sábado, 12 de abril de 2014

PEIXE É PESCADO E JOGO É JOGADO

Terminam neste final de semana os principais campeonatos estaduais de futebol pelo Brasil. E, como tem acontecido nos últimos anos, o fracasso técnico e de público dá munição aos críticos de plantão que querem acabar com estas competições.
Isto me lembra a estória do marido que, ao chegar em casa, e encontrando a mulher no sofá com outro, manda retirar o sofá da casa.
Não é acabando com os estaduais que resolveremos os problemas do futebol brasileiro. Pelo contrário, entendo que medidas urgentes precisam ser tomadas no sentido de revitalização destas competições. Nosso mais popular esporte reduziu drasticamente a "produção" de craques porque os milhares de clubes que os formavam, não têm mais atividades o ano todo, sendo obrigados a montarem "times de verão". E eram justamente os campeonatos estaduais que garantiam tais atividades.
Como exigir qualidade técnica e atratividade, se fazem campeonatos com pouco mais de três meses de duração, em meio a Taça Libertadores e Copa do Brasil, onde uma minoria garante o lucro da mídia que detém os direitos de transmissão?
Da mesma forma, o elitizado campeonato brasileiro, estrangula a grande maioria dos antigos formadores de jogadores, em benefício da televisão e de empresários.
De qualquer forma, e como demonstração inequívoca que as grandes rivalidades ainda estão no âmbito estadual, amanhã teremos estádios lotados por todo o Brasil, nas decisões dos campeonatos estaduais.
Na maioria dos estados, os jogos finais foram os esperados. Grenal no Sul, Bavi na Bahia, Cruzeiro e Atlético-MG em Minas, Flamengo e Vasco no Rio, Atlético e Goiás em terras goianas, foram o que na linguagem do turfe se chama "pule de dez", ou seja, mais do que previsto. Em outros, como os improváveis Santos e Ituano em São Paulo e Londrina e Maringá no Paraná, foram surpresas.
E, por falar em surpresas, tem muita gente se achando campeão por antecipação.
Muito cuidado nesta hora, porque peixe é pescado e jogo é jogado!
Quem viver, verá!

domingo, 6 de abril de 2014

MOTIVAÇÃO E DESEMPENHO

O que é fundamental e importante para um bom desempenho no trabalho e, consequentemente, para o sucesso profissional? Boas notas na escola? Vasto conhecimento? Atualização e aprendizagem constantes? Dedicação e esforço? Habilidade e gostar do que faz?
Tudo isto e mais algumas coisas são importantes e contribuem para um bom desempenho. Porém, de que adianta ter todas estas características e faltar o essencial: a vontade de fazer.
Motivação! Elemento essencial ao bom desempenho profissional, é um tema recorrente em todos os modelos de gestão empresarial, bem como nos estudos de filósofos e psicólogos.
Sempre tive uma certa resistência em relação a palestras e programas motivacionais. Em minha opinião têm um efeito muito limitado, se mantendo até o retorno do empregado à sua rotina diária, normalmente massacrante.
Então, qual seria a solução?
Seria muita ousadia minha, sem a devida habilitação, abordar um tema que vem sendo objeto de pesquisas e estudos há anos, por nomes consagrados como Henry Murray, Frederick Herzberg, Abraham Maslow, Martin Seligman, Daniel Goleman, David McClelland, dentre outros. Mas ousadia também pode ser um fator positivo. Assim sendo,  vou arriscar minha opinião.
No meu entender, o que nos motiva é tudo que contribuí para que alcancemos a satisfação de nossos principais anseios de vida. Para tanto, precisamos ter a oportunidade de crescimento enquanto pessoas, desempenhar tarefas importantes, seja em que nível for, e poder compartilhar tudo isto através de relações sociais sadias.
Se levarmos este direcionamento aos limites da vida profissional, poderemos analisar um pouco melhor a questão motivacional no trabalho.
As pessoas que trabalham para uma empresa ou instituição querem crescer profissionalmente e, para tanto, estabelecem objetivos pessoais tais como, alcançar cargos de gerência, realizar atividades significativas que lhes deem visibilidade e reconhecimento, além de ansiar por um bom relacionamento com os colegas de trabalho, pois é onde passam a maior parte do tempo.
Assim, é imprescindível que os administradores propiciem as condições necessárias para que elas possam concretizar seus sonhos. De forma concreta, é fundamental treinar e capacitar as pessoas de forma assertiva, possibilitar o desenvolvimento de habilidades e resgatar o prazer de fazer bem feito, no trabalho. Para tanto, é fundamental que todos saibam o que se espera de cada um, e que tenham retorno sobre os resultados apresentados. Além disto, o desafio a ser proposto para as respectivas atividades deve obrigatoriamente ser compatível com as suas aptidões. Se a habilidade não estiver à altura da tarefa, certamente estaremos gerando angústia. Se, ao contrário, a tarefa se mostrar muito fácil, a tendência de gerarmos tédio e apatia é grande. Há que se buscar o equilíbrio.
Mas todos nós também somos responsáveis por nossa própria motivação. Dentro da filosofia simples do ditado "o local mais limpo não é o que se limpa mais, mas sim o que se suja menos", entendo que as pessoas devem se preocupar menos em reclamar do que lhes trazem infelicidade, procurando estimular o que traz a felicidade e, por consequência, a motivação. Porém, aqui existe um pré-requisito básico: precisamos saber o que queremos. As pessoas são diferentes e, portanto, têm diferentes necessidades e anseios.
Isto quer dizer que o que motiva uma pessoa pode não ter o mesmo efeito em outra. Mais do que as empresas, nós precisamos nos conhecer também.