domingo, 11 de junho de 2017

O MAIOR PARADOXO DA HUMANIDADE

A bordo de minha espaçonave cartesiana, tenho me deparado com a total falta de nexo entre as contraditórias atitudes do ser humano, em relação aos seus objetivos de vida. Como diria um amigo meu: não tem lógica!
Estou falando do modus operandi que as pessoas estão utilizando para ter uma vida melhor.
Cada um certamente tem uma definição própria dessa tal "vida melhor", mas posso simplificar usando o termo "qualidade de vida". Tudo que fazemos tem como principal objetivo alcançar uma melhor qualidade de vida. Porém, não obstante o enorme avanço tecnológico, temos cada vez menos tempo para nos dedicarmos ao que nos faz feliz. 
Mais do que isto, não estamos tendo tempo para dar a necessária educação básica para nossos filhos, agentes futuros da ética e da dignidade.
Desde os primórdios da civilização o bicho homem vem tentando encontrar a melhor maneira de viver. E, se o que nos diferencia dos outros animais é a razão,  nada mais lógico do que ela ser a base para se estabelecer a forma correta de viver e conviver. Daí a importância extremada da educação, que exercita a razão na busca do saber.
Acho que não restam dúvidas quanto ao papel da família na educação, posto que não há escola ou faculdade que possa mudar princípios equivocados adquiridos pela omissão ou ensinamentos inadequados, transmitidos pelos pais, no âmbito familiar.
Mas o que tem se mostrado de forma gritante é uma fragilidade assustadora da atribuição  educacional familiar, decorrente em boa parte da falta de tempo para o convívio da família.
A prioridade dada aos negócios e às atividades profissionais, deixam em segundo plano a indelegável função da formação moral de nossas crianças. E, pior que isto, o pouco tempo que sobra para tal função é gasto com atitudes condescendentes, compensatórias da ausência.
Talvez aí resida um dos motivos desta onda gigantesca de corrupção que devasta o país. 
Se torna inadiável o equilíbrio entre os negócios e a dedicação à família, não só pela responsabilidade educacional intransferível, mas principalmente pela oportunidade única de se conviver com pessoas amadas.
Isto sim, é qualidade de vida!
Isto sim, tem lógica!

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