sexta-feira, 8 de março de 2013

GRACIAS POR EXISTIR

Há quase 35 anos conheci uma mulher, menina-moça ainda, de uma beleza tão profunda quanto misteriosa. Seus olhos azuis penetrantes não só me enfeitiçaram de imediato, como me atravessaram, desnudando minhas emoções. E eu, que sempre gostei de estar no comando da situação, me vi subjugado pela paixão.
A partir de então tenho vivido ao lado dela, num constante aprendizado da compreensão mútua e, principalmente, de minhas próprias emoções.
Com o tempo fui decifrando alguns aparentes paradoxos: como uma gatinha manhosa, algumas vezes de aparência carente e fragilizada, de repente se transformava num vulcão em fúria? Como alguém podia odiar tanto e amar com tanta dedicação? Como uma moça tão tranquila e encantadora podia ser tão exigente? Enfim, uma menininha meiga ou uma mulher fatal?
Mas descobri que estas aparentes contradições moldavam uma mulher de fibra, com enorme senso de justiça, cuja força do amor e sua tépida paixão me fizeram e continuam me fazendo sentir superior.
Linda e vaidosa, não raro causa inveja, mas, ao mesmo tempo, adquire o respeito daqueles que admiram sua força de não se curvar diante de ninguém e de nada.
Um temperamento nada óbvio, porém sempre enxergando como ninguém nossos sofrimentos e sonhos, estando sempre presente quando mais precisamos.
Esta convivência continua me fazendo feliz e, mais que isto, continua me direcionando para dentro de minhas próprias emoções, num constante processo de crescimento pessoal.
A força, a determinação e a coragem, fatores com os quais sempre procurei pautar minha vida, nada mais são do que uma retribuição e uma tentativa de deixá-la orgulhosa. Continuo tentando, Mônica!
Com esta homenagem à minha mulher, homenageio e cumprimento a todas as mulheres pelo seu dia.
Obrigado por existirem!

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