domingo, 26 de maio de 2013

ARROUBOS PSICOLÓGICOS DE UM ENGENHEIRO FILOSÓFICO



Há algum tempo venho insistindo na tese de que um de nossos maiores problemas é a lentidão do desenvolvimento da mente humana, em especial quanto às atitudes e comportamentos, principalmente se comparada com a velocidade do desenvolvimento tecnológico.
Como nos últimos anos atuei na área de recursos humanos, na capacitação e desenvolvimento de pessoas, isto acabou por me direcionar para alguns estudos filosóficos e psicológicos, na ânsia de buscar soluções para esta questão.
Apesar da grande resistência com que atualmente as pessoas tratam as questões filosóficas, sabemos que a evolução científica se deu a partir da filosofia, com a aplicação de métodos científicos aos raciocínios e ideias filosofais. E, como não poderia deixar de ser, a ciência da mente e do comportamento, chamada “psicologia”, também teve suas raízes no pensamento filosófico. Mas a natureza intangível da consciência e da percepção é a principal causa da lentidão da passagem da especulação filosófica para a prática científica.
Desta forma, apesar das teorias e descobertas das gerações mais modernas, diversas teorias antigas se mantêm relevantes para os profissionais de hoje.
Delimitando meu escopo no problema inicialmente abordado, me interessa muito os estudos relativos à chamada Psicologia Social, que têm como base a observação da forma como interagimos com o ambiente e com as outras pessoas. Tal teoria, que teve como expoente o alemão Kurt Lewin, defende que o comportamento é resultado tanto do indivíduo quanto do ambiente.
Segundo Lewin, duas forças opostas estão sempre presentes em nosso meio: as forças de atração que nos impulsiona em direção aos nossos objetivos, e as forças de repulsão que inibem nossos movimentos nessa direção. Como consequência destes estudos, Lewin estabeleceu um modelo para a transformação do indivíduo e das organizações.
Tal modelo mostra que, para a mudança ser bem sucedida, o líder deve levar em consideração todas as influências em jogo, incluindo as que estão nas mentes dos envolvidos e as presentes no ambiente.
Assim, a mudança passaria por três etapas imprescindíveis: a demonstração da necessidade da mudança, desmantelamento da antiga mentalidade e conforto com a nova mentalidade. Pode parecer simples, mas isto passa por um doloroso processo de reconstrução de pensamentos, sentimentos, atitudes e, principalmente, de percepções.
Em minha modesta opinião, só se consegue tal proeza com o envolvimento e a participação das pessoas. Todos precisam se sentir inseridos no contexto corporativo e fazendo parte de algum propósito. É preciso conhecer e entender a parcela de contribuição de cada um e ter seus esforços reconhecidos. Isto é o mínimo para se criar as condições propícias às mudanças e à reconstrução de nossos pensamentos.

“Nós precisamos uns dos outros. Este tipo de interdependência é o maior desafio imposto à maturidade do indivíduo e do funcionamento do grupo”.
Kurt Lewin

sábado, 18 de maio de 2013

GP DA TECNOLOGIA E A TARTARUGA



Quem tem mais de 30 anos sabe bem o que vou falar. Há pouco mais de vinte anos, boa parte dos recursos tecnológicos hoje existentes era coisa de ficção científica. Computadores disponíveis em quase todo lugar, acesso fácil à Internet, smartphones, comunicação intercontinental em tempo real e com a imagem dos interlocutores, dentre outras facilidades dos tempos atuais, eram pura ficção nos anos 90. Sem falar no fenômeno das redes sociais.

Em pouco mais de 20 anos a evolução tecnológica experimentou um ritmo de crescimento alucinante, como se estivéssemos numa espécie de Grand Prix de velocidade tecnológica.

Isto nos leva a crer que nos próximos vinte anos (ou menos), estaremos convivendo com carros voadores, robôs domésticos, avatares e até um “mundo matrix”. Será?

Todavia, apesar do enorme volume de conhecimento disponibilizado e exigido das pessoas, uma coisa tem andado a passos de tartaruga: a evolução do comportamento e das atitudes do ser humano.

Seguindo a comparação com um GP de velocidade, é como se a tecnologia já tivesse diversas voltas de vantagem sobre a atitude.

O individualismo, o egoísmo, problemas de inter-relacionamentos, as “puxadas de tapete”, dentre inúmeros outros exemplos, continuam sendo um grande desafio para as corporações, principalmente em relação aos aspectos motivacionais, de produtividade e de desenvolvimento das pessoas.

Está passando da hora de mudarmos esta realidade. Precisamos mudar as regras deste GP. Não existe aquela modalidade, característica de corridas de longa duração, onde há uma dupla de pilotos? Pois é disto que precisamos! Uma equipe formada pela dupla tecnologia x atitude, onde haja uma perfeita integração e sincronia entre seus componentes, de modo que a técnica cumpra com seu principal objetivo que é o de contribuir positivamente para a melhoria das condições de vida de todos, deixando de ser mais um instrumento de locupletamento de uma minoria ilegitimamente mais favorecida.

Lembrando que isto não é mais uma das Fábulas de Esopo.

sábado, 11 de maio de 2013

GRATIDÃO INFINITA



O que caracteriza uma heroína?

Como tudo que é subjetivo, variados conceitos descrevem este termo. Para alguns são aquelas mulheres lindas e poderosas que lutam contra o “mal” nos filmes de cinema. Outros se contentam em admirar até participantes de BBB. Mas as verdadeiras heroínas não são as fictícias deusas do cinema ou da TV. As verdadeiras heroínas são mulheres que enfrentam e suplantam os inúmeros obstáculos da dura realidade do dia-a-dia, com coragem ilimitada e com sentimentos nobres e sublimes.

Eu tenho meu exemplo de uma verdadeira heroína!

Nascida na pequena cidade de Anicuns, interior de Goiás, num período de transição política no Estado, que acabara de transferir sua capital para a recém-criada Goiânia, por uma daquelas “peças do destino” não conheceu o pai, que faleceu pouco dias antes de seu nascimento. Assim, criada pela mãe e com o inestimável apoio do avô, cresceu em meio às inevitáveis dificuldades oriundas desta situação, porém convivendo com o exemplo heróico de conduta da mãe que, viúva precocemente, foi à luta para não deixar faltar nada para as três filhas.

Com todo este cenário de limitações, aliado aos conceitos antiquados da época que consideravam a mulher inferior ao homem, inclusive com recomendação para ser submissa, era de se esperar a formação de mais uma dona de casa dependente do marido, com a única atribuição de dar à luz.

Mas não foi isto que aconteceu!

Desde guria não admitia a desigualdade reinante entre homens e mulheres. Ela conseguia sim, executar “tarefas de homem”!

 E como que querendo provar isto, pediu e teve o aval do avô para acompanhá-lo em viagens a trabalho, que demoravam dias, no lombo de cavalos, passando por estradas de condições precárias. Porém tais fatores não a impediam de ajudar e trabalhar como podia.

Vislumbrando o potencial da filha, Dona Natalina, sua mãe, resolveu enviá-la para estudar em Goiânia, no tradicionalíssimo Colégio Internato Santa Clara. Apesar de ainda questionar os valores vigentes e da reação do avô que tentava argumentar dizendo que a neta dele não havia cometido nenhum crime para ficar presa em um internato, começava ali a base da formação que lhe propiciou alcançar um grande sucesso profissional.

No início da década de 70, já casada, com quatro filhos e trabalhando fora para auxiliar no sustento da família, ainda encontrou tempo e energia para realizar um dos seus maiores sonhos: entrar na faculdade para se formar em um curso superior. Com bastante esforço e dedicação se formou em Artes Plásticas, pelo Instituto de Artes da UFG, onde começou sua exitosa carreira de professora universitária, culminando com sua indicação para ser Diretora daquela tradicional Faculdade.

A dedicação, a responsabilidade e a competência demonstradas desde as primeiras atividades profissionais como auxiliar administrativa em repartições públicas, e posteriormente em todos os outros cargos assumidos, faziam antever que o desafio de dirigir uma instituição de enorme prestígio e tradição seria enfrentado com êxito.

E não deu outra coisa! Durante a sua gestão, além da excelência administrativa, promoveu de forma sistemática a divulgação da arte em Goiás, incentivando as manifestações culturais dos mais diversos gêneros, propiciando uma maior disseminação do processo artístico goiano.

Neste período, o Estado de Goiás foi agraciado com a realização de diversos seminários, concursos, festivais e recitais, todos com enorme qualidade, com destaque para as apresentações das Óperas Il Pagliacci e La Boheme.

Estes eventos relevantes mobilizaram profissionais e professores da área, propiciando o aprimoramento profissional, bem como reforçando sobremaneira a importantíssima função social do Instituto.

Poderia ficar horas citando outros exemplos, mas não há necessidade, principalmente para quem a conhece.

Raulice Gomes Bahia Silva. Esta é minha heroína!

O teu exemplo de força, determinação,capacidade e persistência serve de guia para nossa caminhada vida a fora. O teu amor, carinho e dedicação nos dão o bálsamo necessário para seguirmos sempre em frente, por maiores que sejam os obstáculos.

Obrigado por tudo, mãe! Gratidão infinita...!

Te amo muito!

Feliz dia das mães!


sábado, 4 de maio de 2013

ANIVERSÁRIO E CASAMENTO



Qual a melhor idade para se casar?
Acho que este não é o parâmetro mais importante para decidirmos sobre um dos fatos mais relevantes de nossa vida. Diversos outros fatores tem mais relevância que este.
Independentemente da idade, quem não gostaria de casar com uma bela mulher, que esbanje energia e não meça esforços para a concretização de suas ideias?
Que por mais extenuante que seja a tarefa não fraqueja e que seja decidida em seus propósitos?
Se juntarmos a isto uma pitada de bom senso estético, de sinceridade, de praticidade, de agilidade, de lealdade, de paixão e de carinho, teremos então o modelo ideal de noiva para nossos filhos.
Todavia, Anthony Dooley e Bruce Brown, dois professores de matemática da Universidade de New South Wales, na Austrália, desenvolveram uma fórmula que, segundo eles, calcula a melhor idade para se casar. Tal fórmula seria:
1. Estabeleça o limite de idade em que você quer se casar. Chame o número de “n”.
2. Pense na menor idade em que você cogitaria subir ao altar. Esse é o número “p”.
3. Faça a conta n – p e multiplique o resultado por 0,368.
4. Pegue o resultado da multiplicação e adicione à idade mínima que você estabeleceu, “p”. A soma representa a sua idade ótima
À minha querida futura nora Nathália, aniversariante de hoje, exemplo de pessoa que possui todos os predicados citados como modelo ideal, sugiro fazer os cálculos. Algo me diz que tua idade limite é de 34 anos e a menor é de 25 anos.
Parabéns Nathy!
Saúde, sorte e muita felicidade!