O ser humano pode ser dividido em dois
grandes grupos: os que louvam a virtude e os que a praticam. Os integrantes do
primeiro grupo se especializam apenas em discursos, já os do segundo são
exemplos por suas ações e coragem. Infelizmente o primeiro grupo tem crescido
exponencialmente enquanto o segundo perde cada vez mais representatividade.
A sociedade cada vez mais passa por cima da
ética na busca do luxo e do esplendor. Isto tem feito com que o progresso
material, em muitas situações, seja alcançado em prejuízo dos costumes e da
virtude.
As pessoas estão se tornando surdas à voz do
coração, calando com isto a voz da consciência, que tem o dom de nos esclarecer
naturalmente, balizando nossas atitudes dentro de preceitos virtuosos.
É inadiável que retomemos a prática de
ensinarmos pelo exemplo. Mais do que pregar a virtude e a liberdade em livros e
escolas, precisamos praticá-las.
Somente assim reforçaremos o vigor da alma,
retomando o caminho da simplicidade e da coragem, e excluindo o estilo
“brilhante” da civilização moderna e escravizada.
P.S.: Apesar da atualidade do tema e de
redigir com minhas palavras, apenas sintetizo o discurso de Jean-Jackes ROUSSEAU na
Academia de Dijon, em 1749, a partir de quando se tornou uma celebridade.