segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

DESDE 1986



Há exatos vinte e oito anos eu nasci. Não como um bebê, iniciando a vida, mas sim como pai, iniciando uma nova vida.
É impressionante a capacidade que determinados acontecimentos têm de se tornarem marcantes e especiais! E o nascimento de um filho (ou seria de um pai?), sem dúvida nenhuma, é um deles.
Muda tudo!
Mudam os horários de dormir e acordar, muda a rotina diária da casa, bem como a dos passeios e dos programas sociais. Mas, o que numa análise superficial sugere momentos de maior cansaço e desconforto, incrivelmente trás uma satisfação que somente quem é pai pode atestar.
Muda tudo, mas para melhor!
É o tal amor incondicional? É a gratificação pela responsabilidade de transmitir valores para um ser inicialmente tão indefeso? É o fato de podermos ser úteis e servir efetivamente a alguém? Ou seria tudo isto e mais alguns motivos?
O fato é que a partir deste momento a vida do pai, para este, passa a ter menor importância que a do filho.
E como é gratificante conviver com os filhos! De um preocupante momento inicial, decorrente da falta de experiência, para um verdadeiro êxtase motivado pela indescritível satisfação de abraçar e receber um sorriso em retribuição, bastam apenas algumas horas.
E com o passar do tempo, a constatação de que todo o esforço despendido contribuiu para a formação de uma pessoa de caráter e de princípios exemplares e indeléveis, nos faz sentir que viver vale a pena.
Todo pai gostaria de ter mais tempo para conviver com os filhos, e eu não sou diferente. Mas as necessidades da vida moderna acabam por distanciá-los. Eu convivo com isto desde que mudei do Rio de Janeiro para Porto Alegre, quando meu filho ficou por lá para terminar a faculdade, e onde está até hoje.
Apesar da saudade que a distância provoca, agradeço a Deus por tê-lo radicado onde é feliz. E mais ainda: tenho orgulho de ter contribuído minimamente com a formação de uma pessoa exemplar, admirado por todos que o conhecem, sobretudo pelos valores positivos que exercita.
Parabéns, Diogo!
Obrigado por tudo que você fez e continua fazendo por nós. Te amo, meu filho!

sábado, 18 de janeiro de 2014

EX PAÍS DO FUTEBOL?

O futebol está de volta no "país do futebol"! Começam neste final de semana os campeonatos estaduais.
Mas ainda fazemos jus a este título? Afinal em qual quesito estamos na frente dos outros países?
Quantos craques na acepção da palavra são revelados anualmente no Brasil, nos dias de hoje? Nem sombra de tempos outrora.
O público presente nos estádios é bem menor do que se verifica em outros campeonatos estrangeiros.
A gestão de nossos clubes e dos órgãos que regulamentam a prática deste esporte aqui é de um amadorismo gritante! sem falar dos oportunistas e desonestos.
O endividamento cresce assustadoramente. Em relação às arbitragens, nem é bom comentar. 
Na verdade, estamos vivendo das glórias do passado, deitados nos cinco títulos mundiais e da participação em todas as copas anteriores.
Tem caráter de urgência, urgentíssima, a modernização deste que, mais que um esporte, é um grande patrimônio cultural.
O futebol hoje é um negócio e, como tal, deve se aperfeiçoar não só técnica e taticamente, mas também em áreas que anteriormente eram afeitas às indústrias, tais como gestão, marketing, estatística e finanças. Evidentemente o treinamento técnico e tático, bem como a preparação física, ainda têm papel preponderante, mas a qualidade e a sustentabilidade dos clubes passam pela implementação de atividades de pesquisa, de psicologia, de análise de desempenho, marketing esportivo, comportamento organizacional, planejamento financeiro, dentre outras.
E estamos longe do patamar exigido por esta nova conjuntura.
Mas me incomoda sobremaneira a forma como se estabeleceu e se disputa o campeonato brasileiro. Aí está, na minha opinião, um dos principais motivos da perda de nossa hegemonia.
Nunca fomos exemplo de gestão esportiva, porém sempre fomos um verdadeiro "celeiro" de craques. Porém, este celeiro está bem próximo do fim, pelo modelo estapafúrdio de campeonato copiado da Europa, onde a grande maioria dos países tem área geográfica menor do que a dos estados brasileiros e uma quantidade ínfima de clubes de futebol.
Seguindo esta filosofia inadequada para nossas características, foi estabelecido uma perniciosa prioridade ao campeonato brasileiro, em detrimento dos campeonatos estaduais. Assim, somente poucos "privilegiados" tem atividades para toda a temporada, relegando milhares de outros clubes a um cruel ostracismo, que os obrigam a fechar as portas por meses seguidos, pois suas atividades se limitam aos campeonatos estaduais, que foram desvalorizados e encurtados para pouco mais de três meses.
E o que isto traz de consequências? Simplesmente reduziu drasticamente a formação e a revelação de novos craques, na medida em que a maioria dos pequenos clubes, que formavam jogadores aos montes, agora montam times com os chamados "boleiros", para cumprirem tabela nos estaduais e paralisam suas atividades no resto do ano.
E dá-lhe empresário ganhando dinheiro junto aos combalidos clubes! Qualquer jogador meia-boca, custa os olhos da cara, sem falar nos salários irreais.
O mais curioso é que as grandes rivalidades continuam sendo observadas nos âmbitos estaduais. Qual rivalidade é mais acentuada? É a que se constata entre Palmeiras e Corinthians ou Palmeiras e Cruzeiro? É entre a dupla Grenal ou entre Internacional e Vasco?
Não tem nenhuma lógica priorizar um campeonato que exige deslocamentos quase que continentais, se se pode incentivar e valorizar os estaduais, e de quebra garantir atividades para o ano inteiro, para que os clubes voltem a revelar talentos.
É evidente que precisamos de um campeonato nacional, mas de forma racional. Por que não organiza-lo nos moldes de uma copa do mundo? Teríamos um estado-sede, onde durante um aceitável período de tempo se faria a disputa, com os estaduais servindo de classificação e indicação dos clubes.
O fato é que precisamos agir rapidamente no sentido de se buscar estabelecer uma política mais adequada e que garanta a recuperação, o desenvolvimento e a perenizacao no Brasil deste esporte que é sinônimo de paixão e de emoção para a grande maioria da população.


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

MAIS PRÓXIMO DE CEM DO QUE DO NASCIMENTO

- Feliz ano novo!
- Isto é apenas uma exortação ou um compromisso?
- Exorta o quê?
- Exortação é quando falamos algumas palavras de incentivo, mas não executamos nenhuma outra ação que contribua.
- Ai, meu Deus! Eu só desejei um feliz ano novo.
- Mas este é o problema. Na maioria das vezes fazemos apenas exortação e não agimos de forma a efetivar tal desejo.
- Jesus amado! E estamos apenas no primeiro dia do ano. Você quer dizer que, além de desejar um feliz ano novo, a responsabilidade para que isto aconteça é minha?
- Não. O que estou dizendo é que devemos dar a nossa contribuição para que aconteça.
- Você pode dar um exemplo?
- Imagine que você deseje um feliz ano novo para alguém, mas durante boa parte do ano não lhe ajuda no que pode, trata-o mal, com indiferença, com egoísmo, ou até com falta de respeito. Assim você não está contribuindo para que este alguém tenha um ano feliz. Ficou só na exortação.
- Acho que agora estou entendendo. Você está dizendo que nossas atitudes podem contribuir para que as pessoas sejam felizes,  certo?
- Exatamente! Portanto, quando desejar um feliz ano novo, assuma o compromisso de contribuir para que isto aconteça, por menor que seja a sua parcela de contribuição. Se todos fizermos isto, certamente seremos mais felizes.
- Gostei. Começou o ano inspirado, né? Deve ser porque está de aniversário hoje...
- Não sei se isto dá mais ou menos inspiração, mas com certeza dá mais vontade de me tornar uma pessoa melhor. Afinal estou cada vez mais próximo dos cem do que do nascimento.
FELIZ 2014!