Não sei a autoria mas, há algum tempo li uma pequena estória, que
reproduzo:
“Pediram
para três cegos descreverem um elefante, até então desconhecido
por eles. Após tocarem no animal, o primeiro deles disse ser
parecido com uma mangueira, O segundo afirmou ser como um cabo de
vassoura e o último o descreveu como similar a um grande tronco.”
O
início deste texto, com esta metáfora, é só para reforçar que,
apesar de todo o conhecimento que possamos adquirir, nunca
conseguiremos expressar totalmente a realidade, na medida em que
nossa compreensão está limitada por uma perspectiva pessoal.
É
aquele velho ditado: “A verdade sempre tem três faces. A minha, a
sua, e a verdade mesmo.”
Mas
por quê, então, existem tantos donos da verdade? Simplesmente
porque a insegurança de alguns quanto às suas verdades, acaba por
gerar arrogância, prepotência e, o pior, a intolerância.
Estamos
vivendo num mundo em que o “estar certo” tem mais importância
que o “sentir bem”. Isto acaba por nos distanciar da essência
das questões mais importantes da vida.
Descobrir
as nossas verdades mais importantes passa por uma maior valorização
do que sentimos, e menos preocupação em relação ao que pensamos
sobre as coisas.
De
que adianta uma enorme quantidade de informações, se não
conseguirmos relacionamentos a contento? Não tenho dúvidas que a
convivência sadia com “outras verdades” é a base para o nosso
crescimento, e, consequentemente, para a prática das virtudes.
Menos
que agir com conhecimento, precisamos agir com sabedoria. Podemos
estar convictos de nossas verdades, mas é a sabedoria que nos fará
considerar os resultados de nossos atos, que muitas vezes são
devastadores.
Nossos
julgamentos são filtrados por nossas perspectivas individuais, e
podem não corresponder à realidade. Portanto, precisamos ser
convictos de nossas verdades, porém, flexíveis o bastante para
mudarmos quando necessário.
Sinceridade
nem sempre é a verdade.