O que significa existir? Apesar
de ainda convivermos com inúmeras dúvidas de caráter existencial,
uma coisa considero inquestionável e inevitável: as dores! E elas
fazem parte de nossa existência, inclusive aquelas chamadas dores da
alma. E dá-lhe sofrência!
Por
isto, temos uma tendência de buscar apenas experiências que nos
façam ficar confortáveis e seguros.
Todavia,
as dores e o sofrimento são inerentes aos seres humanos, e são
fatores importantes para o nosso crescimento e desenvolvimento.
O
antigo dramaturgo grego Ésquilo, há mais de 2.500 anos, já dizia:
“a sabedoria amadurece por meio do sofrimento”.
Não
obstante, isto não significa que tenhamos que viver tristes e
sofrendo. Para minorar tais sentimentos e aliviar as nossas dores, é
fundamental ampliarmos nossa maneira de pensar, pois, o que
normalmente nos leva ao caminho da sofrência, não são os fatos em
si, mas a nossa percepção sobre eles. Estamos sempre julgando
experiências, avaliando-as como boas e ruins, com base em nosso
nível de conforto.
Sei
muito bem de quão inglória é a luta contra nossa própria mente.
Mas é preciso lutar.
Não
tenho a mínima qualificação para dar sugestões sobre como agir,
nesta situação, até porque existe uma enorme quantidade de médicos
e de medicamentos, próprios e muito mais preparados para esta
finalidade. Porém, numa mistura de palpite com observação
empírica, me atrevo a dizer que gosto dos ensinamentos de Sartre,
mormente quanto ao posicionamento que diz não ter a vida uma
finalidade única para todos, cabendo a cada um encontrar a sua.
Dentro
deste contexto, entendo como um excelente costume para ajudar a
evitar ou sair de uma depressão, a prática de se buscar um sentido
para os nossos sofrimentos. Nas palavras de Viktor Frankl, “o
sofrimento deixa de ser sofrimento quando ganha sentido”.
Mas
tal sentido precisa ser identificado, de preferência na vida e no
amor. Um exemplo claro: Quando concluímos que nosso sofrimento não
é em vão, e que ajuda a diminuir o sofrimento de uma pessoa amada,
certamente o nosso se apresentará mais suportável.
E
a busca deste sentido que nos alivia, tem como fonte inesgotável,
nossa própria vida.
Ah,
ia me esquecendo: Gratidão, sempre!