Desde os primórdios, a humanidade tem despendido esforços no
sentido de garantir sua sobrevivência, ameaçada, principalmente, pela fome,
pelas pestes e pelas guerras.
Hoje, apesar de não termos erradicado totalmente nenhuma
destas ameaças, certamente temos um controle razoável sobre elas, permitindo desenvolver
novos objetivos para o ser humano.
Será?
Mas que objetivo seria mais importante que a própria vida?
Prato cheio para os filósofos, esta pergunta acaba por nos remeter às dúvidas
originais de nossa existência: de onde viemos, onde estamos e para onde vamos.
Utilizando a linguagem usualmente utilizada pela querida
amiga Cal Wascheck, estou falando da
tradicional tríade goianesca: donkovim, onkotô e pronkovô.
Se ainda não conseguimos desvendar por completo este
mistério, ao menos uma aspiração parece comum à grande maioria dos seres pensantes
deste minúsculo planeta Terra: viver cada vez mais.
Então poderíamos concluir que o nosso grande objetivo seria
alcançar a imortalidade? Mas, e se a imortalidade for acompanhada de tristeza e
sofrimento? Ah, não! Imortalidade só se for acompanhada de felicidade.
Ah! Então o bem supremo, maior que a própria vida, é a
felicidade? Mas a felicidade é muito subjetiva e depende também de ações
governamentais, pois é difícil ser feliz sem emprego, sem segurança, sem
educação e sem casa para morar. Além do que, é da natureza humana querer sempre
mais, o que faz com que a felicidade seja uma eterna dependente do futuro e a
sua busca desenfreada pode ser a própria infelicidade.
Então o que vocês querem, caras-pálidas?
E eu sei lá...!!!
Ou melhor, sei sim. Eu quero ser feliz hoje!
Se não podemos mudar o que passou, e o futuro é incerto, nos
sobra o hoje para sermos felizes.
E como ser feliz hoje? Mas que pergunta mais boba... Sendo, ora
essa...!!!
Nunca se esquecendo que o presente insiste em continuar
sendo o passado do futuro.
Serve mais uma dose, por favor...