sábado, 15 de dezembro de 2012

A VARA FRANCESA, O CÚBITO E O CORÍNTHIANS



Apesar do elevado grau de rejeição por parte dos alunos, a matemática foi e continua sendo a base das maiores conquistas da humanidade.
E tudo começou com os números!
Hoje os números se mostram tão ligados ao nosso cotidiano, que se tornaram “paisagem”. Mas a invenção deles (ou seria “descoberta”?) foi fundamental para o desenvolvimento da humanidade.
Impossível imaginar o comércio, a ciência, o esporte e demais institutos desenvolvidos pelo homem, sem um sistema de numeração. Até as comemorações de datas festivas ficariam prejudicadas.
Porém a matemática só tem sentido se sair do estudo dos números por si só, colocando-se a serviço de outros objetivos. A isto chamamos de matemática aplicada. Os grandes avanços da humanidade se deram com a aplicação dos números aos problemas do mundo real.
Partindo das operações básicas – soma, subtração, multiplicação e divisão - o aprofundamento dos estudos numéricos descortinou propriedades quase que mágicas, gerando até crenças místicas.
No entanto, nem tudo pode ser contado. Como contar a quantidade de vinho dentro de um barril? Assim surgiu mais uma necessidade e outra aplicação da matemática: o trabalho com distâncias, áreas, volumes e tempo.
Surgiu então a gloriosa geometria, cujos primeiros passos foram no sentido de desenvolver as unidades de medidas.
E os primeiros sistemas de medidas, como não poderiam deixar de ser, foram baseados em dimensões do corpo humano ou objetos comuns do cotidiano.
O cúbito, por exemplo, era uma medida egípcia igual à distância do cotovelo à ponta dos dedos. A vara inglesa era a distância, com os braços abertos, do ombro direito até a ponta dos dedos da mão esquerda. Já a vara francesa ia do cotovelo direito à ponta dos dedos da mão esquerda.
Esta diversidade de conceitos não ajudava em nada, mostrando claramente a necessidade de uma uniformidade universal de pesos e medidas. E nada mais lógico e mais simples se o sistema métrico fosse baseado em múltiplos de dez.
Mas mesmo assim, algumas definições continuaram bizarras. Em 1793, o metro foi definido como 1/10.000.000 da distância do Polo ao Equador. Mas atualmente, corresponde à distância percorrida pela luz no vácuo em 1/299.792.458 de um segundo. Não vou nem me atrever a colocar a definição de “segundo”. Se alguém interessar, é só pedir que respondo em comentário anexo.
Mas independente das bizarrices definidoras, é a matemática que identifica as principais regras que governam nosso mundo. Com esta valiosa ferramenta se consegue um ordenamento mínimo para o aparente caos que é o universo.
E por falar em caos, não tem geometria que explique uma eventual conquista de título mundial pelo Corinthians, que amanhã enfrenta o Chelsea da Inglaterra. Se isto acontecer, acredito até que estaremos próximos de solucionar os três grandes problemas clássicos em geometria: quadrar o círculo, dividir um ângulo em três partes e dobrar o cubo.
Quem viver, verá!





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