domingo, 31 de maio de 2015

#tecnoqualidadedevida...sqn



Quem, há 30 anos, imaginou que poderíamos alcançar tamanho desenvolvimento tecnológico como o que estamos vivenciando agora? Quem, nas dias atuais, pode prever com segurança qual será o nível da tecnologia daqui a 30 anos?
O fato incontestável é que estamos vivendo uma verdadeira revolução tecnológica e consequentemente comportamental, que afeta, em maior ou menor intensidade, direta ou indiretamente, a todos os seres humanos.
De forma simples, porém com significativa profundidade, meu pai, no alto de seus quase 90 anos de vida, resumiu este momento: "temos que aprender a conversar com as máquinas". E não é, que é mesmo? Máquinas, maquininhas e maquinetas pululam ao nosso redor, num verdadeiro festival de comunicação tecnológica, não raro utilizando comando de voz.
Tamanhas facilidades estão transformando e influenciando o comportamento de diferentes gerações, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Ou será que não?
Não restam dúvidas que existem enormes benefícios nesta desenfreada busca pelo impossível. Todavia, o comportamento do ser humano (ah, o velho comportamento...!!) na utilização das moderninhas geringonças e dos app's da hora, transformam o que deveria ser uma evolução, numa "involuçao".
Parece contraditório, mas é a pura realidade: nunca tivemos tanta facilidade para nos comunicar e transmitir nossos pensamentos e, curiosamente, nunca tivemos tão isoladamente acompanhados. O que começou como piadinha, se transformou numa piada de mau gosto. As cenas em bares e restaurantes de pessoas acompanhadas totalmente absortas em seus respectivos smartphones, se tornou comum denotando uma verdadeira inversão de valores, privilegiando o ausente em detrimento do presente, privilegiando a letra fria das mensagens em detrimento do "olho no olho", privilegiando o kkkkkkkk em detrimento do sorriso, privilegiando o relacionamento sem compromisso em detrimento do mais sério.
Não que tais coisas não tenham importância. Apenas devem ser praticadas no seu devido tempo e lugar.
A tecnologia não pode ter um fim em si mesmo. Ela só tem sentido se disponibilizar melhorias na qualidade de vida das pessoas. Mas não podemos nos esquecer que a mesma tecnologia que salva vidas, pode ser usada para tirá-las. Depende do uso que o homem faz.
Também é preciso cuidar para que a tecnologia não se transforme em instrumento para subjugar povos e classes menos evoluídos. A inclusão tecnológica é imprescindível para que a qualidade de vida seja efetivada como objetivo final.
Então tá fácil obtermos esta tão sonhada qualidade de vida: mudança de comportamento e ações governamentais de inclusão.
Só que não...

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