domingo, 24 de junho de 2012

FAÇAM O QUE EU FALO, MAS NÃO OLHEM O QUE EU FAÇO

O ser humano pode ser dividido em dois grandes grupos: os que louvam a virtude e os que a praticam. Os integrantes do primeiro grupo se especializam apenas em discursos, já os do segundo são exemplos por suas ações e coragem. Infelizmente o primeiro grupo tem crescido exponencialmente enquanto o segundo perde cada vez mais representatividade.
A sociedade cada vez mais passa por cima da ética na busca do luxo e do esplendor. Isto tem feito com que o progresso material, em muitas situações, seja alcançado em prejuízo dos costumes e da virtude.
As pessoas estão se tornando surdas à voz do coração, calando com isto a voz da consciência, que tem o dom de nos esclarecer naturalmente, balizando nossas atitudes dentro de preceitos virtuosos.
É inadiável que retomemos a prática de ensinarmos pelo exemplo. Mais do que pregar a virtude e a liberdade em livros e escolas, precisamos praticá-las.
Somente assim reforçaremos o vigor da alma, retomando o caminho da simplicidade e da coragem, e excluindo o estilo “brilhante” da civilização moderna e escravizada.



P.S.: Apesar da atualidade do tema e de redigir com minhas palavras, apenas sintetizo o discurso de Jean-Jackes ROUSSEAU na Academia de Dijon, em 1749, a partir de quando se tornou uma celebridade.

terça-feira, 12 de junho de 2012

QUE SEJA ETERNO ENQUANTO ETERNO


No início, uma enorme ansiedade, combinada com uma vontade imensa de agradar. Começa assim o delicioso processo da conquista.
O coração dispara só de ouvi-la e não medimos esforços para transformar qualquer encontro em um momento divertido e emocionante. E cada momento juntos é capaz de despertar as melhores emoções. E, mesmo separados, as recordações destes momentos nos fazem sentirmos próximos. Parece até que a felicidade existe!
“Quer namorar comigo?” Como uma frase tão simples, às vezes se torna tão complicada para ser dita!
E como é bom namorar! No início de um namoro, fazemos de tudo para propiciar a felicidade da outra pessoa, oferecendo amor e compromisso com ela. Sentimos prazer em tudo que fazemos e exercitamos a arte da conquista diariamente.
Algo tão gostoso não pode desaparecer ou adormecer embalado pela rotina do dia-a-dia. Mais do que viver, conviver é a base para a felicidade. Se a essência da vida está nos relacionamentos, é no relacionamento amoroso que consagramos nossa felicidade. E para que este amor não tenha a chama de seu fogo apagada, é imperativo que continuemos a namorar, pois além de continuar mostrando que amamos, a pessoa amada precisa sentir-se...amada!
Namorar é tornar a vida mais suave e só faz bem! Não importa a idade, o estado civil ou a religião. Para namorar, basta continuarmos exercitando a velha arte da conquista, mantendo o prazer de agradar a pessoa amada. É fundamental falarmos de amor, mesmo não usando palavras. Uma lembrança, um olhar ou um toque às vezes falam muito mais. Quem sabe, até um post pode servir?
Mônica, quero continuar namorando contigo! Sempre! Te amo!
Feliz dia dos Namorados!

sábado, 2 de junho de 2012

ZARATUSTRA AINDA FALA

Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) ou simplesmente NIETZSCHE, alemão autor de “Assim Falou Zaratustra”, tornou-se um dos mais polêmicos filósofos, não só pelas suas obras, de difícil compreensão, mas também pelas críticas negativas aos principais expoentes da filosofia e da religião.
Não obstante,  assim como a maioria das obras dos gênios da filosofia antiga, alguns ensinamentos de Nietzsche parmanecem revestidos de uma atualidade impressionante.
Na sua obra “Crepúsculo dos Ídolos”, ele defende a necessidade da criação de novos valores, suscetíveis de celebrar a vida e que possam intensificar o seu poder, tendo em vista o argumento de que os valores vigentes à época decorriam de um mundo irreal, produto da crença em ídolos, e que serviam apenas às necessidades específicas das classes dominantes.
Quando ele se refere a “ídolos”, não está se limitando às falsas divindades criadas pelo homem. Inclui todos que geram uma modalidade afetiva de veneração, respeito e apego, e que exprimam a vontade de “desvalorizar a vida por um mundo melhor”.
Mudou alguma coisa? Os valores religiosos estão cada vez mais díspares, dependendo de qual religião, seita ou doutrina que se segue. Os valores morais, então, nem se fala! Definitivamente, com a diversidade e a flexibilidade de conceitos propiciados pelo mundo moderno, os valores morais não podem ser considerados como sendo a verdade em si. Até porque, com a máscara de agente indutor da melhora da humanidade, sempre privilegiou algum tipo de ser humano ou procurou “domesticar” a própria humanidade.
O que dizer dos valores transmitidos pelos ídolos artísticos? Sem comentários...

Poderíamos acrescentar os ídolos corporativos, tema este que por si só já daria assunto para várias publicações.
Mas o fato é que, transcorridos mais de cem anos, concordando ou não com os preceitos de Nietzsche, somos obrigados a concordar que o tema continua extremamente atual, não restando dúvidas que, cada vez mais, precisamos nos aperfeiçoar enquanto seres humanos, evitando nos transformarmos em ídolos nefastos ou evitando que a influência destes nos cegue e nos direcione para uma vida sem estilo.
 Sucesso a todos que têm a coragem de sair em busca de novos sonhos e de novos valores!

"Como são múltiplas as ocasiões para o mal-entendido e para a ruptura hostil!"
                                                                                                          Nietzsche