domingo, 18 de junho de 2017

A HUMANIZAÇÃO DA TECNOLOGIA

Durante toda minha vida profissional, não foram raras as vezes que, em resposta a alguém que queria explicar alguma necessidade particular, escutei frases similares a esta: “Eu sou técnico. Este tipo de argumentação não é comigo. ”
Ora, bolas! Se a técnica e a tecnologia não tiverem o objetivo de atender às necessidades humanas, vão servir para quê?
Evidentemente que a técnica exige rigores científicos próprios de sua implementação, todavia, isto não impede de deixarmos o cartesianismo de lado e buscarmos ouvir e, quem sabe, identificar alternativas tecnicamente aceitáveis para um determinado problema.
A tecnologia pode e deve ser um dos principais instrumentos para mudanças visando a nossa eterna busca por uma sociedade melhor.
E, de fato, isto vem acontecendo. Deixando para traz o paradigma de ter um fim em si mesmas, estamos cada vez mais nos deparando com novas tecnologias sendo utilizadas como um meio especial para o alcance de nobres objetivos.
Uma área que vem revolucionando a utilização das tecnologias modernas é a área médica. Mesmo não entendendo nada de medicina, não tenho nenhum receio em afirmar que a tecnologia está salvando vidas. Num breve diálogo com um dos mais importantes médicos cirurgiões do país, Dr. Eduardo Loureiro, que atua na região de Petrópolis/RJ, pude ampliar um pouco mais esta visão, tomando conhecimento de quão avançada está esta comunhão tecnologia/medicina.
Por outro lado, os profissionais também precisam mudar de comportamento, buscando entender tais novidades, ampliando por consequência o nível de conhecimento e ultrapassando os métodos convencionais até então utilizados. Isto implica em sair da zona de conforto.
O desenvolvimento tecnológico tem o poder de provocar uma maior utilização de nossa inteligência, incentivando—nos a aprender mais. E todos nós devemos buscar este objetivo, sob pena de nos tornarmos ultrapassados. Mas tudo com o objetivo de melhorar a qualidade de vida das pessoas.

O tempo urge! E o presente continua teimando em ser o passado do futuro.

domingo, 11 de junho de 2017

O MAIOR PARADOXO DA HUMANIDADE

A bordo de minha espaçonave cartesiana, tenho me deparado com a total falta de nexo entre as contraditórias atitudes do ser humano, em relação aos seus objetivos de vida. Como diria um amigo meu: não tem lógica!
Estou falando do modus operandi que as pessoas estão utilizando para ter uma vida melhor.
Cada um certamente tem uma definição própria dessa tal "vida melhor", mas posso simplificar usando o termo "qualidade de vida". Tudo que fazemos tem como principal objetivo alcançar uma melhor qualidade de vida. Porém, não obstante o enorme avanço tecnológico, temos cada vez menos tempo para nos dedicarmos ao que nos faz feliz. 
Mais do que isto, não estamos tendo tempo para dar a necessária educação básica para nossos filhos, agentes futuros da ética e da dignidade.
Desde os primórdios da civilização o bicho homem vem tentando encontrar a melhor maneira de viver. E, se o que nos diferencia dos outros animais é a razão,  nada mais lógico do que ela ser a base para se estabelecer a forma correta de viver e conviver. Daí a importância extremada da educação, que exercita a razão na busca do saber.
Acho que não restam dúvidas quanto ao papel da família na educação, posto que não há escola ou faculdade que possa mudar princípios equivocados adquiridos pela omissão ou ensinamentos inadequados, transmitidos pelos pais, no âmbito familiar.
Mas o que tem se mostrado de forma gritante é uma fragilidade assustadora da atribuição  educacional familiar, decorrente em boa parte da falta de tempo para o convívio da família.
A prioridade dada aos negócios e às atividades profissionais, deixam em segundo plano a indelegável função da formação moral de nossas crianças. E, pior que isto, o pouco tempo que sobra para tal função é gasto com atitudes condescendentes, compensatórias da ausência.
Talvez aí resida um dos motivos desta onda gigantesca de corrupção que devasta o país. 
Se torna inadiável o equilíbrio entre os negócios e a dedicação à família, não só pela responsabilidade educacional intransferível, mas principalmente pela oportunidade única de se conviver com pessoas amadas.
Isto sim, é qualidade de vida!
Isto sim, tem lógica!