domingo, 6 de março de 2011

O PENSAMENTO E O PENSADOR

O pensamento, apesar de ser uma das coisas mais importantes em nossas vidas, nem sempre é objeto de cuidados por parte das pessoas, ainda sendo raras as atitudes visando aperfeiçoá-lo e dirigi-lo no sentido de facilitar o alcance de nossos objetivos.
Dirigir nossos pensamentos é fundamental, pois são eles que definem nossas ações.  Como conseqüência, acabam por definir a vida que levamos.
Neste sentido, precisamos saber pensar, dominar o pensamento, subordinando-o à nossa vontade, tendo em vista que estaremos sempre vivendo no nível que o projetarmos.
Aristóteles já dizia: “Pensar é uma ação divina”.  E como este antigo filósofo exercitou esta arte!
Seguido, valorizado, elogiado, rejeitado ou criticado, o fato é que, passados dois mil e quatrocentos anos, o pensamento aristotélico ainda hoje é interpretado por estudiosos.
E o que leva um pensamento a contribuir com a sociedade e se perenizar? Se conhecermos um pouquinho da obra de Aristóteles, talvez possamos compreender melhor.
Segundo o conceito finalista deste pensador, cada coisa existente no mundo teria uma atividade determinada por sua finalidade, ou seja, na natureza tudo teria sido criado com um objetivo definido. Da mesma forma, todas as ações dos seres humanos estariam ligadas a uma finalidade fixada pela natureza. E todas as coisas tenderiam ao bem.
Assim o bem seria a finalidade de cada coisa. Dentro deste raciocínio, a finalidade da medicina, por exemplo, seria a saúde.
Mas a principal finalidade e o bem maior para o ser humano seria a felicidade que, por sua vez, seria atingida através das virtudes.
E as principais virtudes para se alcançar a felicidade seriam a prudência, ou capacidade de decidir entre o bem e o mal, e a justiça.
É evidente que o trabalho deste filósofo vai muito mais além do que um resumo extremamente sintético como este que atrevi a fazer. Mas dá para perceber que o pensamento desenvolvido tem como base uma lógica, que é política e socialmente aceita: o bem como finalidade das coisas e a felicidade como conseqüência do exercício de virtudes.
De forma similar, e agora voltando ao plano individual, se direcionarmos nossos pensamentos para o bem e exercitarmos nossas virtudes, certamente provocaremos sentimentos positivos e imprescindíveis para nossa própria felicidade, tais como respeito, gratidão, amizade e amor.

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