domingo, 30 de abril de 2017

O IDEAL E O REAL

Novos protestos, velhas reivindicações, greves, manifestações acaloradas, discussões entre ideais diferentes. É a sociedade chamando novamente o jogo para si. Agora vai!
Vai para onde, cara pálida?
Esta é a mais importante das indagações, desde a Shakespeariana "to be or not to be": O que quer a sociedade?
Não é de hoje que filósofos e pensadores se debatem sobre este tema, mas vou me ater a um dos movimentos mais significativos da história: o Iluminismo. O próprio nome, por si só, já demonstrava o principal objetivo dos iluministas, qual seja, iluminar as trevas em que se encontrava a sociedade.
E, no chamado "Século das Luzes", surgiu o que parecia ser a síntese ideal da vida em sociedade, com a disseminação do lema "Liberté, égalité, fraternité ".
Simples assim! Só que não.
Como falar em liberdade com tanta submissão e servidão ainda hoje constatadas?
Que igualdade é esta, onde uma minoria tem muito mais do que precisa e a maioria passa fome?
E esta tal fraternidade que, muitas vezes, não resiste a um almoço dominical em família?
Por que isto acontece? Por que é tão difícil colocar em prática estes conceitos simples e de aceitação quase unânime?
Uns podem dizer que toda (ou quase toda) responsabilidade pela não concretização de nossos sonhos é do governo e dos políticos corruptos. Mas no estado democrático, não somos nós que elegemos e retiramos tais pessoas?
Outros diriam que a culpa é do empresariado que não vê limites na sua ânsia de lucrar. Mas esta não é a mola propulsora do capitalismo e fonte geradora de empregos?
É claro que existem problemas inaceitáveis em toda a nossa estrutura social, política e econômica, mas, não conseguiremos mudanças significativas se não mudarmos a nós mesmos.
A liberdade só será plena se alcançarmos a desejada igualdade social e econômica. Mas para isto cada um de nós precisa fazer algum sacrifício e abrir mão de alguma coisa.
"Peraí!!!! A culpa então é minha? Logo eu, um cara bacaninha, tudo de bom. Ah não! Por que eu vou me sacrificar se os desonestos estão se esbaldando, sem punição alguma?" Esta poderia ser a reação da maioria de nós.
Então quem dará o primeiro passo?
Acho que estamos de novo num grande impasse, digno da explicação chula da origem deste termo, dada pelo romântico casal de Jegues.
Qual a solução?
E eu sei lá!
Me poupe! Hoje é domingo, e amanhã feriado.
Parafraseando Roberto Carlos: Só quero que você me aqueça neste inverno e que tudo mais vá pro inferno.

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