Quem tem mais de 30 anos sabe bem o que vou
falar. Há pouco mais de vinte anos, boa parte dos recursos tecnológicos hoje
existentes era coisa de ficção científica. Computadores disponíveis em quase
todo lugar, acesso fácil à Internet, smartphones,
comunicação intercontinental em tempo real e com a imagem dos interlocutores,
dentre outras facilidades dos tempos atuais, eram pura ficção nos anos 90. Sem
falar no fenômeno das redes sociais.
Em pouco mais de 20 anos a evolução
tecnológica experimentou um ritmo de crescimento alucinante, como se
estivéssemos numa espécie de Grand Prix
de velocidade tecnológica.
Isto nos leva a crer que nos próximos vinte
anos (ou menos), estaremos convivendo com carros voadores, robôs domésticos, avatares e até um “mundo matrix”. Será?
Todavia, apesar do enorme volume de
conhecimento disponibilizado e exigido das pessoas, uma coisa tem andado a
passos de tartaruga: a evolução do comportamento e das atitudes do ser humano.
Seguindo a comparação com um GP de velocidade,
é como se a tecnologia já tivesse diversas voltas de vantagem sobre a atitude.
O individualismo, o egoísmo, problemas de
inter-relacionamentos, as “puxadas de tapete”, dentre inúmeros outros exemplos,
continuam sendo um grande desafio para as corporações, principalmente em
relação aos aspectos motivacionais, de produtividade e de desenvolvimento das
pessoas.
Está passando da hora de mudarmos esta
realidade. Precisamos mudar as regras deste GP. Não existe aquela modalidade,
característica de corridas de longa duração, onde há uma dupla de pilotos? Pois
é disto que precisamos! Uma equipe formada pela dupla tecnologia x atitude,
onde haja uma perfeita integração e sincronia entre seus componentes, de modo
que a técnica cumpra com seu principal objetivo que é o de contribuir
positivamente para a melhoria das condições de vida de todos, deixando de ser
mais um instrumento de locupletamento de uma minoria ilegitimamente mais
favorecida.
Lembrando que isto não é mais uma das Fábulas de Esopo.
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