domingo, 31 de agosto de 2014

A SOLIDÃO COMO DESTINO


Ela é muito minha amiga! Faz parte de minha rede de relacionamentos.
Em tempos de "Network", esta frase se tornou corriqueira.
Mas eu pergunto: é realmente amizade?
Pode até ser, mas na maioria das vezes não constatamos um vínculo genuíno de amizade, e sim um vínculo de relacionamento útil.
E com o exacerbado individualismo que caracteriza os tempos modernos, boa parte das pessoas está se esquecendo da importância dos afetos e da verdadeira amizade.
É claro que, profissionalmente falando, ninguém é obrigado a ser amigo do colega de trabalho. Porém é imprescindível que tenha um bom relacionamento, de modo a possibilitar o alcance dos objetivos da instituição e, por que não dizer, dos seus próprios objetivos.
Não obstante, e por ser onde passamos a maior parte de nosso tempo, é em nosso local de trabalho que temos as maiores probabilidades de fazermos amigos. Por isto é extremamente necessário um claro entendimento acerca dos limites entre a amizade e a atuação profissional.
Neste sentido, não raro acontecem conflitos e contradições.
Uma coisa é ser profissional, agindo em prol dos objetivos da instituição, mesmo que contrarie de alguma forma a um amigo. Se for realmente um amigo e um bom profissional ele não só entenderá, como certamente ajudará.
Outra coisa, porém, é passar por cima de todos os princípios éticos e dos laços de amizade, para alcançar posições mais elevadas e mais bem remuneradas.
Mesmo com o crescente nível de competitividade que caracteriza o meio corporativo atual, não podemos esquecer que somos seres humanos e que a manutenção dos vínculos de amizade é complemento imprescindível ao sucesso profissional, e fundamental para a nossa incessante busca do bem maior, que é a felicidade.
Não podemos descartar amizades sinceras por novos amigos "instrumentais", focando em  interesses individuais e mesquinhos. Isto, além de gerar uma frustração dolorida aos verdadeiros amigos, certamente nos impedirá de viver bem e intensamente, pois o "prêmio" desta atitude se chama SOLIDÃO.

"Ainda que possuísse todos os bens materiais, um homem sem amigos não pode se feliz”
Aristóteles 
    

sábado, 9 de agosto de 2014

EXEMPLO COMPLETO


Não tenho dúvidas que o sentimento mais profundo que o ser humano pode experimentar é o amor incondicional. Também não tenho nenhuma dúvida que esta experiência se materializa, com toda sua força, quando temos nossos filhos. A partir daí, é como se nossos valores se transformassem e até nossas ilusões são trocadas pela indescritível satisfação de conviver e garantir a sobrevivência do pequeno ser. E, mesmo após crescerem, mudam-se as preocupações e as responsabilidades, mas fica o amor infinito. Quem é pai ou mãe, e só quem é pai ou mãe, sabe e sente o que estou falando.
Isto faz com que nos entreguemos e nos comprometemos na missão da criação e da educação de nossos filhos.
Mas, para ser um pai completo, não basta cuidar, ensinar e se dedicar no seu dever. É preciso se re-descobrir diariamente para que, praticando seus próprios ensinamentos, se transforme no melhor exemplo a ser seguido pelos filhos.
Obrigado, Santinho! Pai exemplar, que cumpriu e continua cumprindo integralmente com a missão de nos dar, não só as condições materiais, mas principalmente os princípios e os valores necessários para uma vida digna.
Feliz dia dos pais!

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

O FIM DA MATEMÁTICA


- Amor, o quê tu tá fazendo?
- Estou vendo algumas curiosidades matemáticas.
- Curioso é alguém gostar de matemática.
- O fato de tu não entender, não tira a beleza e a atração da mais bonita e útil das ciências.
- Sei... A culpa é minha...
- Não. Os culpados são os "algebristas" que não conseguem demonstrar esta beleza.
- Mas o que tem de tão curioso, então?
- O número 142857, por exemplo.
- Cruzes! Qual é a curiosidade disto?
- Se multiplica-lo por dois terá como resultado 285714.
- E daí?
- Se tu fosses mais atenta perceberia que são os mesmos algarismos, dispostos em ordem diferente.
- Estou em êxtase...!
- Vou fingir que não percebi a ironia. Da mesma forma, multiplicando-o por três, por quatro, por cinco ou por seis, teremos sempre os resultados compostos pelos mesmos algarismos, só que em ordens diferentes.
- Realmente é curioso, mas continuo sem ver importância nisto.
- Tendo em vista que vários outros números também apresentam outras "curiosidades" e tirando os matemáticos que consideravam tais números como cabalísticos, com propriedades misteriosas, inúmeros outros desenvolveram estudos mais aprofundados destas propriedades, e que contribuíram para o enorme desenvolvimento da matemática.
- E...?
- Deram assim as condições para o alcance do fim da matemática.
- Esplendido! A matemática está chegando ao fim!
- Engraçadinha! O fim a que me refiro é o de finalidade, propósito, qual seja, explicar os fenômenos da natureza, dando suporte ao desenvolvimento científico e viabilizando a perenização da humanidade.
- Nossa! Agora falou bonito! Eu só queria que você gostasse de mim, tanto quanto gosta da matemática.
- Pois saiba que o tamanho de meu amor por ti é algo como o Fatorial do infinito.
- Dá pra deixar o "matematiquês" de lado e explicar em português?
- Tá bom. Amo muito, muito, muito...sem parar...!