sexta-feira, 24 de junho de 2011

A BELEZA DA MATEMÁTICA, A MATEMÁTICA DA BELEZA E... UMA TREMENDA REJEIÇÃO!



Qual a relação entre a arte e a matemática? Muitas pessoas não encontram nenhuma, mas existem muito mais pontos em comum do que se imagina. A criatividade, a beleza e a simetria são qualidades comuns à Arte e à Matemática. Aliás, podemos dizer que beleza e rigor são predicados de ambas.
Aristóteles já dizia: "Os filósofos que afirmam que a Matemática não tem nada a ver com a Estética, estão seguramente errados. A Beleza é de fato o objeto principal do raciocínio e das demonstrações matemáticas".  Hardy afirmava que "O matemático, tal como o pintor ou o poeta, é um criador de padrões”. E todos os padrões devem ser belos.
O que dizer da “proporção áurea” ou “divina proporção”? Para quem não sabe, trata-se de uma constante real algébrica, empregada na arte desde a antiguidade. Encontrada em pinturas renascentistas e construções antigas, também pode ser encontrada na proporção das conchas, dos seres humanos, nas colméias, dentre outros exemplos.
Este número mágico (1,618), utilizado como padrão de estética e beleza, se torna mais fascinante por ser encontrado através de desenvolvimento matemático.
Mas por que, ao contrário da arte, a matemática sofre tamanha rejeição? Em todos os níveis de ensino é comum encontramos esta rejeição, normalmente com a afirmação de que a Matemática é difícil.
Segundo Freud, o homem vive em busca do prazer e, caso algo que ele faça não lhe proporcione prazer, passa a rejeitá-lo. Podemos concluir então que, para a maioria das pessoas o aprendizado da matemática não é prazeroso.
O que então motivaria uma pessoa a aprender esta matéria? Uma importante motivação estaria no interesse do aluno naquilo que está aprendendo. Por isso, os especialistas em aprendizagem ressaltam a importância do significado e dos conteúdos para o aluno. Que motivação existe para se aprender a divisão de um polinômio de grau cinco por um polinômio de grau quatro, se isto não está presente no quotidiano do aluno, e como consequência não pode perceber e nem aplicar no seu dia-a-dia?
Assim, é imprescindível que o aluno aprenda algo que tenha realmente valor para sua vida, pois somente assim teria motivação para aprender e passaria a gostar mais.
Se isto não ocorrer, não somente perderá o interesse, mas, provavelmente, desenvolverá aversão à matéria.
Neste sentido, sobressai mais uma vez a importância do professor, que tem a responsabilidade de relacionar os conteúdos matemáticos à prática, para que desperte no aluno maior interesse em estudar Matemática.
Além disto, também é responsabilidade do professor, propiciar os meios para facilitar o aprendizado, já que os alunos que se saem bem têm propensão a gostar da matéria, pois o sucesso dá prazer.
Então, cabe ao professor desafiar o aluno a superar o comum, fazendo a ligação entre a Matemática teórica e a Matemática prática.
 Mais uma vez, chego à conclusão que necessitamos urgentemente de uma mudança na forma de educar, que desperte no aluno o interesse e a motivação em aprender, despertando o gosto pela matéria.
E por que isto é tão importante? Simplesmente porque hoje se privilegia mais o desenvolvimento de nossa capacidade de memorização em detrimento da análise e da valorização do raciocínio.
E Isto leva as pessoas a aceitarem facilmente a realidade que a mídia cria, sem fazer um maior juízo de valor.
Matemática para uma maior conscientização social!

domingo, 12 de junho de 2011

A PERSISTÊNCIA POSITIVA: COMTE COM ELA!

Vamos filosofar mais uma vez? Mas, antes de qualquer coisa, vamos lembrar o que significa o termo filosofia.
De forma bem sintética podemos dizer que filosofia é o conjunto de concepções relativas ao mundo e ao homem.
No início, tais concepções eram mais teológicas, caracterizadas pelo desconhecimento das leis naturais, fase em que eram atribuídas vontades a todos os seres. Em seguida os fenômenos passaram a ser explicados pela vontade dos deuses, passando assim para uma fase abstrata. Finalmente, numa terceira fase, passa a ser científica, onde os fenômenos são explicados pelas leis naturais.
O principal representante desta terceira fase foi Augusto Comte, há mais ou menos 150 anos, que sistematizou positivamente o conjunto dos acontecimentos acumulados pela Humanidade durante séculos de evolução.
A Filosofia de Comte fundamenta-se na realidade positiva, isto é, cientifica.
Curiosamente esta doutrina encontrou solo fértil nos últimos anos do Brasil Império, influenciando fortemente uma parcela dos defensores do Regime Republicano. Um dos resquícios mais famosos que ficou desta influência é a frase “Ordem e Progresso” que vem escrita em nossa Bandeira Nacional.
E qual a relação entre a filosofia de Comte e a persistência?
É que, em seu trabalho, Comte desenvolveu um profundo estudo das Leis Universais que regem o mundo e o entendimento entre os Homens. E uma destas leis é justamente a da persistência.
Baseado em uma lei física, originalmente definida por Kepler, Comte generalizou a referida lei, estendendo-a universalmente a todos os fenômenos, incluindo os sociais e morais.
Sendo a persistência a propriedade do que permanece, do que subsiste, do que dura sempre, é a lei do hábito a que melhor justifica a aplicabilidade do princípio da persistência, pois do hábito resulta a repetição, que por sua vez torna cada vez menores os esforços exigidos para a realização de determinada função.
Não restam dúvidas que a persistência é uma virtude imprescindível para o alcance de nossos objetivos e, conseqüentemente do sucesso.
Persistir é manter o foco, mesmo nos momentos mais difíceis e diante dos piores obstáculos.
Mas qual o limite que separa a persistência da teimosia?
Desistir, jamais! Persistir, sempre! Ficar em dúvida, talvez...