sexta-feira, 29 de março de 2013

A SEMANA SANTA DIA-A-DIA



Uma das maiores tradições religiosas do Cristianismo, a Semana Santa, começa no domingo de ramos e acaba no domingo de páscoa. O que poucos conhecem é a simbologia contida em cada um dos dias desta semana, que celebra a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus.

O domingo de ramos abre a semana santa e representa o dia da entrada de Jesus em Jerusalém, onde foi recebido como um rei e saudado com ramos de palmeiras. Curiosamente, estas pessoas que o receberam como rei, foram as mesmas que o condenaram à morte.

Na segunda-feira Jesus começa sua caminhada rumo ao calvário, dando início ao trajeto percorrido por ele e que ficou conhecido por via sacra ou via crucis.

Terça-feira é o dia de celebrar as sete dores de Maria, que representam as angústias e apreensões experimentadas pela mãe de Jesus. São elas: apresentação do filho no templo, a fuga para o Egito, a perda do menino Jesus, encontro no caminho do calvário, aos pés da cruz, uma lança atravessa o Coração de Jesus, Jesus é sepultado.

A quarta-feira marca o encontro de Maria com o filho Jesus, a caminho do calvário. Também encerra o período quaresmal.

Na quinta-feira é relembrada a Última Ceia e o gesto de humildade que Jesus praticou lavando os pés dos seus doze discípulos.

Na sexta-feira a Igreja recorda a morte de Jesus.

O chamado sábado de aleluia representa o dia da vigília e que precede a Páscoa.

A coroação da semana santa se dá no domingo de páscoa, que representa o dia da ressurreição de Jesus, uma das comemorações mais importantes do cristianismo. Através da sua ressurreição, Jesus prova que a morte não é o fim e que Ele é verdadeiramente o Filho de Deus, dando a força necessária a seus discípulos para continuarem anunciando a mensagem do Senhor.

Feliz Páscoa a todos!

sexta-feira, 8 de março de 2013

GRACIAS POR EXISTIR

Há quase 35 anos conheci uma mulher, menina-moça ainda, de uma beleza tão profunda quanto misteriosa. Seus olhos azuis penetrantes não só me enfeitiçaram de imediato, como me atravessaram, desnudando minhas emoções. E eu, que sempre gostei de estar no comando da situação, me vi subjugado pela paixão.
A partir de então tenho vivido ao lado dela, num constante aprendizado da compreensão mútua e, principalmente, de minhas próprias emoções.
Com o tempo fui decifrando alguns aparentes paradoxos: como uma gatinha manhosa, algumas vezes de aparência carente e fragilizada, de repente se transformava num vulcão em fúria? Como alguém podia odiar tanto e amar com tanta dedicação? Como uma moça tão tranquila e encantadora podia ser tão exigente? Enfim, uma menininha meiga ou uma mulher fatal?
Mas descobri que estas aparentes contradições moldavam uma mulher de fibra, com enorme senso de justiça, cuja força do amor e sua tépida paixão me fizeram e continuam me fazendo sentir superior.
Linda e vaidosa, não raro causa inveja, mas, ao mesmo tempo, adquire o respeito daqueles que admiram sua força de não se curvar diante de ninguém e de nada.
Um temperamento nada óbvio, porém sempre enxergando como ninguém nossos sofrimentos e sonhos, estando sempre presente quando mais precisamos.
Esta convivência continua me fazendo feliz e, mais que isto, continua me direcionando para dentro de minhas próprias emoções, num constante processo de crescimento pessoal.
A força, a determinação e a coragem, fatores com os quais sempre procurei pautar minha vida, nada mais são do que uma retribuição e uma tentativa de deixá-la orgulhosa. Continuo tentando, Mônica!
Com esta homenagem à minha mulher, homenageio e cumprimento a todas as mulheres pelo seu dia.
Obrigado por existirem!

domingo, 3 de março de 2013

A VIDA CONTINUA



Nesta semana que se findou, o trágico acontecimento na boate de Santa Maria-RS completou um mês. Este doloroso fato ainda repercute nas pessoas, que ficam perguntando: por que tanto sofrimento? Qual a explicação para estas tragédias? Qual a lógica da Justiça Divina?
E nestes momentos, as pessoas mais afetadas buscam desesperadamente alguma resposta que lhes possa consolar. Mas, para a maioria, não há resposta convincente. Resta então, acreditar em Deus, paradoxalmente num momento fragilizado para ter fé, visto que a impressão que se tem é de que o Criador não se importa com nosso sofrimento.
Inúmeras são as tentativas de se explicar fatos como este. Na ótica da doutrina espírita, por exemplo, a reencarnação permite a expiação por débitos contraídos em vidas passadas, trazendo a liberdade e abrindo caminhos de luz no céu para estas almas redimidas, assegurando a felicidade futura.
Diferentemente, na visão católica Deus não age com este determinismo de causa-efeito. Os castigos divinos estariam direcionados ao fim último do ser humano, que não seria a preservação de sua vida física, mas sim a salvação da sua alma. Neste sentido, o mal relativo de uma tragédia pode redundar num bem absoluto. Além disto, o mal sofrido, mesmo que não redunde em bem para a pessoa, pode servir ao todo.
Existem diversas outras visões, que poderíamos abordar e até discutir suas pertinências, porém, este não é o nosso objetivo. O objetivo principal é de, através deste post, tentar responder ao questionamento de uma amiga: “o que fazer para deixar de me entristecer e sofrer com este episódio?”
Como foi visto, as opiniões variam conforme a abordagem seja ela científica ou religiosa. Mas o que importa, em minha modesta opinião, é darmos sentido ao sofrimento, independentemente da abordagem preferida, de modo que cada um de nós possa descobrir o seu significado existencial, para que possamos crescer espiritualmente, superarmos os traumas e vivermos melhor.
De uma coisa tenho a convicção: os jovens vitimados na tragédia de Santa Maria, continuam a viver!