendendo aos anseios de alguns dos seguidores deste blog, abordarei então o tema da racionalidade feminina (que Deus me proteja...!!).
Mas antes quero fazer um pequeno teste. Vou descrever duas pessoas diferentes, explicando como encontrar um endereço. Ao final me falem quem é o homem e quem é a mulher.
Pessoa 1: Siga duas quadras em frente, no primeiro semáforo vire a direita e logo depois à esquerda. Atravesse mais duas ruas e você encontrará o prédio, que está no lado direito da via.
Pessoa 2: É fácil! Na esquina do muro laranja você sobe e depois entra na rua da lojinha de festas. Quando avistar uma árvore grande, com flores amarelas, linda, estará bem perto. Fica ao lado do brechó.
E aí? Difícil?
Mas o que isto tem a ver com a razão? Eu mesmo respondo: Nada!
Tem a ver, sim, com diferenças biológicas, educacionais, culturais, e que durante muitos anos serviram de pretexto para transformar a natureza humana em duas divisões: a feminina e a masculina. E com a prevalência da razão para o homem.
Neste sentido, a natureza feminina estaria ligada à fragilidade, à sensualidade e à sujeição. A masculina seria a detentora da razão.
É claro que, biologicamente, as diferenças são gritantes e o exemplo maior diz respeito à maternidade, que por si só já seria marcante (até porque daí deriva a própria TPM...). Mas a constituição biológica não limita a inteligência e nem o exercício da razão. O sistema social e cultural, sim. E mais que o sistema, o próprio comportamento feminino afeta muito mais.
O inegável poder de sedução das mulheres, às vezes é utilizado como atalho para “conquista” de poder. Infelizmente ainda constatamos mulheres galgando postos pela sedução e não pela capacidade. E o que dizer das famosas “Maria Chuteiras”? Não obstante, isto também escancara conhecidos defeitos masculinos.
Então, dentro de minha visão empírica, porém sem nenhum fundamento científico, entendo que não podemos rotular a racionalidade humana dentro dos limites de gênero. Isto é puro preconceito!
Apesar da história recente ter dissociado a mulher da racionalidade, enquanto detentoras de conquistas científicas, políticas e sociais, entendo que na realidade as diferenças não desqualificam o ser como racional. Apenas configura mais uma diversidade, que já existe dentro do próprio gênero masculino, e que bem aproveitadas agregam enorme valor.
Haja vista os inúmeros exemplos atuais de executivas que dirigem muito bem, e com exercício da razão.
Acho que não há espaço para o raciocínio simplista que divide a humanidade entre os que pensam e os que sentem. É preciso superar os preconceitos e buscar aproveitar as diversidades em prol de um mundo melhor.
Todavia, a superação de preconceitos exige a negação de algumas “verdades” e, por mais paradoxal que pareça, algumas mulheres, em algumas situações, seja por comodismo ou por interesse individual, são as que apresentam maiores resistências.

domingo, 30 de outubro de 2011

RELACIONAMENTO SÉRIO E ESTÁVEL

Ela entrou em casa, doida para contar a novidade. Jogou a bolsa no sofá e se dirigiu para o quarto. Não encontrando ninguém, gritou:
- Amor, cheguei! Cadê você?
- Tô no escritório, minha linda.
- Então vem aqui, que tenho uma coisa pra te contar.
- Espere só um pouquinho. Estou terminando uma conversa com a galera.
- Ah não! Não me diga que já está neste maldito computador! Eu não agüento mais isto. O que tem de tão bom nesta máquina que faz você preferi-la?
- Calma lindinha! Só estou terminando um bate papo.
- Calma, o cacete! Você passa o dia inteiro grudado nesta geringonça e nunca tem tempo para mim. Nem passear ou encontrar os amigos pode fazer mais.
- Que exagero, meu bem.
- E eu que sou a exagerada?! Não vê que você é que está exagerando.
- Mas é você que não entende as vantagens da tecnologia. Se soubesse da  comodidade, da facilidade e da conveniência de trabalhar, comprar e conversar com amigos, sem precisar sair de casa...
- Pronto! Agora virou representante de vendas da Apple.
- Vai começar com suas ironias?
- Amor, vou repetir mais uma vez: eu não sou contra a Internet! Sei que é uma ferramenta que traz vantagens para a educação, para o comércio, para o lazer e até para o nosso desenvolvimento pessoal. Mas é preciso saber utilizá-la.
- Você tá querendo dizer que eu não sei?
- Estou querendo dizer que você está usando excessivamente e, de certa forma, se isolando.
- Como assim? É justamente o contrário! Posso me comunicar com o mundo inteiro!
- Mas não convive pessoalmente, com pessoas reais, de carne e osso. É um mundo sem contato humano e sem emoções verdadeiras.
- Agora é você que está viajando...Não é melhor ficar em casa teclando, do que sair para a putaria, beber, jogar ou cheirar cocaína?
- Ai, meu Deus! O que você não entende é que o uso excessivo da Internet também é um vício. E você está se tornando um dependente.
- Não estou, não. Não sei onde você enxerga isto.
- Ah, não sabe?! E as dez horas por dia que você passa na frente deste computador?
- Mas na maior parte do tempo, trabalhando.
- Sei...! Trabalhando em chats e sites pornográficos. Você não vê que está se transformando num personagem, para compensar suas próprias limitações?
- Epa! Agora você está me ofendendo. Exijo respeito!
- Não quero te ofender. Apenas quero que você entenda que as facilidades oferecidas pelos contatos virtuais não satisfazem as nossas necessidades de contatos na vida real. O mundo continua girando e sempre haverá a necessidade de encontros pessoais, onde precisaremos nos expor e exercitar a espontaneidade, coisas que a Internet não exige.
- Ih...comeu papinha com leite estragado, ou bebeu whisky falsificado?
- Não sei por que insisto. Nunca vou conseguir ter uma conversa séria com você.
- Vamos deixar de chorumelas! O que você quer, afinal?
- Quero presença, afeto, carinho...
- Mas isto eu já te dou! Seja mais específica.
- Tá bom! Comece atualizando seu perfil, quanto ao seu atual relacionamento.
- Ah! É só isto? Por que não disse logo? Vou providenciar agora mesmo.

P.S. :
Perfil atualizado: Mantendo um relacionamento sério e estável com meu computador.

sábado, 22 de outubro de 2011

ANO 29 DC

Vocês acreditam em vida após a morte? E após o casamento?
Hoje, 22 de Outubro, saindo de Foz do Iguaçu com destino a Gramado, e inspirado pela maravilhosa visão das cataratas, resolvi homenagear esta data, respondendo a piadinha infame.
Mas afinal, qual o segredo do casamento duradouro, que mantém o casal sempre feliz e em harmonia? Na realidade, apenas precisamos compreender que isto nem sempre é possível. Mesmo existindo o amor, não existe casal que não brigue, que não se decepcione ou que não entre em discordância.
Então, por que ainda existem casamentos que se mantêm? Por um simples motivo: independentemente das divergências, quando se ama existe sempre a motivação para superar dificuldades, compartilhar esperanças, crescer e, acima de tudo, compreender e respeitar as necessidades de cada um. Se esta motivação for compartilhada, teremos a forca necessária para nos reinventarmos, reforçando os vínculos com a pessoa amada.
Não existe felicidade se não temos com quem compartilhá-la. E nada melhor do que fazer isto com quem se ama.
O que fazer se a relação esta desgastada? Simples: busque um novo casamento! Novo, porém com a mesma pessoa. O resultado será surpreendente. Na maioria das vezes, simples mudanças de atitudes renovam e fortalecem os vínculos afetivos.Busque fazer tudo que você faria se tivesse que conquistar outra pessoa, e verá...!
E hoje, completando 29 anos Depois do Casamento (Ano 29 DC), vou responder a pergunta da piadinha do inicio deste post, com um agradecimento à pessoa que durante este período tem sido cúmplice, motivo, sustentáculo, e razão de meus principais objetivos de vida:
Obrigado Mônica, não somente por um casamento feliz, mas por uma vida de felicidade!
Te amo!

domingo, 16 de outubro de 2011

A RACIONALIDADE QUE ACREDITAMOS TER

Uma das primeiras coisas que aprendemos na escola é que o Homem se diferencia dos outros animais por ser racional, ou seja, por ter a faculdade de raciocinar, de compreender, de estabelecer relações lógicas, avaliar, julgar e, portanto, poder agir pelo bom senso.
Mas será mesmo que somos sempre racionais? O nosso comportamento, em nossa rotina diária, confirma esta definição? O que aconteceu e acontece no mundo é fruto da racionalidade humana?
Se analisarmos nossos próprios comportamentos veremos que em muitas ocasiões, mesmo sabendo qual a decisão “mais correta”, escolhemos outra. Quem já não quebrou uma dieta? Quem já não gastou mais do que devia? Quem já não dirigiu depois de beber (só um pouquinho...)?
O fato é que na maioria das vezes definimos nossos caminhos baseados no que entendemos como certo, mas, não raro, nos desviamos deles, muitas vezes trilhando caminhos muito mais arriscados.
Isto mostra que nem sempre agimos obedecendo à racionalidade que acreditamos ter. E isto nos remete a uma inquietante pergunta: somos previsivelmente irracionais?
Na verdade existe uma diferença enorme entre o comportamento real e aquele que deveríamos ter se fôssemos totalmente racionais.
Pior: muitas vezes a racionalidade é utilizada para alcançar objetivos não éticos e até desumanos, como acontece nos casos em que é instrumento de enganação, dominação e destruição.
Como afirmar que o ser humano é racional (na acepção da palavra), se convivemos diariamente com o mal e a injustiça?
E como inserir neste contexto as paixões, o ódio, o ressentimento, enfim, todos os sentimentos que têm a capacidade de nos deixar totalmente irracionais?
Não restam dúvidas que a racionalidade humana é responsável pelo desenvolvimento científico, social, tecnológico e ético. Mas também é instrumento de poder, riqueza e dominação.
Por isto é importante diferenciarmos a racionalidade fundada em princípios éticos daquela utilizada para fins torpes.
E nunca podemos nos esquecer que a própria natureza humana, envolta em subjetividades e sentimentos, tende a equilibrar este jogo, com uma pitada de irracionalidade.
E saber lidar com nossa própria irracionalidade é imprescindível para nos aperfeiçoarmos como seres humanos que somos, dominados pelos nossos ideais e sonhos.
Só não me atrevo a abordar, neste momento, a diferença entre a racionalidade da mulher e do homem...

Depois, Deus disse: «Façamos o ser humano à nossa imagem, à nossa semelhança, para que domine sobre os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre todos os animais domésticos e os répteis que rastejam na Terra».
Bíblia, Génesis.

domingo, 9 de outubro de 2011

STEVE JOBS E A MATERIALIZAÇÃO DOS POEMAS

Quais as características que uma pessoa precisa ter para ser considerada brilhante? Evidentemente, a resposta para esta pergunta depende da percepção e dos valores de cada um. Mas, se levarmos em conta apenas o sucesso empresarial e comercial, podemos dizer que Steve Jobs, falecido nesta última semana, foi um homem brilhante, na medida em que se tornou referência em inovação e design dos produtos fabricados pela Apple.
E um dos principais diferenciais da Apple foi a união da arte e da ciência para o desenvolvimento das inovações que se tornaram sucesso de vendas. Para tanto, a arte, a história e a poesia, sempre foram fontes de inspiração deste visionário, que se notabilizou em aliar design agradável e de fácil utilização, às novidades tecnológicas
Desta forma, não é nenhum exagero dizer que o principal legado deixado por Steve Jobs está expresso em um de seus ensinamentos mais famosos: “as inovações mais permanentes unem arte e ciência”.
A compreensão desta afirmação não só é válida no âmbito empresarial, mas também no âmbito pessoal, pois mesmo que não consigamos resolver complexas equações matemáticas, não há dúvidas que os conceitos matemáticos estão ao nosso redor.
E chego a me atrever a afirmar que são os conceitos matemáticos mais elementares que formam a base dos valores mais importantes de nossa vida. Afinal, nossos principais anseios não são diminuirmos a tristeza, multiplicarmos as alegrias e dividirmos os momentos felizes?
O fato é que a ciência e a tecnologia são as maiores responsáveis por, ao invés de dizermos: isto é impossível, dizermos: isto ainda não é possível. Mas não basta tornarmos as coisas possíveis. É fundamental que agreguem valor à nossa existência. Daí a importância da união entre a arte e a ciência.
E a poesia é pródiga em confirmar os benefícios desta união, na medida em que os poetas são useiros e vezeiros em utilizar tais conceitos: amor crescente...infinito enquanto dure...por toda eternidade..
Êpa!. Mas o infinito é apenas imaginário!. Como então ter emoções que tendem ao infinito?
Aí, meus caros, só a matemática para concretizar isto. Abençoada matemática!
Ah, ia me esquecendo: também tem o fato, confirmado por muitos, de que Chuck Norris já conseguiu contar até o infinito, por duas vezes...! Portanto, estamos próximos de materializarmos os poemas.