Há quase 35 anos
conheci uma mulher, menina-moça ainda, de uma beleza tão profunda quanto
misteriosa. Seus olhos azuis penetrantes não só me enfeitiçaram de imediato,
como me atravessaram, desnudando minhas emoções. E eu, que sempre gostei de
estar no comando da situação, me vi subjugado pela paixão.
A partir de então
tenho vivido ao lado dela, num constante aprendizado da compreensão mútua e,
principalmente, de minhas próprias emoções.
Com o tempo fui
decifrando alguns aparentes paradoxos: como uma gatinha manhosa, algumas vezes de
aparência carente e fragilizada, de repente se transformava num vulcão em
fúria? Como alguém podia odiar tanto e amar com tanta dedicação? Como uma moça
tão tranquila e encantadora podia ser tão exigente? Enfim, uma menininha meiga
ou uma mulher fatal?
Mas descobri que estas
aparentes contradições moldavam uma mulher de fibra, com enorme senso de
justiça, cuja força do amor e sua tépida paixão me fizeram e continuam me fazendo
sentir superior.
Linda e vaidosa,
não raro causa inveja, mas, ao mesmo tempo, adquire o respeito daqueles que
admiram sua força de não se curvar diante de ninguém e de nada.
Um temperamento
nada óbvio, porém sempre enxergando como ninguém nossos sofrimentos e sonhos,
estando sempre presente quando mais precisamos.
Esta convivência continua
me fazendo feliz e, mais que isto, continua me direcionando para dentro de
minhas próprias emoções, num constante processo de crescimento pessoal.
A força, a determinação
e a coragem, fatores com os quais sempre procurei pautar minha vida, nada mais são
do que uma retribuição e uma tentativa de deixá-la orgulhosa. Continuo tentando,
Mônica!
Com esta homenagem
à minha mulher, homenageio e cumprimento a todas as mulheres pelo seu dia.
Obrigado por
existirem!
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